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18/08/2011

Venda de imóveis cai, mas alto custo da construção segura preços

"Cbic"
18/08/2011 :: Edição 160

 

Jornal Brasil Econômico/BR 18/08/2011
 

Venda de imóveis cai, mas alto custo da construção segura preços

Queda na compra de unidades foi de9%no primeiro semestre, enquanto metro quadrado teve valorização de 28%

 Acompanhando o cenário de desaceleração da economia, o mercado imobiliário já registra desempenhos menores no primeiro semestre. Pelo segundo trimestre consecutivo, a venda de imóveis caiu, embora os preços continuem subindo. Segundo informações dos balanços das cinco maiores construtoras, a venda de unidades recuou 9% no primeiro semestre de 2011, frente ao mesmo período de 2010.
 Porém, o preço do metro quadrado apresentou elevação de 11% a 28% no mesmo intervalo.
 De acordo com empresários do setor, a alta, que ocorre ao mesmo tempo em que a procura por imóvel cai, é justificada pelo aumento dos custos de construção, principalmente de mão-de obra e materiais. "Parte da demanda reprimida foi inserida no mercado, então é natural que as vendas não se repitam aos moldes de 2010, que foi um ano excepcional", diz Antonio Fernando Guedes, diretor geral da Living Construtora, segmento popular da Cyrela. "O aquecimento dos últimos dois anos gerou escassez de terrenos e elevou o custo da mão-de-obra e de materiais, o que aumenta o preço do imóvel para o consumidor final".
 Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas, a inflação para o setor imobiliário, medida pelo Índice Nacional de Construção Civil (INCC), estáem7,78% no acumulado dos últimos doze meses findos em junho. A maior pressão veio do custo de mão-de-obra, que subiu 11,12% no período. Serviços, como aluguéis e taxas, subiram 6,17% e materiais e equipamentos registraram 4,21% de alta -insumos de instalação elétrica, por exemplo, custam hoje 13,7% mais para as construtoras.
 A valorização dos imóveis tem segurado os resultados das construtoras, mas as vendas, em volume financeiro, encerraram o trimestre abaixo das expectativas do mercado, o que afetou as ações das empresas neste mês, marcado pela divulgação dos balanços. Dados da BM&F Bovespa apontam desvalorização de 5,2% das ações na primeira quinzena de agosto. A maior queda veio da PDG (9%), seguida pela Brookfield (8,7%) e pela Cyrela (7,9%).
 Com base nos resultados mais fracos este ano, algumas companhias até revisaram suas projeções. A Brookfield já espera um crescimento menor do que o previsto no final de 2010: passou de 67% para 38%.
 Para mostrar ao mercado que, apesar de tudo, o segmento vai bem, empresas como a Cyrela fizeram recompra de ações. A medida ajuda a elevar a cotação de papéis considerados subvalorizados pela companhia. "O investidor está ressabiado em apostar no mercado imobiliário por diversos motivos, como a elevação da taxa de juros, da inflação e dos custos de construção. As empresas estão com mais dificuldade de entregar ao mercado os mesmos resultados do ano passado", afirma Guedes.
 A redução da procura por imóveis tem elevado o estoque das construtoras.Na Rossi, o aumento foi de 35%no semestre em número de unidades.Na Cyrela, a alta foi de 13,3%. "Está começando a encalhar apartamento. Acredito que os preços atingiram o pico e não têm mais para onde ir: estabilizam ou começam a cair", diz Fábio Cury, presidente da Cury Construtora, joint-venture entre a Cyrela e a Cury Empreendimentos.
 Procuradas, as demais construtoras não responderam à solicitação do BRASIL ECONÔMICO.
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 O mercado não vai mais crescer 40% ao ano. As empresas se expandiram, foram para outras regiões, atenderam a uma demanda reprimida.
 Agora, a expansão será mais saudável, entre 15% e 20% ao ano Antonio Guedes Diretor geral da Living

"Cbic"

 

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