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AGÊNCIA CBIC

03/07/2020

Webinar reforça importância de integração da engenharia com a ação pública

O presidente da Comissão de Obras Industriais e Corporativas (Coic) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ilso José de Oliveira participou do 2º webinar promovido pelo movimento Engenharia Já, formado por um grupo de engenheiros de várias especialidades que visa resgatar o papel das engenharias no cenário estadual e brasileiro. O tema do encontro, realizado no dia 2 de julho, foi ‘Engenharia e Ação Pública – Eixo Institucional’.

Virginia Campos, representante do Engenharia Já, destacou que o tema está relacionado a um dos eixos de atuação do movimento, que programou 4 webinars sobre os pilares do grupo – econômico, institucional, interação com a sociedade, além de formação e promoção profissional. “No dia 18 de junho, associado ao eixo de formação profissional, a engenharia do século XXI permeou o 1º webinar. Já este 2º encontro abordou o atual momento de oportunidades e desafios na engenharia brasileira, muito além da pós-pandemia”, explicou.

O Deputado Federal Arnaldo Jardim (Cidadania – SP), que é engenheiro civil de formação, afirmou que o debate sobre o papel da engenharia interessa não só a categoria, mas ao Brasil. “Esse debate reflete no desenvolvimento do nosso País, por conta das estratégias que podemos tratar. Minha missão é levar esse assunto ao parlamento e possibilitar alternativas para investir em planejamento e políticas públicas mais perenes. Nosso País precisa de uma visão estratégica de desenvolvimento nacional e os engenheiros podem colaborar para isso”, frisou Jardim.

Flavio Fontes, diretor da Vertplanners Estruturação de Negócios e Engenharia, foi o mediador do webinar e questionou os convidados sobre o papel fundamental desempenhado pelos engenheiros para a retomada do Brasil. “A Covid-19 provocou um distúrbio em todas as áreas da sociedade, e agora para haver evolução tem que haver disrupção”, pontuou.

O presidente da Coic falou sobre o papel da engenharia para o desenvolvimento do País. “Mais que propiciar o desenvolvimento dos países, a engenharia propicia o desenvolvimento da humanidade e é também a mola propulsora da história”, ressaltou. Isso apresentou exemplos de grandes obras consideradas divisores de águas, como o canal do Panamá, a Estação Espacial Internacional e a Usina Elétrica de Itaipu. “Itaipu é um exemplo de obra extraordinária, onde cerca de 100 mil pessoas trabalharam para a construção da obra”, lembrou.

Para Oliveira, engenharia enseja responsabilidade e é preciso debater sobre as anotações de responsabilidade técnica (ART). “Um construtor tem responsabilidade e essa pauta deve ser aprimorada. A união do setor via suas instituições também é fundamental para reforçar o valor da engenharia. Temos que pensar no que podemos fazer em prol da evolução de nosso País e do mercado da engenharia e construção”, reforçou.

Na próxima década, os dados serão o novo petróleo, com fortes impactos na formação de engenheiros e na habilitação para atender às demandas dos mercados e de serviços. O professor Aécio Lira, ex-diretor da Escola de Engenharia UFMG, abordou a temática e afirmou que o Brasil precisa entrar no mundo 4.0 logo. “Temos que buscar muitos caminhos para o mundo 4.0. É preciso falar sobre como evoluir de uma engenharia baseada em modelos de computação científica para um modelo de computação intensiva de dados e como colocar o arsenal de soluções da engenharia a serviço do desenvolvimento sustentável”, ressaltou.

Para Lira, o  maior impacto da revolução 4.0 será no setor educacional. O especialista explicou que a Engenharia Educação Digital 4.0 (E2D 500) nasce com a missão de implantar no Brasil o primeiro projeto educacional digital de amplo alcance, tendo como foco a qualidade, com estratégias integradas, capazes de reverter o quadro nacional de má qualidade, por meio da criação de espaços de aprendizagem digitais e in loco e da capacitação e certificação profissional. “Vamos estar presentes em 500 escolas brasileiras para levar essa evolução, esse processo disruptivo. Fizemos questão de levar esse projeto de Norte a Sul do País e isso deve começar em 60 dias”, contou.

Sérgio Leão, sócio diretor da Fronteira Sustentável Consultoria Ltda, abordou a ASG, sigla que engloba a área ambiental, social e de governança das empresas de engenharia. “Os três temas precisam ser integrados e tratados no âmbito da engenharia. Temos que ousar e participar com a sociedade para evoluir nessas questões. O papel da engenharia na promoção da sustentabilidade é fundamental, uma área deve andar junto da outra, precisamos mergulhar nessa área”, destacou.

Já Emir Cadar Filho, presidente da Brasinfra – Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações de Classe de Infraestrutura, ressaltou a importância do engenheiro para a sociedade. “Sem essa profissão não existiria nada, a engenharia é a locomotiva que gera a capacidade para todos os outros setores funcionarem”. Para Cadar Filho também está na hora da engenharia receber seu merecido reconhecimento. “Temos que buscar uma representatividade cada vez mais forte no parlamento e aumentar a luta pela valorização do setor. Temos que enxergar esse ponto como um investimento, não como gasto”, concluiu.

O acompanhamento da ação integra o projeto ‘Fortalecimento das Empresas de Obras Industriais e Corporativas’, realizado pela CBIC, por meio da sua Comissão de Obras Industriais, com a correalização do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).

 

 

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