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15/08/2011

Preço de imóveis começa a desacelerar

"Cbic"
15/08/2011 :: Edição  157

 

Jornal Folha de S. Paulo/BR 15/08/2011
 

Preço de imóveis começa a desacelerar

Mesmo com a turbulência, que atrai investidores para esse mercado, analistas apontam que ritmo deve diminuir  

Valor dos lançamentos de um quarto subiu 24,5% em SP no 1º semestre, ante 77,2% no mesmo período de 2010
 
Após um período de alta vertiginosa, o preço dos imóveis residenciais começa a mostrar desaceleração, apesar de seguir em ritmo forte de crescimento.
 Os lançamentos de um quarto ou sem divisória, por exemplo, subiram 24,5%, na média, na capital paulista no primeiro semestre ante o mesmo período no ano anterior. Nos primeiros seis meses de 2010, a elevação havia chegado a 77,2%.
 A dúvida agora, com o agravamento da crise econômica mundial e os possíveis reflexos na economia brasileira, é como esse mercado vai se comportar.
 Em tempos de turbulência, os investidores que aplicam em ações buscam ativos menos voláteis, como imóveis.
 Especialistas do setor, porém, apontam que a diminuição no ritmo de alta deve continuar, já que a expansão registrada nos últimos anos não era sustentável.
 As vendas de imóveis novos na cidade no acumulado do ano até maio, dado mais recente divulgado pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação), também apontam isso, com redução de 34,3%.
 E, como lembra João Crestana, presidente da entidade, a comercialização dos lançamentos, que estava ocorrendo em intervalo de um a três meses no ano passado, agora fica entre seis e oito meses.
 "Após dois anos de forte elevação, o valor está acima do justo e não dá mais para readequar o tamanho dos imóveis [para uma dimensão menor]", diz João da Rocha Lima Jr., professor da Poli/USP e especialista na área.
 Para Luiz Paulo Pompéia, diretor da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio), responsável pelo levantamento de preços, "o ritmo começa a ser mais cadenciado". "Estamos começando a passar por uma desaceleração, o que poderá ser sentido com mais intensidade no próximo ano."
 Além disso, o movimento do mercado é impulsionado pelos compradores que efetivamente vão morar no imóvel. "O reflexo da entrada de investidores deverá ser pequeno. Historicamente, há quem compre mais imóveis na recessão, mas não é uma parcela significativa a ponto de afetar o desempenho do setor", diz Crestana.
 FUNDOS 
 Lima Jr. pondera ainda que a tendência em momentos de crise econômica é aplicar em opções com maior liquidez (facilidade para vender), e não de imobilizar capital.
 A opinião é compartilhada por Fabio Nogueira, da Brazilian Finance & Real Estate, para quem os fundos imobiliários são uma opção mais adequada para esse investidor. "O valor da aplicação também é menor."
 O analista considera essa uma boa escolha para a diversificação do portfólio, apesar de esse segmento ainda representar uma pequena parcela na indústria de fundos.
 Quem quer investir em imóveis pode comprar também ações de construtoras ou CRIs (certificados de recebíveis imobiliários).
 Com relação à polêmica discussão sobre bolha imobiliária, Nogueira é enfático: "Bolha tem que ter um elemento fundamental: financiamento muito barato, o que não acontece no Brasil. Lá fora as pessoas entraram numa espiral suicida", afirma, destacando, por exemplo, os imóveis comprados sem nenhum valor de entrada.
 No país, os grandes bancos financiam, no máximo, 90% do valor da moradia com recursos da caderneta de poupança.
"Cbic"

 

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