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AGÊNCIA CBIC

08/06/2012

Selic deve continuar em queda

"Cbic"
08/06/2012 :: Edição 334

 

Correio Braziliense/BR 08/06/2012
 

Selic deve continuar em queda

O Banco Central continuará atendendo aos desejos da presidente Dilma Rousseff em sua cruzada contra os juros altos. A expectativa dos economistas é que a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que será publicada hoje, conterá indícios de que os cortes não irão parar. Eles apostam que a Selic ficará abaixo de 8% até o fim do ano.
 "É possível que o Copom continue cortando os juros com "parcimônia", como vêm afirmando nas últimas atas", comentou o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas Gomes, ex-diretor do BC. Ele avalia que existem três fatores para que os cortes não sejam interrompidos. Primeiro: o fraco desempenho da economia – o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,2% no primeiro trimestre do ano ficou abaixo do esperado. Segundo: a queda da inflação – o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 0,64% para 0,36% de abril para maio. Terceiro: a continuidade da crise na Europa. "Se esse quadro permanecer e o dólar não se valorizar muito, a Selic encerrará o ano em 7,5%", apostou.
 O economista sênior para a América Latina da Economist Intelligence Unit (EIU), Robert Wood, prevê que a Selic ficará abaixo de 8% nos próximos meses. "A ata deverá indicar novo corte de 0,5 ponto percentual em julho e de 0,25 ponto ou mais em agosto", afirmou. Wood, que recentemente havia cortado de 3,3% para 3% a previsão de expansão do PIB, afirma agora que "o crescimento do Brasil parece ser mais fraco do que os 2,7% de 2011, devendo provavelmente ficar entre 2% e 2,5%".
 Unanimidade 
 Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, para 8,5% ao ano, a menor da história. Foi a sétima redução consecutiva desde agosto de 2011 e a decisão foi unânime. Antes dessa queda, a Selic havia alcançado seu melhor patamar, de 8,75%, em julho de 2009, nível em que permaneceu até julho de 2010.

"Cbic"

 

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