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AGÊNCIA CBIC

30/03/2011

"Minha Casa" deve ser retomado em julho

 

30/03/2011 :: Edição 067

Jornal O Estado de S.Paulo/BR   |   30/03/2011

"minha casa" deve ser retomado em julho

Empresários da construção civil
acreditam que novos projetos na faixa de zero a três salários só serão
assinados no segundo semestre

Edna Simão e Naiana Oscar – O Estado de S.Paulo

A Caixa Econômica Federal só vai retomar o Programa Minha Casa, Minha Vida para famílias com renda de até R$ 1.395 no
próximo semestre. Segundo nota divulgada ontem pela instituição, o principal
programa habitacional do governo "está em fase de adequação de orçamento e
procedimentos operacionais". O problema, no entanto, é que a segunda fase
do Minha Casa precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional.

Meta. Segunda fase do MCMV prevê 2 milhões de imóveis

Segundo uma fonte ouvida pelo Estado, a expectativa é de que a medida
provisória que trata do assunto seja aprovada em abril. Só então, o governo
poderá fazer o reajuste do valor do imóvel pago às construtoras.

Para amenizar as perdas causadas pelo atraso, grandes construtoras que se
dedicam à baixa renda estão diversificando o portfólio e antecipando
lançamentos de imóveis mais sofisticados.

É o caso da Direcional Engenharia – empresa mineira que concentrou 30% dos
empreendimentos no ano passado no chamado "segmento de zero a três".
"O último contrato que assinamos foi em dezembro", diz o presidente
da construtora, Ricardo Valadares. Em 2011, ele espera lançar R$ 1,6 bilhão em
imóveis, em todas as faixas de renda. Os projetos para o segmento mais baixo do
Minha Casa, Minha Vida já estão
prontos, à espera da assinatura na Caixa. "O governo está postergando os
gastos para o segundo semestre, mas tenho certeza que 100% do programa será
executado."

No início do ano, as construtoras trabalhavam com a possibilidade de que os
contratos só voltariam a ser assinados em fevereiro. Diante das indefinições,
tiveram de prorrogar o prazo e refazer o planejamento. Os empresários parecem
estar dispostos a esperar mais um pouco, na certeza de que, com a retomada,
virá também o reajuste do valor máximo dos imóveis do segmento de zero a três.
Hoje, ele varia de R$ 42 mil a R$ 52 mil. "Tudo indica que o aumento vai
girar entre 12% e 15%", diz Fábio Cury, presidente da Cury Construtora.
"Estamos tranquilos porque o atraso é normal: acontece sempre que há
mudança de governo."

O discurso apaziguador das grandes construtoras contrasta com a preocupação
das pequenas companhias de construção
civil
. Foram elas que, até agora, tornaram viável os empreendimentos de
zero a três salários mínimos – que por terem margens apertadas não despertaram
o interesse das gigantes do setor. A MRV, por exemplo, conhecida por atuar na
baixa renda, só constrói imóveis para famílias com renda superior a três
salários.

As construtoras de pequeno porte foram responsáveis por mais de 80% das
unidades de zero a três salários contratadas no ano passado. E estão contando
com esses projetos em 2011.

Com faturamento anual de R$ 20 milhões, a More Fácil, de Fortaleza, investiu
R$ 1 milhão em novos projetos. "Estão todos parados", diz André
Montenegro, sócio da construtora, que lançou no ano passado 200 unidades no
MCMV e este ano pretende lançar 1,5 mil. "Aumentamos o quadro técnico,
investimos em equipamento e não sei quanto tempo vamos manter essa
estrutura."

O primeiro susto do mercado em relação ao Minha Casa 2 veio no fim de
fevereiro, quando o Ministério do Planejamento anunciou corte de R$ 5,1 bilhões
nos investimentos de R$ 31,5 bilhões previstos para o programa neste ano. A
pasta ressaltou depois que o valor reajustado se somará a R$ 9,5 bilhões de
restos a pagar, fazendo com que o montante seja 4,9% superior ao de 2010.


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