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AGÊNCIA CBIC

15/05/2015

Oferta anual retrai

A oferta de moradias verticais e horizontais, em Cuiabá, retraiu em 2014. Os empreendimentos tiveram redução significativa ao longo do ano quando comparados ao desempenho registrado no ano anterior. Os que mais sentiram a mudança do mercado foram os projetos de edifícios, que encolheram quase 12%.

Segundo dados da Pesquisa Mercado Imobiliário: Empreendimentos em Produção e Lançamentos em Cuiabá-MT , divulgados ontem pelo Sindicato das Indústrias da Construção de Mato Grosso (Sinduscon/MT), a redução no número de edifícios lançados passou de 59 (2013) para 52 (2014), queda de 11,86%. Em relação à performance das casas em condomínio a pesquisa mostra que em 2013 eram cinco empreendimentos contra quatro, em 2014. Foram 1.210 unidades lançadas em 2014 para 1.974 unidades lançadas em 2013. A área construída também caiu, de 121.870,72 metros quadrados em 2013 para 79.178,16 metros quadrados em 2014. Nesse segmento, a queda se deu tanto na oferta quanto no tamanho das construções. Entre os verticais, a pesquisa mostra que a área construída cresceu quase 2% no mesmo período.

A pesquisa é realizada todos os anos pelo sindicato como forma de direcionar os investimentos do segmento, a partir do conhecimento da realidade local e da identificação da direção do crescimento da cidade. Esse trabalho é coordenado pela Comissão da Indústria Imobiliária (CII), setor do Sinduscon/MT responsável pela análise qualitativa dos números. O presidente da CII, o empresário Paulo Bresser, explica que em relação ao número de unidades habitacionais, a pesquisa mostrou uma estabilização.

Enquanto na pesquisa de 2013 foram 8.988 unidades, na pesquisa de 2014 foram 8.812 apartamentos construídos. O número de apartamentos praticamente ficou estabilizado, com pequena queda de 1,96%, um percentual muito pequeno se considerarmos que a área construída aumentou 1,22%. Esse índice praticamente estabeleceu uma compensação entre número de unidades e lançamentos , destacou Bresser.

Apesar de o segmento apontar para uma estabilização, o Diário mostrou em uma publicação de outubro do ano passado, que há retração no mercado imobiliário. Uma série de fatores locais e nacionais interrompeu a expansão ao frear demanda e consequentemente os investimentos. Para quem está de fora, um dos melhores parâmetros para se enxergar que o ano frustrou as expectativas é a arrecadação do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), que, conforme a secretaria de Finanças de Cuiabá, recuou 15,64% no acumulado de janeiro a outubro de 2014 na comparação com igual momento de 2013. De 2008 até agora, 2014 pode ser considerado o pior dos últimos sete anos, pois foi um ano marcado pela entrega de imóveis e não por grandes lançamentos, como se via até 2012.

Uma fonte ouvida pelo Diário, na tarde de ontem, destacou que 2015 terá resultado ainda pior do que o apontado em 2014. Porque além de todos os fatores que impactaram o segmento no ano passado, nesse ano temos duas novidades : a elevação, já por duas vezes, dos juros do financiamento habitacional pela Caixa Econômica Federal, que é o maior fomentador do sistema nacional, e também, a retenção de oferta de crédito para quem quer utilizar recursos da poupança. Fora a pressão da inflação e dos aumentos seguidos da taxa Selic, há um clima totalmente incerto e inseguro, seja em relação à demanda, como também, aos rumos da política do governo Dilma . Como frisou, se 2014 havia sido o momento mais complicado do segmento construtor a partir de 2008, 2015 certamente tomará esse título .

NOVO PERFIL – A pesquisa também verificou o tamanho dos apartamentos disponíveis no mercado e constatou que aqueles com metragem entre 160 e 200 metros quadrados apresentaram um crescimento de 76,83%: eram 164 unidades na pesquisa de 2013 passando a 290 na pesquisa seguinte. Na outra ponta, estão os apartamentos com dimensão entre 55 e 70 metros quadrados que apresentaram retração no número de lançamentos e produção: de 1.592 unidades em 2013 para 1.022 unidades em 2014. Essa nova demanda pode ser um sintoma do perfil familiar que esteja em mudança, uma vez que o primeiro imóvel de uma família sempre é menor, entre 50 e 70 metros quadrados. Quando a família aumenta, surge a necessidade de trocar de imóvel , completa o presidente do Sinduscon/MT, Cezário Siqueira Gonçalves Neto.

LOCALIZAÇÃO – A maior quantidade de apartamentos produzidos e lançados, em 2014, em Cuiabá, está centralizada nas regiões leste, que tem como referência o Jardim das Américas, e na oeste, que tem entre seus mais famosos bairros, o Duque de Caxias. Juntas, essas duas regiões concentram 86,22% dos apartamentos produzidos e lançados, sendo 19 empreendimentos região leste que totalizam 4.394 unidades (49,86%) e outros 28 na região oeste, ofertando 3.204 unidades (36,36%). (Com assessoria)./ Diário de Cuiabá

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