CBIC promove o 2° workshop do O Futuro da Minha Cidade. Veja como foi!
A Comissão de Meio Ambiente (CMA) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) promoveu, nesta terça-feira (6), o “Segundo Workshop do O Futuro da Minha Cidade”. O evento contou com a participação de Silvio Barros e integrantes do Conselho de Mobilizações, das cidades participantes do projeto.
Para o presidente da CMA/CBIC, Nilson Sarti, essa discussão é fundamental. “A gente vê muitas cidades olhando pelo retrovisor. As cidades se reinventam o tempo todo. Precisamos inserir nossa comunidade nesse conceito e reter talentos”, destacou.
Durante o encontro, o consultor da CBIC, Silvio Barros, apresentou os motivos que fizeram a CBIC criar o projeto O Futuro da Minha Cidade (OFMC). “Nós construímos as cidades Saneamento, Viaduto, Habitações e tudo que fazemos fica na cidade. Nós somos obrigados a olhar para frente e nos preparar para tendências e podemos ajudar a ajustar as regras. Se nossa cidade for bem, estiver bonita e organizada, nosso negócio floresce”, disse.
No âmbito dos edifícios sustentáveis, Barros afirma que não é prática apenas de países desenvolvidos. É o contrário. Nessa linha, um prédio do Paraná foi eleito o mais sustentável do mundo, com a maior pontuação do planeta. “É brasileiro. O prédio era normal, um condomínio a preço de custo. Mas fizeram um estudo de mercado e buscaram um diferencial para o empreendimento ter êxito. A construção foi realizada com o mesmo orçamento que um prédio convencional. Sem gastar nada”, explicou. O Eurobusiness trata 100% da água e garantiu a certificação LEED Zero Water e é o primeiro do mundo a ganhar este título de autossuficiência em água.
Estudos realizados pela Universidade de Harvard e Fundação Getúlio Vargas mostram que edifícios sustentáveis são ótimos investimentos, além de ajudar o meio ambiente. Essa já é uma demanda mundial. Na França existe uma lei nacional que determina que novos prédios tenham plantas ou painéis solares para telhados. Caso não tenha, o projeto não será aprovado e liberado para construção.
Sobre mobilidade nas cidades, Barros trouxe dados que demonstram a falta de vontade dos jovens de terem carros. O especialista defendeu o desenvolvimento de um novo conceito para acompanhar a mobilidade compartilhada. Na questão dos resíduos sólidos, Barros mencionou que este é um problema que todas as cidades têm. “Estamos enterrando lixo e isso é muito errado. Aterro sanitário é coisa do passado. Países desenvolvidos estão colocando prazo para acabar com os aterros. Aqui, os prazos são para começar aterros. É preciso avançar na direção que o mundo está indo”, disse.
Barros apresentou um case da cidade Irati do Paraná, que é a primeira a transformar lixo em madeira biossintética. “É possível produzir coisas fantásticas com esses materiais e nós estamos enterrando, jogando fora”, afirmou.
O evento contou ainda com apresentação dos CODESES (Conselhos de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico). Veja abaixo a lista dos participantes:
- Presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Campo Mourão/PR – CODECAM, Fernando Yukio Mizete;
- Consultor do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Rio do Sul/SC – CODENSUL, Cleber Stassun;
- Secretária Executiva e Coordenadora da Câmara Técnica de Desenvolvimento Urbano do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Rio Verde/GO – CODERV, Janaine Marquez e Ana Paula Cintra;
- Diretora Executiva do POD – Programa Oeste em Desenvolvimento – Oeste do Paraná, Lara Beatrice Biezus.
Crédito das fotos: Breno Esaki/CBIC
Para assistir ao evento na íntegra, clique aqui.
Os temas têm interface com o projeto “Futuro da Minha Cidade”, em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional) e está alinhado com os seguintes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU 11 e 17:
Objetivo 11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis
Objetivo 17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável
