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AGÊNCIA CBIC

25/03/2015

O segredo é não parar e achar uma oportunidade

"Cbic"
25/03/2015

O Estado de S. Paulo – 25 de março 

O segredo é não parar e achar uma oportunidade

Walter Torre ficou conhecido mesmo quando construiu o Allianz Parque, mas sua história começou bem antes

Vtvian Codogno

Diante de um período de crise, de dificuldades que surgem no meio do caminho, muitos empresários enxergam oportunidades. Talvez seja esse o segredo de Walter Torre Júnior para manter-se com sucesso no disputado ramo de construção civil com a WTorre. Desde 1981, o grupo constrói e comercializa empreendimentos de grande porte, entre eles, o complexo do shopping JK Iguatemi, que conta com a sede do Banco Santander, e o Allianz Parque, o recém-inaugurado estádio do Palmeiras. Para contar sua experiência, Torre participou do Encontro PME com pequenos empreendedores. Confira a seguir os principais trechos.

Rapidez

Para o empresário, que não poupa ousadia quando pensa em novos negócios para investir, o diferencial para consolidar-se no mercado brasileiro foi imputar agilidade nos projetos que o grupo realiza, algo ainda pouco usual para a construção civil.

"A dinâmica da obra no Brasil é lenta e deveria ser o contrário, pois quanto mais rápido você faz, mais rápido comercializa e ganha dinheiro", explicou.

Mão de obra

Durante o Encontro PME, Torre ainda destacou a importância que os líderes empresariais devem dar para a mão de obra. De acordo com ele, o grupo de funcionários é um dos pontos determinantes para o desenvolvimento da construção civil no País. Mesmo assim, segundo Torre, ainda há um longo caminho a ser percorrido.

"Trabalhar na mão de obra da construção civil é sempre a última opção de alguém. O sujeito tem até vergonha de dizer que trabalha com isso. Geralmente é a pessoa que não estudou, não se preparou para outras esferas do mercado. Mas a construção é a mola mestre do crescimento de qualquer país", refletiu.

Economia

Walter Torre também não se deixa intimidar pelo momento do País e procura se voltar para as lições que podem ser absorvidas durante a crise. Para ele, a percepção trazida pela estabilidade da moeda transformou o mercado e aguçou os sentidos dos brasileiros. "A nossa geração trabalhava com hiperinflação. Os novos profissionais percebem que, hoje, 1% ou 2% fez bastante diferença. Quem consegue extrair essa margem são os bons gerentes, que serão os profissionais do futuro." Durante o Encontro PME, Torre ainda relembrou seus primeiros passos como empresário. Ele tinha 16 anos quando fundou, ao lado de amigos, uma empresa de delivery no País.

O serviço era praticamente desconhecido dos brasileiros. "Hoje é uma coisa tão corriqueira, não é mesmo? As pessoas estão acostumadas a ligar, pedir e a mercadoria chegar. Mas na minha época era algo extraordinário", divertiu-se. "A verdade é que nós, empreendedores, não conseguimos ficar parados, sempre achamos uma oportunidade", argumentou.

Burocracia

Walter Torre também aproveitou o evento para explicar, a partir de sua vivência, como o empresário pode enxergar oportunidades a partir da dificuldade embora às vezes essa ação empreendedora esbarre na conhecida burocracia.

"Um dia descobri que a movimentação de um contêiner no Brasil custa US$ 400. Nos lugares mais caros, é US$ 100 e nos lugares eficientes fica a US$ 25. Decidi então construir um porto eficiente. Estou no projeto há 5 anos e ainda não completei 5% da aprovação necessária. Enquanto essa estrutura viciada não mudar, o Brasil não muda de patamar."

Mesmo assim, Walter Torre descarta uma participação na política, embora reconheça a importância de levá-la para todas as esferas da sua vida. "Uma lição que aprendi com o tempo é que a política, na sua expressão mais genuína, é a coisa mais importante que existe. É a base de qualquer negócio e de qualquer país", explicou.

Estádio

Eleito como o estádio do ano pelo site inglês Stadium DataBase, o Allianz Parque pode receber, além dos jogos do Palmeiras, shows, festas e outros eventos. A arena é uma das vitrines atuais da WTorre.

"Começamos a conhecer a verdadeira dimensão do marketing de uma empresa com a arena. Não tínhamos a dimensão real do que é estampar um nome na testa de um empreendimento. Vendemos o nome para a Allianz por R$ 300 milhões. Nem nós esperávamos esse valor. Estamos agora aprendendo que vai muito além disso. No mercado internacional, colocam nome em qualquer coisa e o volume de dinheiro que isso envolve é muito grande."



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