Logo da CBIC
04/12/2017

TST revisará súmulas para adaptar jurisprudência à reforma trabalhista

Presidente do tribunal volta a defender a reforma e espera redução do desemprego

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) recebeu 35 propostas para a revisão de súmulas, com vistas à ajustar suas decisões às novas regras impostas pela reforma trabalhista.a revisão das súmulas será desencadeada a partir dos primeiros dias de fevereiro de 2018. O anúncio foi feito pelo presidente da corte, ministro Yves Gandra da Silva Martins Filho, na abertura do seminário A reforma trabalhista e os impactos no setor imobiliário, realizado pelo Instituto Justiça & Cidadania na sede do tribunal na cidade de Brasília, em 30/11. “A reforma era necessária e fundamental para garantir a segurança jurídica a todos os segmentos, entre eles o da construção civil e do mercado imobiliário”, afirmou Yves Gandra. “Com ela, o processo torna-se mais racional, simples e responsável”, acrescentou, destacando que a reforma terá impacto positivo também sobre o Judiciário. “A adoção do critério de transcendência para o recurso de revista faz com que o TST selecione o que vamos julgar”, observou. “Vamos julgar temas, e não casos”.

O seminário, cuja programação estendeu-se pelo dia 1º/12, mobilizou a audiência qualificada de ministros do TST e outros magistrados, advogados especializados em Direito Imobiliário e representantes de entidades construção civil e do mercado imobiliário. Dirigentes da indústria da construção e do mercado imobiliário renovaram sua preocupação com a segurança jurídica. “Este é um momento emblemático, para nós”, afirmou José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), destacando a importância do diálogo entre o setor e o Judiciário para que a vigência da reforma favoreça a qualidade do emprego e a redução da informalidade no Brasil. “Nossa busca é pelo bom emprego”, disse Martins. “O trabalho informal, que combatemos, é como o CD pirata: todos ficam desprotegidos”. O evento foi apoiado por diversas entidades da indústria da construção – além da CBIC, participaram o Sinduscon-Rio; a Ademi-RJ; o Secovi-SP e a Abrainc.

“A modernização é fundamental para a recuperação do emprego. O tribunal sinaliza respeito à lei e isso é importante para garantirmos segurança jurídica”, avaliou Flávio Amary, presidente do Secovi-SP. “É preciso sacudir o país e crescer. Sem segurança jurídica, não haverá crescimento nem emprego”, disse Cláudio Hermolin, presidente da Ademi-RJ. “A nova lei é muito adequada para o trabalhador e empregador brasileiros. A reforma vai contribuir para desjudicialização”, comentou Luís Antônio França, presidente da Abrainc.

Modernização necessária – Coordenador do seminário, o ministro Alexandre Agra Belmonte, afirmou que a reforma trabalhista era necessária para apropriar as mudanças registradas no mercado de trabalho. “O que mais preocupava era o desemprego e a judicialização. A legislação precisava ser reformada”, disse. Para ele, a reforma contribuirá no enfrentamento do desemprego estrutural e da informalidade. “Espera-se que as novas formas de trabalho trazidas pela reforma possam combater a informalidade e regularizar os bicos”, afirmou. “Essa nova roupagem pode muito bem servir à construção civil não apenas para substituir pessoal regular, mas também para demanda complementar extraordinária de serviço”.

COMPARTILHE!
Comissão de Política de Relações Trabalhistas
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.