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AGÊNCIA CBIC

28/10/2020

Seminário Técnico do Sinapi sugere diálogo com órgãos contratantes no RS

O Seminário Técnico de Revisão do Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) – referência oficial para a elaboração do orçamento de obras que empregam recursos do Orçamento Geral da União (OGU) – reuniu virtualmente nesta quarta-feira (28) cerca de 200 empresários e profissionais orçamentistas da indústria da construção do Rio Grande do Sul e representantes da Caixa para apresentar as mudanças do Sinapi e debater questões que têm impactado os orçamentos de obras no estado, resultando numa possibilidade de abertura de diálogo entre a Caixa e os órgãos contratantes.

Realizado pela Comissão de Infraestrutura (Coinfra) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Rio Grande do Sul (Sicepot-RS) e Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), com a correalização do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional) e apoio da Caixa Econômica Federal, o principal objetivo desta 39ª edição do seminário, terceira no Rio Grande do Sul, foi ampliar o diálogo entre as partes e apresentar as novidades implantadas no sistema.

“Todo esse esforço de revisão do Sinapi não teria sentido se não tivesse conhecimento dentro do setor da construção”, afirma o gestor do grupo de trabalho de revisão do Sinapi da Coinfra/CBIC, Geraldo de Paula Eduardo.

O engenheiro civil, empresário e tesoureiro da Areop, Luís Henrique Bento Leal, ressaltou a importância da elaboração de orçamentos tecnicamente embasados sobre Usinagens de Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ). “O Sinapi é usado onde é obrigatório e onde não é obrigatório”, avalia, destacando que há divergências no entendimento com o Tribunal de Contas sobre a questão da CBUQ, o que tem inviabilizado o asfalto à quente no curto e médio prazos no estado.

Sobre a questão, Geraldo de Paula reforçou a importância da qualificação do orçamentista do órgão contratante, que é quem primeiro retrata o empreendimento.

“A CBIC busca manter a competitividade no mercado. Para isso, defende a qualidade do preço justo. Na busca desse preço justo, são necessários um projeto correto, com um orçamento bem feito. Esses dois pontos é que vão garantir uma obra bem executada, com qualidade e dentro do tempo previsto, que é o que todos nós buscamos. O contrário é obra paralisada”, frisa.

O diretor do Sicepot-RS, Silvio Salazar, solicitou que a Caixa acrescentasse na tabela referencial uma explicação de quando se usa a usinagem com o CBUQ ou o produzido, mas foi informado pelo gerente executivo do Sinapi na Caixa, Mauro Fernando Martins de Castro, de que isso não é possível.

No entanto, Mauro de Castro manifestou a disposição da instituição ouvir críticas ao caderno do Sinapi, apresentado na ocasião, para incluir a aferidora na discussão. “O objetivo é fazer um Sistema cada vez melhor”, disse, bem como se dispôs a participar de reunião com os órgãos de controle no estado para mostrar o entendimento. “O que a Caixa faz é dar a referência para mostrar o que o Sinapi considera”, disse.

O vice-presidente do Sicepot-RS, Cylon Fernandes, representando o presidente Ricardo Lins Portela, reforçou que o setor gaúcho está aberto ao diálogo para construir melhores soluções para o investimento público na área de infraestrutura.

Também foram abordadas questões referentes à Administração local de obra orçada em planilha, que segundo Luís Fernando tem achatado a margem dos projetos de infraestrutura, e à Produtividade de equipamentos e equipes. “Gastamos mais com produtividade e equipamento do que com insumo no Rio Grande do Sul”, salientou.

Sinapi na visão empresarial e da Caixa

Numa avaliação empresarial sobre o Sinapi, o empresário Álvaro Andrade Vasconcellos, da Múltipla Engenharia, que atua na área de Planejamento e Acompanhamento de Resultados, Metas e Custos de Obras, com experiência em concorrências públicas, elaboração de orçamentos e propostas comerciais, destacou a relevância das empresas elaborarem orçamentos tecnicamente embasados nas orientações do Sinapi. Aos orçamentistas sugeriu reflexão sobre a frase: “orçar é construir em um planilha”.

Já Mauro de Castro esclareceu que o novo sistema, mais voltado para quem faz o orçamento, é referência e não uma tabela de custos, o que permite ajustes, e que a especificidade de cada obra pode influenciar no orçamento. O gerente executivo do Sinapi mostrou ainda como a revisão está sendo conduzida, as ferramentas disponíveis e como o sistema está organizado de uma maneira mais clara e confiável, facilitando a busca das informações necessárias. Reforçou que os usuários que quiserem contribuir com críticas e/ou sugestões para a atualização do Sinapi podem enviá-las ao Sicepot-RS e Sinduscon-RS, no caso do Rio Grande do Sul, que repassará à CBIC para as providências cabíveis.

Ao apresentar os cadernos técnicos do Sinapi, a coordenadora do Sinapi/Caixa, Iris Luna Macedo, também reforçou a importância da sua leitura.

O seminário integra as ações do projeto ‘Melhoria da Competitividade e Ampliação de Mercado na Infraestrutura’, da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em correalização com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).

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