Presidente da CBIC defende grandes empresas responsáveis por obras do PAC

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão, participou ontem (29), em Brasília, de uma reunião convocada pelo ministro chefe da secretaria geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, para debater o problema das paralisações de algumas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que estão ocorrendo nas últimas semanas.

A reunião teve a participação de representantes de diferentes centrais sindicais, das empresas envolvidas nas obras e dos ministérios do Planejamento e do Trabalho e Emprego.

Paulo Simão defendeu que não se pode generalizar algumas questões localizadas como se fossem problemas em todas as obras do PAC.

“Nós temos 12 mil obras no Programa de Aceleração do Crescimento em todo o país. É natural que um problema ou outro ocorra em projetos que envolvem milhares de trabalhadores em um mesmo lugar. Mas não aceitamos a tese de que empresas de renome internacional como as que estão envolvidas nestas grandes estejam envolvidas com problemas como os que estão sendo apontados pelas centrais”.

O presidente da CBIC afirmou que parte da tensão vivida neste momento em alguns canteiros é resultado de uma disputa sindical travada entre as grandes centrais trabalhistas, especialmente em Rondônia.

Paulo Simão chama a atenção para o fato de que o setor tem hoje 2,7 milhões de trabalhadores contratados e as negociações salariais vem acontecendo naturalmente, em todos os estados, dentro de um clima de diálogo.

“Não podemos deixar que um ambiente de instabilidade vivido no campo, com as ações do Movimento dos Sem-terra, venha a se instalar no setor da construção”, afirma. O presidente da CBIC conclui dizendo que os empresários continuam abertos ao diálogo, como sempre estiveram, e reafirmam a defesa da formalidade e a erradicação da figura do “gato” nos canteiros de obras.

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