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AGÊNCIA CBIC

01/12/2014

Qualidade das esquadrias é levada a debate

Boa parte dos problemas de má conservação energética no interior das edificações se deve à montagem de esquadrias em canteiro, com condições de fabricação precárias. Foi o que afirmou Francisco Vasconcellos, vice-presidente Administrativo e Financeiro do SindusCon-SP, no debate sobre o insumo realizado pelo 2º Fórum de Desenvolvimento Urbano e Construção Sustentável, no campus Vergueiro da Uninove.

“Se queremos ser montadores, precisamos ter controle absoluto sobre os produtos”, disse Vasconcellos. Ele ainda defendeu que a discussão sobre desempenho térmico seja acompanhada, num sentido bastante amplo, dos conceitos de coordenação modular. “Precisamos ter algo que proíba os fabricantes de colocar no mercado produtos fora de coordenação. Isso vale para todos os produtos”, salientou.

Na abertura do encontro, Ronaldo Cury, vice-presidente de Habitação Popular do SindusCon-SP, lembrou que houve evoluções relacionadas à sustentabilidade entre a primeira e a segunda fases do Programa Minha Casa Minha Vida, esperando-se que as exigências aumentem para a próxima. “Mas não é possível só cobrar. É preciso dar condições, pois às vezes [as exigências] não cabem na conta”, salientou.

De acordo com Cury, não há mais espaço para empresários que não levam a sustentabilidade em consideração. “Quem não se preocupa com isso já está tendo dificuldades para obter financiamentos”, alertou.

O evento foi aberto pelo deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) e pelo reitor da Universidade, professor Eduardo Storópoli. Teixeira destacou a importância de o setor da construção desenvolver edificações capazes de consumir menos energia elétrica e também de conservá-la.

Também presente, Inês Magalhães, secretária Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, afirmou que cerca de 50% das esquadrias disponíveis no mercado são não conformes. “Temos que trazer um conjunto de atores para a conformidade, sem criar monopólio”, ressaltou, mencionando o risco de favorecer apenas os maiores fabricantes.

Dentre os principais problemas, apontados por Fabiola Rago Beltrame, coordenadora da Comissão de Estudos Especiais de Esquadrias da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), está a falta de especificação por parte tanto de construtores quanto de fabricantes.

Fernando Simon Westphal, professor do Laboratório de Conforto Ambiental da UFSC, afirmou que “a vedação de frestas é mais importante do que o tipo de material”. Entretanto, continuou ele, não se deve direcionar a discussão acerca do desempenho de esquadrias para apenas um aspecto, pois é preciso conciliar conforto térmico e acústico.

Roberto Lamberts, pesquisador do Laboratório de Eficiência Energética em Edificações da UFSC, lembrou que a versão de 2013 da Norma de Desempenho eliminou a exigência por esquadrias com veneziana. Isso, na opinião dele, trouxe enorme prejuízo às habitações, pois esses elementos sozinhos são capazes de reduzir em até 2ºC a temperatura no interior dos ambientes. “Parece pouco, mas pode ser a diferença entre a pessoa ligar ou não o ar condicionado”, afirmou.

O presidente executivo da Afeaço (Associação Nacional dos Fabricantes de Esquadrias de Aço) no evento, André Luís de Freitas Silva, disse haver falta de apoio para que as empresas se adaptem às normativas. Além disso, os profissionais desconhecem as exigências. “Os engenheiros dos fabricantes não têm a menor ideia sobre como atender às normas”, revelou.

A cobertura completa do evento estará na edição de dezembro da revista Notícias da Construção.

Fonte: Construmail 2054

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