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AGÊNCIA CBIC

25/03/2011

Para ministro, onda de greves poderia atrasar obras da Copa

 

25/03/2011 :: Edição 064

Jornal O Globo/BR   |   25/03/2011

para ministro, onda de greves poderia atrasar obras da copa

Operários destroem instalações em
outra usina hidrelétrica do PAC

Tatiana Farah

SÃO PAULO, BRASÍLIA, RIO e RECIFE. O ministro da Secretaria-Geral da
Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou ontem que está preocupado com eventuais
atrasos no calendário de obras da Copa de 2014 por conta da onda de greves de
trabalhadores nas construções do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Mesmo não sendo obras ligadas ao
evento esportivo, as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia,
ligaram o sinal de alerta no governo, já que sindicatos estariam por trás dos
violentos protestos de seus operários. Para evitar mais problemas, o governo
quer firmar um pacto com empresas, sindicatos e o Ministério Público do
Trabalho (MPT). Ontem, houve quebra-quebra e incêndio em outra obra do PAC, a Usina São Domingos, no Mato
Grosso do Sul.

– Estamos extremamente preocupados com esses tumultos, uma situação
explosiva que se dá com a aglomeração de operários. Há um procedimento
equivocado das empresas nas relações de trabalho e problemas de alojamento e
alimentação. Queremos que as empresas façam um pacto com os sindicatos e o
governo e que deem um tratamento adequado aos trabalhadores – disse Carvalho,
que criticou as disputas regionais entre centrais sindicais. – Queremos que
elas se comprometam a estabelecer uma relação única em cada local. As disputas
estão ajudando a fermentar esse processo. Por isso, a ideia do pacto, para que
não haja nas obras da Copa atrasos como os que estão ocorrendo agora.

Sem previsão de retomada dos trabalhos

Na tarde de ontem, um grupo de trabalhadores das empresas Engevix e Galvão,
responsáveis pela construção de São Domingos, começou um quebra-quebra e ateou
fogo aos seis pavilhões usados para alojar os mil trabalhadores da obra. O
centro ecumênico e o refeitório também foram destruídos.

Suspensas na semana passada, por causa de protestos de operários
insatisfeitos com as condições de trabalho, as obras das usinas hidrelétricas
de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia, ainda não têm qualquer
previsão de retomada.

Em uma audiência na Justiça, o MPT e a Camargo Corrêa não chegaram a um
acordo sobre a situação dos operários que abandonaram Jirau. Temendo demissões
sob a alegação de abandono de trabalho, procuradores querem que os vínculos
empregatícios sejam mantidos até o retorno do pessoal ao canteiro de obras. A
empreiteira se opõe.

Já o consórcio responsável por Santo Antônio adiou o reinício dos trabalhos,
previsto para ontem, por conta de uma nova manifestação de operários. De acordo
com empresas, a construção só será retomada depois que a ordem for
restabelecida.

Em Pernambuco, as obras da Refinaria Abreu e Lima e da Petroquímica Suape
também estão suspensas, devido a uma greve que deverá ser julgada na próxima
terça-feira.

COLABORARAM: Mônica Tavares, Ramona Ordoñez e Letícia Lins


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