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AGÊNCIA CBIC

18/01/2011

Setor comemora ajuste no limite de preço

 

18/01/2011 :: Edição 046

Jornal Diário do Comércio/MG|   18/01/2011
Setor comemora ajuste no limite de preço

Empresários acreditam que alteração adequará valor ao mercado e ao aumento dos custos

 LEONARDO FRANCIA. 
 CARLOS AVELIN/ARQUIVO/DC

 O reajuste no teto do preço dos imóveis que podem ser financiados com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a segunda fase do programa "Minha casa, minha vida", do goveno federal, atenderá um pleito antigo do setor. Conforme representantes da construção civil, a alteração vai adequar o valor máximo das habitações, estagnado há três anos, ao mercado atual e ao aumento dos custos, principalmente com mão de obra.

 De acordo com o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady Simão, o aumento do valor máximo dos imóveis financiados pelo FGTS no âmbito da segunda etapa do projeto do governo federal deve ser anunciado pelo Executivo até o fim deste mês e não vai se restringir apenas às famílias que recebem mais de três até seis salários mínimos e nem apenas às cidades com 1 milhão de habitantes ou mais.

 "O aumento vai ser geral e atenderá às reivindicações do segmento. Os preços máximos estavam estagnados há três anos, período em que houve inflação e aumento dos custos de construção, principalmente no que diz respeito à mão de obra. Neste sentido, o reajuste dos valores será uma adaptação natural ao mercado atual", pontuou o presidente da Cbic.

 Simão revelou, ainda, que o governo federal deve ampliar o teto dos imóveis que podem ser financiados pelo FGTS para famílias com renda até três salários mínimos, de R$ 80 mil para cerca de R$ 100 mil, e para a faixa que recebe de três até seis salários, de R$ 130 mil para algo em torno de R$ 150 mil.

 Para Bráulio Franco Garcia, diretor da Área Imobiliária do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), a elevação do teto para imóveis do "Minha casa, minha vida" financiados pelo FGTS vai colaborar para sanar o problema de escassez de terrenos em cidades maiores.

 "Em Belo Horizonte, por exemplo, a carência de áreas disponíveis para a construção de moradias do pacote habitacional pressionou os preços e inviabilizou o início do programa na cidade, que só entrou na rota depois de um ano e meio", afirmou Garcia.

 Para o diretor do Sinduscon-MG, a medida vai equilibrar a oferta e a demanda por terrenos disponíveis para a construção de imóveis do programa na Capital. "Porém, o aumento do teto para as unidades financiadas pelo FGTS na faixa de três a seis salários mínimos é apenas o passo inicial. O governo federal tem que estender a elevação do valor para outras faixas de renda e para cidades de menor porte, mas com economia em evolução", disse.

 Para se ter uma ideia, a Capital só foi incluída no pacote no final de outubro de 2010. Na ocasião, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) assinou 11 convênios para a construção de 2,726 mil moradias do programa na cidade, que somam investimentos da ordem de R$ 194,25 milhões.

 Do total, 1,470 mil unidades (54%), no valor de R$ 76,71 milhões, serão destinadas às famílias com renda de até três salários mínimos. Outros R$ 117,55 milhões vão beneficiar a faixa de três a 10 salários mínimos, dos quais 480 imóveis (18%) serão para as faixas entre três e seis salários e 740 unidades (28%) para a faixa de seis até 10 salários.

 Recentemente, o Executivo concluiu o leilão do terreno de 7,7 mil metros quadrados que abriga o antigo Mercado Distrital do Barroca, na região Oeste da Capital. Os recursos, conforme já publicado, devem ser revertidos para a construção de moradias do "Minha casa, minha vida".

 O terreno foi arrematado pelo Hospital Mater Dei por R$ 53,350 milhões, montante 173,5% superior ao piso previsto pela PBH, de R$ 19,5 milhões. O objetivo, conforme a direção do hospital, é construir uma nova unidade hospitalar, que deverá ser concluída em 2014.
 

caixa divulga novo balanço nesta semana

São Paulo  – A Caixa Econômica Federal deve divulgar até sexta-feira um balanço detalhado do programa "Minha casa, minha vida" referente a 2010, além do desempenho apurado neste início de ano. Por conta do anúncio, a instituição adotou a política de não conceder entrevistas sobre a questão até o dia da divulgação.

 Entre os pontos que serão detalhados, a Caixa deve informar qual foi o volume contratado por faixa de renda. Originalmente, a meta do governo era contratar 400 mil unidades para famílias com renda de até três salários, outras 400 mil na faixa de três a seis salários e 200 mil na faixa de seis a dez. Com relação ao futuro do programa, especialistas do setor afirmam que o mais importante a ser definido é a questão que envolve os tetos por faixa de renda e os respectivos subsídios. Entre 2011 e 2014, a meta do programa é contratar mais dois milhões de moradias.

 Em 29 de dezembro, ao divulgar números nacionais do programa, o governo comemorou a superação da meta, com 1,003 milhão de habitações contratadas em todas as faixas de renda, atingindo R$ 52,98 bilhões em investimentos. Na ocasião do anúncio, o ministro das Cidades, Márcio Fortes, ressaltou que desde o início do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em 2007, até agora, foram investidos mais de R$ 250 bilhões em habitação. O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) já tem aprovado um orçamento de R$ 46,9 bilhões para este ano, sendo R$ 30,6 bilhões para habitação em geral, incluindo o programa.

 Diante da expressiva valorização do mercado imobiliário, fontes do mercado avaliam que será preciso elevar o valor máximo do imóvel que pode ser financiado pelo FGTS de R$ 130 mil para algo entre R$ 150 mil a R$ 170 mil. "Se for mantido, o atual teto pode tornar o programa inviável para regiões como São Paulo, onde terrenos disponíveis são cada vez mais escassos e os preços continuam subindo", defende Alexandre L. Frankel, presidente da Vitacon Participações, empresa que é especializada em projetos de alto padrão e tem apenas um grande projeto em aprovação nesse faixa de renda, de R$ 100 mil a R$ 110 mil. (AE)

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