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23/05/2014

Software avalia custo de acidente

"Cbic"
23/05/2014

O Popular

Software avalia custo de acidente

Ferramenta, lançada ontem no 86º Enic, mostra todos os impactos tributários que o problema acarreta para as empresas

Lídia Borges23 de maio de 2014 (sexta-feira)

Se argumentar sobre a necessidade de investimento em saúde e segurança ainda não é suficiente para convencer empresários a encampar de vez a prevenção contra acidentes de trabalho, demonstrar o quanto isso custa, de fato, no bolso de cada firma pode ser a maneira mais eficaz de fazer isso acontecer.

A partir de agora, eles têm uma ferramenta que calcula todos os impactos tributários que esse tipo de problema acarreta em caso de acidentes e afastamentos previdenciários: o Simulador Construindo Segurança e Saúde.

Criado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), o software foi lançado ontem durante o 86º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), que está sendo realizado em Goiânia. Por meio da ferramenta, é possível calcular, com base nos registros da própria empresa, qual o prejuízo real amargado por problemas de segurança. As cifras são impactantes: cada trabalhador ausente, por exemplo, pode custar mais de R$ 100 mil por ano à firma.

O simulador está disponível on-line, de forma gratuita, no site da Cbic (www.cbic.org.br/construindosegurancaesaude/simulacao/dados). No site, a partir de informações da empresa (como o número total de funcionários, valor previsto da folha de pagamento, a quantidade de acidentes e afastamentos), é possível calcular o custo unitário de cada um desses problemas para a companhia.

Por menor que seja a empresa, um acidente de trabalho custa a ela, no mínimo, R$ 3 mil, e um afastamento, ao menos, R$ 45 mil, só no âmbito tributário, explica o médico do trabalho Gustavo Nicolai, que apresentou o software ontem a empresários e profissionais do setor da construção que participavam do painel da Comissão de Política de Relações Trabalhistas (CPRT), no Enic. Segundo ele, por meio do simulador, os empresários poderão enxergar mais claramente o quanto é mais barato investir em equipamentos e práticas de prevenção, o que ainda é uma resistência.

O que determina a variação tributária em situação de acidente é o Fator Acidentário de Prevenção (FAP), da Receita Federal. Gustavo afirma que, hoje, na tentativa de maximizar o lucro e minimizar os custos, muitos empresários ainda tentam economizar na área de saúde e segurança, comprando equipamentos de prevenção de menor qualidade, deixando de trocá-los no tempo certo, contratando menos profissionais de segurança do que o necessário.

“Mas, a partir do momento em que eles vejam os impactos financeiros para remediar os problemas com acidentes, eles vão perceber que saúde e segurança é investimento e não despesa. É preciso antecipar os riscos e mudar o comportamento”, analisa.

Para o presidente da CPRT, Antonio Carlos Mendes Gomes, o simulador pretende apenas transformar o impacto dos acidentes em um dado econômico, mas fornecer subsídios que ajudem a mudar um comportamento, em prol da saúde e da prevenção. “A ferramenta nos permite avaliar o tamanho econômico desse problema pela falta de prevenção em políticas de trabalho.”

A Cbic quer incentivar o uso do simulador pelo maior número de empresas possível (inclusive, de outros setores além da construção). Com isso, será possível formar um banco de dados estatísticos da realidade de segurança de trabalho nas empresas. Vale lembrar que os dados individuais de cada companhia não serão divulgados.

Simulação

■ Imagine uma construtora com mil funcionários, com uma folha de pagamento de cerca de R$ 3 milhões, que tenha tido 45 acidentes de trabalho e 15 afastamentos durante um ano.

R$ 5,6 mil

será o valor gasto pela empresa por cada empregado afastado

R$ 45,8 mil

será o valor por cada afastamento

R$ 939 mil

é o valor total em um ano que a empresa gastará de forma direta com tributos e afastamentos previdenciários

R$ 1,9 milhão

aproximadamente será o impacto financeiro com estas questões, considerando que os acidentes impactam por dois anos a empresa

86º Enic

Encontro deve reunir mais de 1,5 mil pessoas

(LB)23 de maio de 2014 (sexta-feira)

Maior evento da indústria da construção na América Latina, o 86º Enic deve reunir mais de 1,5 mil pessoas nos três dias de evento, é realizado no Centro de Convenções de Goiânia. Hoje, último dia, serão discutidos temas como Lei Anticorrupção, relações trabalhistas, compras públicas sustentáveis, Guia de uso, operação e manutenção de edifícios, dentre outros. O pré-candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) está confirmado para debater, pela manhã, temas e propostas para o setor.

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