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AGÊNCIA CBIC

10/03/2010

Setor se mobiliza contra a redução da jornada de trabalho

Empresários do setor da construção manifestaram na manhã desta quarta-feira ao presidente da Câmara dos Deputados, deputado Michel Temer (PMDB-SP) a preocupação com o aumento de gastos que poderá advir com a redução da jornada de trabalho, prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 231.

A medida prevê a redução da jornada semanal de trabalho de 44 horas para 40 horas, o que poderia elevar em até 10% o custo com mão de obra nas indústrias, interrompendo o avanço das contratações de trabalhadores.

“Os empregos formais estão crescendo e os salário médio do setor, resultado de negociações trabalhistas adequadas para o momento, se elevam acima dos índices de inflação ano após ano em todo o Brasil. A redução de jornada, e o consequente aumento de custos numa hora como esta, certamente interromperá essa caminhada”, afirma o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão.

Para manter o ritmo de crescimento da geração de vagas de trabalho, o setor propõedefende que a redução da jornada seja feita por livre negociação entre as partes, e não por força de lei.

Os empresários defendem que o tema seja transferido para o próximo ano e que seja objeto de uma discussão macro.

Outra consequência imediata da redução da jornada de trabalho será o aumento do custo direto das moradias do programa Minha Casa, Minha Vida.

Essa elevação será de 4,8%. Significa dizer que a verba destinada para o programa deixaria de financiar aproximadamente 48 mil unidades.

Ou seja, pelo menos 240 mil brasileiros continuarão sem casa até que outro programa seja implementado.

A medida pode representar um novo convite à informalidade. “A geração de empregos tem crescido no setor e o Programa Minha Casa, Minha Vida formalizou esses empregos. Aprovar essa PEC neste momento vai contra tudo isso”, disse o vice-presidente da CBIC, José Carlos Martins.

Na tarde desta quarta-feira, o presidente Michel Temer se reunirá com os líderes partidários para discutir a possibilidade de adiar a votação das PECs que estão no Plenário para o próximo ano como forma de evitar a influência negativa das eleições na posição dos parlamentares.

Às 16horas, os empresários retornarão ao Congresso para visitar os líderes partidários e demonstrar a posição do setor, como recomendou o próprio Temer.
 

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