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AGÊNCIA CBIC

29/06/2016

TECNOLOGIA BIM COMEÇA A EXPANDIR EM CONSTRUÇÕES ESCOLARES

FDE passará a exigir a ferramenta em licitação para a construção de escolas. Iniciativa mostra como a utilização do BIM cresce no país e é uma vantagem competitiva.

 

A tecnologia Building Information Modeling, mais conhecida como BIM, surgiu há pouco mais de uma década e vem consolidando-se como uma revolução na indústria da construção civil. Presente nas mais modernas construções, ela rompe paradigmas de produtividade e assertividade, além de oferecer novas funcionalidades para a execução dessa atividade econômica. Exigida em licitações de países como Inglaterra, Estados Unidos e Cingapura, o requisito avança em projetos também no Brasil.

O líder do projeto “Disseminação do BIM” da Câmara Brasileira da Construção (CBIC) e empresário do setor, Paulo Sanchez, explica que a tecnologia começou a ser introduzida nas construções brasileiras em 2010 e a lista de vantagens é extensa. Com a ferramenta, há um maior controle e precisão na execução e gerenciamento de uma edificação em todas as suas etapas – desde a concepção do projeto, passando pelo desenvolvimento da obra, até o pós-entrega. Tudo isso se traduz em vantagem competitiva e econômica. “Em nossa empresa, constatamos uma redução de custos na ordem de 4%, uma vez que as nossas obras a partir das utilização do BIM não atrasaram mais, pudemos fazer um planejamento logístico muito melhor, nosso planejamento em suprimentos foi muito mais assertivo, e o acompanhamento do planejado com o executado mensalmente proporciona uma maior aderência de tudo que foi planejado”, comenta Sanchez.

CONSTRUÇÕES ESCOLARES

Pensando em todas esses benefícios, a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) realizou, no último dia 14, uma audiência pública sobre a implantação do BIM em construções escolares. A entidade vem se preparando desde 2012 – quando identificou a ferramenta como uma tecnologia emergente e significativamente disseminada em nível nacional e internacional – para exigir o emprego do BIM na construção de futuras escolas; e as mudanças já estão acontecendo, como comenta Ricardo Esteves, chefe do Departamento de Especificações Técnicas da FDE. “Hoje estamos com dois edifícios modelados e as equipes internas encontram-se em processo de capacitação”.

A migração na FDE para a tecnologia BIM começou com os componentes arquitetônicos modelados sendo usados nos catálogos técnicos e a primeira licitação de projetos em BIM ainda terá sua data definida. “Os quantitativos e orçamentos já serão extraídos do modelo da mesma forma que a análise de integração entre disciplinas de projeto. Posteriormente pretende-se expandir o uso das ferramentas BIM para planejamento e fiscalização de obras e em futuro não muito distante utilizar a tecnologia para operação do edifício”, explica Esteves. Além disso, a FDE está elaborando manuais de uso interno e público que regerão a atuação dos diversos atores nesse processo – construtores, escritórios de arquitetura e engenharia, fornecedores, prestadores de serviço e colaboradores da Fundação. “O BIM será uma ferramenta de eficácia que se incorporará a nossas rotinas e eventualmente as modificará para aprimoramento de processos”, completa.

Ricardo Esteves lista ainda outras vantagens do BIM: maior interação entre as disciplinas; transparência nos processos, que se tornam mais eficientes e produtivos; introdução de novas ferramentas de verificação, simulação e avaliação; exame de múltiplas soluções; eliminação de incompatibilidade e retrabalhos; obtenção de orçamentos mais precisos; diminuição do impacto ambiental; e aprimoramento de processos de gestão. O técnico afirma que “a consciência de tornar-se mais eficientes com o uso da tecnologia e a intenção de melhorar ainda mais os serviços para a comunidade escolar” foi o que levou a FDE a optar pelo BIM.

DISSEMINAÇÃO DO BIM

A CBIC – por meio da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (COMAT) – e o SENAI Nacional, acreditando em todos os benefícios proporcionados por essa tecnologia, juntam esforços para promover esse conceito na indústria da construção. O projeto “Disseminação do BIM”, iniciado em 2015, busca elaborar estudos, orientar empresas e promover capacitações profissionais para que a ferramenta seja conhecida e incluída nos projetos nacionais.

Um dos primeiros resultados do projeto foi a cartilha “10 motivos para evoluir com o BIM”, lançada durante a feira Feicon Batimat, no mês de abril em São Paulo. Elaborada pelo consultor da CBIC Wilton Catelani, a publicação traz conteúdo focado nos benefícios imediatos da tecnologia e apresenta as vantagens de poder visualizar diferentes níveis de uma construção. O presidente da COMAT, Dionyzio Klavdianos, aponta que “a divulgação dessa cartilha demonstra nossa preocupação em disseminar a importância do BIM, que ainda carece de fonte de pesquisa em língua portuguesa. Com esse lançamento, estamos ajudando a preencher essa lacuna”. Este foi o início de uma série de materiais que a entidade prepara sobre o tema.

Durante o 88º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), no mês de maio em Foz do Iguaçu, foi lançado o primeiro dos cinco guias que compõem a coletânea “Implantação BIM para Construtoras e Incorporadoras”. Ele esclarece os fundamentos do BIM, como conceitos, benefícios, modelos, ciclo de vida dos empreendimentos e usos mais comuns. Os próximos quatro trarão instruções práticas de como implementar e aplicar a metodologia BIM: projeto de implantação (obstáculos, planejamento, capacitação, estrutura necessária), colaboração e integração (diretrizes, codificação, formatos), fluxos de trabalho e formas de contratação (controle de qualidade, avaliação). Eles estarão disponíveis no site da CBIC ainda em junho. A coletânea também foi elaborada por Catelani e tem correalização do SENAI Nacional.

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