Vendas de material de construção sobem 11%

Fevereiro registra recuperação.

LUCIANA SAMPAIO

ALISSON J. SILVA

Após habitual redução em janeiro, a venda de materiais voltou a crescer

A Associação Brasileira da Indústria
de Materiais de Construção (Abramat)
divulgou ontem que o faturamento do setor no mercado interno, em fevereiro,
cresceu 11,46% em relação ao mesmo período de 2010 e 5,52% ante o mês anterior.

Depois da redução tradicional de vendas registrada em janeiro, como
conseqüência da época de férias, da destinação obrigatória de recursos para
pagamentos de tributos, como o Imposto sobre a Propriedade de Veículos
Automotores (IPVA) e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), e ainda
para as matrículas escolares, o comércio de materiais de construção voltou a crescer em fevereiro, como
afirmou o vice-presidente da Associação do Comércio de Materiais de Construção
de Minas Gerais (Acomac-MG), Wagner Ferreira Mattos.

"Descontando a inflação do período, as vendas cresceram entre 5% a 6%
no Estado em fevereiro ante o mesmo mês do ano anterior", destacou. Já no
comparativo entre fevereiro e janeiro de 2011, os negócios permaneceram
estáveis. "Fevereiro é um mês menor mas a diferença de dias não gerou
impacto sobre as vendas", apontou.

O dirigente afirmou que a confiança do segmento é positiva em relação a este
ano, em função das diversas obras públicas em curso no Estado. A meta de
crescimento está entre 10% e 11% para o presente exercício, o que segue
tendência nacional.

Na Casa Moderna Materiais de Construção, as vendas de fevereiro foram 6%
melhores que as de janeiro. "O ano começou, de fato, em fevereiro",
enfatizou o diretor da empresa, José Divino Gonçalves.

ALISSON J. SILVA

Na Acabamentos Santa Cruz, a alta nas vendas chegou a 28% no mês passado

Obras – Com clientes nos setores público e privado, a empresa
continua acreditando no potencial de crescimento anunciado para 2011, com
projeção de crescimento de 10%. No ano anterior, a Casa Moderna registrou
incremento de 11%. "O que está previsto em termos de obras de
infraestrutura para os próximos três anos vai movimentar muito o setor",
previu o empresário. Com uma loja na Capital, a companhia gera 25 postos de
trabalho diretos e indiretos.

Na Acabamentos Santa Cruz, o volume de vendas de fevereiro ficou estável se
comparado ao mês anterior, no mesmo ritmo registrado em dezembro. No
comparativo com o mesmo período de 2010, a procura pelos produtos
comercializados pela empresa foi 28% maior.

A loja, especializada em acabamentos, como revestimentos e pisos cerâmicos e
porcelanatos, registrou crescimento de 30% em 2010. O diretor projeta
incremento superior a esta marca neste ano. "Ampliamos a loja e o mix
de produtos. Diferentes de outras empresas do ramo, o cliente é atendido por um
consultor de vendas, de forma personalizada", ressaltou o diretor da
empresa, Ronaldo Garcia. A Acabamentos Santa Cruz está no mercado há mais de 30
anos.

Na contramão, na Continental Material de Construção, que tem cinco lojas em
Belo Horizonte, as vendas caíram 7% em fevereiro ante o mês anterior, segundo
informação do diretor da empresa, Eduardo Filizola. "Em fevereiro, as
vendas são tradicionalmente menores. A recuperação está acontecendo em
março", adiantou.

Com 50 anos de mercado, a empresa aumentou as vendas em 13% em 2010, ante o
exercício anterior. Para este ano, a meta é de crescimento de, no mínimo, 7%.
Com cinco unidades instaladas na Capital, a Continental tem 110 funcionários.