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23/02/2022

Refugiados ampliam oportunidade para tratar das causas da diversidade  

Com ampla participação do Grupo CBIC Jovem, a Comissão de Responsabilidade Social da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CRS/CBIC) encerrou nesta quarta-feira (23/02), em formato online,  o ciclo de encontro do “Diversidade em Construção”. O debate foi sobre como as empresas podem ser protagonistas na valorização da diversidade no combate à xenofobia e homofobia.

A convidada Samantha Federici, head de Parcerias da Unidade de Parcerias com o Setor Privado do Acnur Brasil, salientou a importância do trabalho das empresas em oferecer um emprego formal e digno para o refugiado.

Para a head da Acnur Brasil, a xenofobia vem da falta de informação das pessoas sobre o valor e o benefício que a diversidade traz tanto para a empresa quanto para a sociedade.

Samantha Federici, head de Parcerias da Unidade de Parcerias com o Setor Privado do Acnur Brasil

Samantha Federici enfatizou que o refugiado adiciona uma camada de vulnerabilidade. Exemplificando, disse que uma mulher pode ser refugiada, negra e refugiada e negra, LGBTQIA+ e refugiada. “Trabalhar com refugiados é uma oportunidade para tratar todas as outras causas da diversidade e qualquer aspecto social que a gente queira promover”, frisou.

Apontou as empresas da construção civil, grande demandante de mão de obra, como uma possibilidade de acolher esses refugiados. Neste sentido, a presidente da CRS/CBIC, Ana Cláudia Gomes, ressaltou que a agenda dos refugiados será tratada pela CRS ainda neste ano.

Criado em 1950 para ajudar milhões de europeus que fugiram ou perderam suas casas após a Segunda Guerra Mundial, o escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) é responsável pela proteção e assistência dos apátridas em todo o mundo e, em linhas gerais, tem suas ações focadas em garantir o trabalho saudável, assegurar os direitos e reconstruir o futuro e a integração social.

Ewerton Nunes, gerente de Impacto Global na Comunidade – Johnson & Johnson do Brasil

Já o gerente de Impacto Global na Comunidade – Johnson & Johnson do Brasil, Ewerton Nunes, abordou a questão da homofobia.

Para a aplicação da diversidade nas empresas, independente do seu porte, evidenciou a importância da escuta. “É preciso escutar, entender o que os grupos que lidam com diversidade estão querendo”.

Ewerton Nunes citou o trabalho desenvolvido na Johnson & Johnson do Brasil, que conta com seis grupos de diversidade trabalhando por suas causas, com linhas de atuação que definem como o trabalho pode ser feito, isento de preconceitos e que todas as pessoas sejam tratadas de forma igualitária.

O gerente também ressaltou a importância de cursos de letramento sobre questões da diversidade e o cuidado com a questão da atração e retenção dos candidatos na avaliação dos seus talentos. “A ideia é que as pessoas tenham conhecimento sobre como a empresa espera que seus colaboradores atuem em relação aos seus pares (LGBT, mulheres, negros, asiáticos, PCDs)”.

Perdeu a palestra? Ainda dá tempo de assisti-la no canal oficial da CBIC no YouTube. Ela faz parte do ciclo de palestras do projeto “Diversidade em Construção”, que conta com a curadoria da consultora Ana Flavia Godoi.

O evento tem interface com o projeto “Desenvolvimento de Lideranças” da CRS/CBIC, com a correalização do Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional).

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