AGÊNCIA CBIC
ONU divulga estudo sobre a situação das populações nas principais cidades da América Latina e do Caribe
Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a América Latina, divulgado ontem, dia 21, traz uma avaliação sobre a situação das populações que vivem nas principais cidades do continente.
Intitulado Estado das cidades da América Latina e do Caribe – 2012, do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), o estudo mostra, entre outros, que o Brasil, apesar do avanço na distribuição de renda nos últimos anos, continua como um dos países mais desiguais da América, perdendo somente para países como Guatemala, Honduras e Colômbia.
Em linhas gerais, o documento aborda os seguintes temas: População e Urbanização – desaceleração do crescimento demográfico e urbano, novos padrões migratórios, importância das cidades secundárias, padrão de crescimento urbano; Desenvolvimento econômico e equidade – desempenho econômico e pobreza; cidades, motor econômico e espaço de oportunidades; Espaços públicos e convivência; Serviços básicos urbanos – água e saneamento; resíduos sólidos urbanos; mobilidade no espaço urbano; Meio ambiente e gestão de risco – cidades e seu entorno ambiental; mudanças climáticas; ameaças naturais e gestão de risco, e Governabilidade Urbana – consolidação democrática; descentralização fiscal e administrativa, e novas formas de governança urbana.
Para o economista Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas e cotado para presidir o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), parte desse estudo, no entanto, está defasado.
Segundo ele, o coeficiente de Gini — que mede a concentração de renda — para o país é melhor do que o apresentado na pesquisa. Clique aqui para acessar o documento (em espanhol). http://www.onuhabitat.org/, bem como matéria publicada sobre o assunto e entrevista do economista Marcelo Neri, onde ele comenta o progresso econômico e social da última década e analisa os desafios colocados pela urbanização e pela expansão da classe média no Brasil.