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21/01/2020

Setor da construção orienta trabalhadores contra câncer de pele

Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que, de todos os diagnósticos de câncer no Brasil, o de pele representa 33% e que a cada ano são registrados cerca de 180 mil novos casos da doença em todo o País. Ação do Serviço Social da Construção de São Paulo (Seconci-SP) orienta os trabalhadores do setor da construção sobre os principais tipos que acometem a população e os cuidados que precisam ser intensificados com a chegada do verão.

O médico Giancarlo Rodrigues Brandão, supervisor de Medicina Ocupacional do Seconci-SP, explica que o câncer de pele é causado pela proliferação desordenada das células que compõem esse órgão. “A exposição excessiva e sem proteção aos raios ultravioleta (UV), oriundos do sol, é o principal causador da enfermidade”, destaca.

Brandão salienta que os tipos mais comuns da doença são o carcinoma basocelular, o mais prevalente, que surge nas células basais e pode ser curado em caso de detecção precoce; e o carcinoma espinocelular, segundo com maior recorrência é associado às células epiteliais (escamosas) e pode ter aparência similar às verrugas.

Já o tipo melanoma incide com menor frequência entre a população, contudo é o mais grave devido à alta possibilidade de provocar metástases. Esta variação da enfermidade tem origem nos melanócitos, células produtoras de melanina, a substância que confere a pigmentação da nossa pele.

Os principais sintomas do câncer de pele são o surgimento de manchas que descamam ou sangram, sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor, e o aparecimento de feridas que não cicatrizam.

“O tratamento varia para cada tipo da enfermidade, mas ideal é buscar a avaliação de um dermatologista assim que perceber qualquer sinal estranho”, recomenda o médico Brandão.

 

Prevenção inclui protetor solar, uso de óculos, capacete e roupas que protejam o corpo

Brandão salienta que a convenção coletiva de trabalho da construção civil já exige das empresas o fornecimento de protetor solar aos funcionários expostos ao sol. Contudo, é preciso que as pessoas tenham consciência da importância da reaplicação do produto a cada duas horas para uma proteção eficiente.

O médico destaca ainda que o câncer de pele surge geralmente nas áreas do corpo mais expostas à radiação solar. Apesar disso, embora seja menos frequente, também pode afetar partes pouco expostas à luz do sol, como as palmas das mãos. “Por esse motivo, principalmente para os trabalhadores que trabalham ao ar livre, é recomendável também o uso de óculos, capacete e roupas que protejam o corpo”, finaliza.

 

(Foto: Gazeta de Votorantim)

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