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AGÊNCIA CBIC

04/07/2011

Invasão de visitantes brasileiros aquece comércio de Miami e gera empregos

 

"Cbic"
04/07/2011:: Edição 130

 

correiobraziliense.com.br/BR 03/07/2011

 

Invasão de visitantes brasileiros aquece comércio de Miami e gera empregos

 Miami e Brasília – Os norte-americanos comparam com uma "nuvem de gafanhotos". Já os imigrantes latinos chamam de "a nova onda do real". A presença de turistas brasileiros na charmosa Lincoln Road, onde ficam as butiques mais badaladas de Miami Beach, realmente se tornou uma atração, sobretudo para os comerciantes. Cartazes nas lojas informam sobre os idiomas falados: inglês, espanhol e o português. Seja atrás de iPads, iPhones ou iPods da Apple, de roupas populares ou de marcas como Diesel, Osklen, Gucci e Prada, a nova enxurrada de visitantes brasileiros no sul da Flórida virou uma importante arma para a economia local driblar os efeitos da crise financeira desencadeada em setembro de 2008. Só no ano passado, os brasileiros despejaram US$ 1 bilhão na Flórida, o estado mais meridional dos Estados Unidos.

 Responsáveis pelo aquecimento do mercado imobiliário da região de Miami, ainda mais nos arredores da badalada South Beach, os brasileiros trazem dinheiro e prosperidade à região. Pesquisas feitas pela Convention Miami & Visitors Bureau mostram que a cada 83 vistos concedidos a brasileiros um emprego é criado na Flórida. Além disso, os estudos comerciais da região apontam que uma família de quatro pessoas gasta em média US$ 20 mil a cada 15 dias de viagem aos EUA.
 A principal explicação para a "invasão brasileira" é a forte valorização do real. Desde o começo de 2009, a moeda brasileira apresentou a maior alta frente ao dólar entre divisas de 25 países emergentes. Em 4 de janeiro daquele ano, o dólar estava cotado a R$ 2,27. Na última sexta-feira, a moeda norte-americana valia R$ 1,55 – o menor nível dos últimos 12 anos. Ou seja, uma valorização do real de 43,7% em dois anos e meio.
 "Só tinha visto uma presença tão grande de brasileiros assim entre a criação do real, em 1994, e a desvalorização da moeda (em janeiro de 1999). Só que, agora, desembarcaram com tudo por aqui e gastam, sem censura, em várias frentes, como imóveis, roupas e eletrônicos. É o efeito iPad", comenta José Augusto Nunes Pereira, dono da imobiliária Algebra Realty, especializada na venda de apartamentos para brasileiros, e que mora nos EUA desde 1986.
 Apesar da queda, em maio, das compras realizadas por meio de cartão de crédito no exterior, conforme o Banco Central, os números impressionam. Em média, US$ 29,2 milhões deixam diariamente o país em transações realizadas nas maquininhas eletrônicas. Uma conta que chegou a US$ 909 milhões no mês passado.
 Visto de entrada
 A sede tupiniquim por produtos norte-americanos é tão grande que a imprensa dos Estados Unidos abriu um importante debate no mês de junho sobre a necessidade de se discutir a importância de liberar o visto de entrada dos brasileiros no país. Em reportagem de três páginas, a influente revista Time mostrou como o real está ajudando a salvar a economia local da crise mundial e como o desempenho poderia ser ainda melhor, caso o visto não fosse necessário aos brasileiros – atualmente 36 países estão dispensados, a maioria deles europeu e nenhum da América Latina. "Todos deveriam amar os turistas brasileiros. Eles gastam mais per capita do que qualquer outra nacionalidade", diz a publicação.
 "O poder aquisitivo do brasileiro aumentou e, como há uma oferta maior de voos entre os EUA e o Brasil, isso ajuda, e muito, a aumentar o fluxo desses turistas. Eles estão invadindo tudo e comprando muitos imóveis. O mercado nunca esteve tão aquecido", comemora Fabiana Pimenta, corretora da Fortune International Realty, uma das maiores imobiliárias de Miami.
 A recente paixão dos norte-americanos pelo Brasil pode ser explicada em números. A quantidade de turistas brasileiros que visitam os EUA dobrou entre 2006 e 2010. Há cinco anos, 525 mil estiveram nos EUA a passeio contra 1,19 milhão no ano passado – um crescimento de 128%. "Os brasileiros são muito bem-vindos. É o nosso melhor mercado. A expectativa é de que todos os recordes, como de visitantes e gastos, sejam quebrados em 2011", afirma o vice-presidente de Marketing e Turismo do Convention Miami & Visitors Bureau, Roland Aedo. Para levar tanta gente a Miami, são 22 voos diários, dois deles partindo de Brasília.
 E mais: dados do governo norte-americano revelam que um único dia de emissão de vistos no Brasil agrega
 US$ 20 milhões ao Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas no país). São Paulo já é a cidade onde mais se realizam entrevistas para a emissão de vistos em todo o mundo. São 1,7 mil brasileiros que procuram diariamente o consulado dos EUA em São Paulo em busca da autorização de entrada na maior economia do planeta.
 Em Brasília, a situação é parecida. Há cinco anos, a capital federal ocupava a 61ª posição no ranking das cidades com mais pedidos de vistos em todo o mundo. Hoje está na 18ª, com perspectiva de ganhar mais colocações nos próximos anos. Segundo a Embaixada dos EUA, a previsão é de que o Distrito Federal, onde também são atendidos moradores da região Norte, sejam emitidos 100 mil vistos até o fim do ano – um salto de quase 25% em relação ao ano passado. Em 2010, Brasília realizou 81.005 entrevistas. A de número 50 mil ocorreu em 27 de agosto, três meses mais tarde do que neste ano: 26 de maio. Os principais destinos informados nas entrevistas são Nova York e Miami.
 O número de viajantes brasileiros para os EUA saltou 243% de 2003 a 2010, passando de 349 mil para 1,19 milhão. No mesmo período, a média de gastos aumentou um pouco mais: 254%, passando de US$ 1,68 mil para US$ 5,98 mil, conforme dados do Departamento do Comércio norte-americano e da Embaixada dos EUA no Brasil.
 

"Cbic"

 

 

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