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22/07/2022

Com apoio da CBIC, Belém assina compromisso com IFC para construção sustentável

O prefeito de Belém (PA), Edmilson Rodrigues, assinou na quinta-feira (22), durante evento promovido pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil Pará (Sinduscon-PA), com apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), na capital paraense, carta de intenção para promoção de construções sustentáveis na cidade, por meio de incentivo da International Finance Corporation (IFC) aos municípios.

A parceria foi assinada após a apresentação do Programa de Transformação do Mercado de Edifícios Verdes na região Amazônica da IFC, do Grupo Banco Mundial, que propõe soluções para o desenvolvimento do setor privado, como incentivos a projetos de desenvolvimento urbano em Belém, tendo como foco a sustentabilidade.

O programa visa a melhoria das políticas públicas e do ambiente favorável para a criação de novos marcos e regulações normativas para as construções sustentáveis, apoiando os municípios através de assessoria técnica, de forma inteiramente gratuita, que compreende a capacitação de funcionários municipais no conhecimento sobre as construções sustentáveis.

Os investimentos em setores de negócios climáticos incluem Energia Renovável, Cidades Sustentáveis, Edifícios Eficientes e Agricultura Climática Inteligente, além de Edifícios Verdes e Carbono Zero.

Segundo a líder de operações da IFC para a América Latina e Caribe, Silvia Solano, edifícios verdes custam cerca de 3% mais, porém têm retorno financeiro em 3 anos, que podem ser traduzidos em diferentes casos de negócios. Dentre eles: vendas mais rápidas, acesso a financiamento verde (diversificação de fontes de financiamento e redução de custos de financiamento), aumento de volume de negócios e captação de novos clientes.

De acordo com o prefeito, o compromisso assinado, resultado das ideias apresentadas pelo IFC, objetiva viabilizar a captação de recursos para projetos de arquitetura e urbanismo verde a fim de modernizar Belém. “O IFC apresentou novas ideias para Belém e nós vamos ter aqui um projeto baseado nelas para viabilizar a capitação de recurso e investimentos em arquitetura e urbanismo verde para a cidade”, mencionou Edmilson Rodrigues.

Para o presidente do Sinduscon-PA, Alex Dias Carvalho, a parceria firmada entre o sindicato e a prefeitura durante a reunião será transformadora e ficará marcada na história de Belém. “Em nome do Sinduscon PA, quero agradecer ao nosso presidente José Carlos Martins, presidente da CBIC pela presença da CBIC, em Belém, juntamente com a IFC, trazendo a oportunidade de acesso a processos de melhorias essenciais para a qualidade e sustentabilidade das nossas construções, como também o acesso ao crédito habitacional”, frisou o dirigente.

Também participaram do encontro, o vice-presidente da Fiepa, José Maria Mendonça, representantes de empresas associadas ao Sindicato e da imprensa e convidados especiais.

CBIC debate o futuro da construção

 

Dando continuidade à agenda da entidade na região Norte do país com o evento “Futuro e expectativas da construção civil e mercado imobiliário”, no mesmo dia o presidente da CBIC discutiu assuntos de interesse do setor com os associados do Sinduscon-PA, além de apresentar o cenário atual e futuro da construção e do mercado imobiliário.  

Martins ressaltou que a construção civil cresce há sete trimestres consecutivos no país e que o mercado de trabalho formal no setor apresenta resultados positivos consecutivos de janeiro a maio de 2022.

Em Belém, o saldo de empregos gerados na construção é de 967 trabalhadores nos cinco primeiros meses do ano, sendo 1.316 na construção de edifícios, 201 em obras de infraestrutura e -550 em serviços especializados para a construção (diferença entre 1.458 trabalhadores admitidos e 2.008 desligados no período de janeiro a maio/2022).

Martins, no entanto, ressaltou aos participantes do evento que a preocupação com o aumento de custos da construção persiste, “Há sete trimestres consecutivos o alto custo dos insumos é o principal problema da construção”, disse o executivo. O dirigente também apontou as taxas de juros elevados como mais uma grande dificuldade para o setor, assim como a falta e/ou alto custo do trabalhador qualificado.

Já a consultora CBIC e integrante do Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS), Maria Henriqueta Arantes Ferreira Alves, apresentou estudo sobre oportunidades para produção de habitação social, Via Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), destacou possibilidades com os programas:

  • Pró-Moradia para melhoria habitacional, regularização fundiária de interesse social, urbanização de assentamentos precários e produção de conjuntos habitacionais
  • Apoio à Produção para pessoas jurídicas do ramo da construção civil ou pessoas físicas, integrantes da população-alvo
  • Pró-Cotista para aquisição de unidade habitacional, nova ou usada, ou construção dotada de padrões mínimos de salubridade, segurança e habitabilidade
  • Carta de Crédito Individual (CCI) para pessoas físicas, com subsídio direto, para aquisição de imóvel novo ou usado, aquisição de lote e construção e construção em lote próprio
  • Carta de Crédito Associativo (CCA) para produção de empreendimentos habitacionais na forma associativa.

Henriqueta Alves também mencionou aos presentes as parcerias exitosas estabelecidas com a Caixa Econômica Federal, o FGTS e empresas do ramo da construção até o momento. No estado do Paraná, o Programa Casa Fácil, com subsídio de R$ 15 mil do Estado às famílias com mensal de até três salários-mínimos, já entregou 6.500 unidades. A estrutura está baseada em uma burocracia mínima, aliada à devida segurança jurídica. A meta é a construção de 30 mil unidades habitacionais, 20 mil estão em contratação.

(Com informações da Prefeitura de Belém e da Ascom/Sinduscon-PA. Foto: Adriano Cardoso/Sinducon-PA)

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