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30/05/2023

Como preparar as empresas para a economia de baixo carbono

A crescente preocupação com as mudanças climáticas e a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa têm impulsionado a transição para uma economia de baixo carbono em todo o mundo. Nesse contexto, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) promoveu debate durante o 96º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC) sobre “como preparar empresas para a economia de baixo carbono”. 

O debate teve como objetivo discutir estratégias de conscientização e desenvolvimento de iniciativas para as empresas do setor se prepararem para um cenário de descarbonização.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente (CMA) da CBIC, Nilson Sarti, abriu o painel e ressaltou o desafio enfrentado pelo setor da construção, mas destacou que existem grandes oportunidades nessa transição. Sarti alertou para a importância de todos estarem atentos ao tema e engajados em busca de soluções sustentáveis.

“Levantamento recente da agência internacional de energia (IEA) colocou a construção civil como responsável direta e indireta por 39% do efeito estufa atmosférico. Ou seja, é um grande desafio que nós temos e com grandes oportunidades”, destacou. 

Sarti completou afirmando que a construção só vai conseguir atingir as metas de baixo carbono utilizando o setor inteiro. “É um puxando o outro para alcançar os objetivos”, pontuou. 

Durante o evento, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero) e diretor do Instituto Amazônia + 21, Marcelo Thomé, falou sobre o envolvimento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta agenda de baixo carbono. “Nós estamos trabalhando com uma agenda de baixo carbono baseada em quatro pilares: transição energética, economia circular, conservação de florestas e crédito de carbono”, disse Thomé.  

Além disso, ele explicou que uma série de ações têm sido promovidas pela CNI buscando preparar e estimular a indústria brasileira, por meio do componente da inovação e dar as condições para que a indústria reduza as suas emissões. Ele ressaltou a necessidade de engajamento do setor da construção e destacou a importância de se adotar práticas sustentáveis em toda a cadeia produtiva. “Ou a gente avança fortemente nessa agenda e quem não fizer vai ficar de fora das grandes oportunidades”, finalizou Marcelo. 

Angel Ibañez, diretor de Suprimentos e ESG da Tegra Incorporadora, participou do debate e compartilhou a jornada da empresa no que diz respeito à sustentabilidade e como isso se conecta com a agenda de baixo carbono. Ele ressaltou que o setor da construção possui um peso significativo quando se trata de pegada de carbono e geração de resíduos. 

“Por isso a importância de se adotar práticas mais sustentáveis para mitigar esses impactos negativos, e foi em função disso que começamos a trabalhar na ideia de ser mais sustentável para o planeta”, explicou Ibañez. 

A Tegra é uma incorporadora imobiliária residencial e de desenvolvimento urbano com foco em empreendimentos de alto padrão e forte atuação nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A incorporadora foi premiada em 2022 com prêmio Top de Sustentabilidade Advb By Russell Bedford, e também com o Master Imobiliário – categoria profissional – melhores práticas em ESG. case: melhoria constante de práticas sustentáveis

Fernando Souza, responsável por Desenvolvimento de Negócios em Edificações Verdes no Brasil da International Financial Corporation (IFC) trouxe à discussão a perspectiva do Banco Mundial e da IFC sobre a descarbonização como uma agenda prioritária. Ele destacou o programa de aceleração para construções sustentáveis, desenvolvido pela IFC em 2022, como uma iniciativa que visa impulsionar a adoção de práticas de baixo carbono no setor da construção.

“O programa é pautado na promoção em instituições financeiras por meio do Advsory para que essas instituições possam liberar créditos alternativos, conscientizar e desenvolver o setor privado para que tenha consciência do que se trata tudo isso, e também o próprio investimento da IFC, entre outros pontos”, explicou Souza. 

Além disso, a IFC desenvolveu a ferramenta Edge para que todas as ações do programa de aceleração sejam de fato cumpridas. “Para que todas as ações do programa se casem uma com a outra, nós precisamos de algo que nos ateste no fim que o que for prometido seja exatamente cumprido”, pontuou Fernando Souza. 

Finalizando o debate, ele salientou que a conscientização e a implementação de iniciativas sustentáveis são fundamentais para enfrentar os desafios ambientais e assegurar um futuro mais sustentável para o setor. “A descarbonização, na minha visão, já é obrigatória. Nós vivemos no mesmo lugar, no mesmo planeta, com recursos finitos”, finalizou. 

O painel pode ser conferido na íntegra clicando aqui ou acessando o canal da CBIC no YouTube.

 

O tema tem interface como o projeto “Cenários e Transição para uma Economia da Indústria da Construção de Baixo Carbono”, da Comissão de Meio Ambiente (CMA) da CBIC, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).

O 96º Enic foi realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), contou com a parceria da FEICON; o apoio do Sesi e do Senai; e teve o patrocínio da Caixa Econômica Federal, Sebrae, Mútua, Zigurat, Totvs, Mais Controle, CV, Sienge, Orçafascio, Kone, PhD Engenharia, Alto QI, Acate, Brain e Ingevity.

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