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AGÊNCIA CBIC

19/03/2014

Indústria já sonha com terceira fase do Minha Casa, Minha Vida

"Cbic"
19/03/2014

Brasil Econômico

Indústria já sonha com terceira fase do Minha Casa, Minha Vida 

Programa do governo é um dos maiores responsáveis pelo desenvolvimento das construtoras de menor porte

A indústria da construção civil espera ter este ano uma definição importante do governo federal: a continuidade do programa Minha Casa, Minha Vida, cuja segunda fase, iniciada na atual gestão, acabará no final de 2014.0 programa estava previsto em 2 milhões de unidades – que somadas à primeira fase totalizaria 3 milhões. Foi ampliado em mais 750 mil unidades, sendo que apenas 510 mil restaram para ser contratadas neste ano. "Se mantivermos o ritmo, a tendência é ultrapassarmos esses números porque a demanda é muito grande", diz Teotonio Rezende, diretor de habitação da Caixa Econômica Federal, seu principal agente financiador. Além de ser um programa social importante para a redução do déficit habitacional, principalmente no da faixa de menor poder aquisitivo da população, o Minha Casa, Minha Vida é um dos maiores impulsionadores do setor e do desenvolvimento das construtoras de menor porte.

"É um mercado tão importante que muitas empresas grandes também abriram subsidiárias para explorá-lo", diz Rezende, acrescentando que a presidente Dilma Rousseff já sinalizou com a possibilidade da terceira fase. "O setor quer que se perenize pela relevância do programa, que poderá sofrer ajustes, mas não ser finalizado, pois seria um enorme baque para um número grande de empresas, afetando a geração de empregos e renda não apenas do setor, mas também dos indicadores nacionais", afirma MareeiTau, analista do setor de construção da Lafis – Informação de Valor.

A cadeia da construção civil, por onde circula em torno de 45% de todo o investimento no pais, é uma das que mais geram empregos, um número que pode alcançar até 15 milhões de trabalhadores. Somente no núcleo de empresas com foco em construção, são mais de 208 mil companhias, sendo que cerca de 97% tem até 99 empregados ativos, mostram as estatísticas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). As políticas de incentivo ao ramo imobiliário, como maior oferta de crédito e o Minha Casa, Minha Vida, foram decisivas nos últimos anos para a melhoria dos indicadores nacionais, mitigando os efeitos das crises econômicas mundiais no país, e a própria desaceleração interna de alguns setores.

"Mesmo que a presidente não seja reeleita, os gestores já perceberam a sua importância. Seria 'queimar o filme de maneira federal' a interrupção do Minha Casa, Minha Vida", diz Eduardo Sobrosa, diretor comercial da Sobrosa Construtora, lembrando que o programa é necessário para cobrir o   déficit habitacional do país. Hoje, estima-se, o déficit chega a 7 milhões de moradias e até 2020 seriam necessários mais 18 milhões de novas residências para amenizar esse número e atender as novas demandas. O Minha Casa, Minha Vida foi a porta de entrada da Construtora Sobrosa, antes especializada em obras industriais e edifícios comerciais, na área residencial e em obras públicas, em 2010. "Antes não tínhamos interesse de entrar no segmento residencial popular e de obras públicas porque o quesito era preço e não qualidade. O programa permitiu nivelar as construtoras, sejam pequenas ou grandes, por cima porque quem não tem qualidade não se habilita", explica.

Com seis empreendimentos do programa na carteira, o maior deles com 2,5 mil unidades, a Sobrosa opera canteiros em São Paulo e Santa Catarina. Segundo o executivo, o impacto nas vendas totais da empresa ainda é pequeno, já que apenas um dos empreendimentos foi entregue e dois não foram lançados. No entanto, a divisão já respondeu por R$ 9 milhões, alta de 50%, do valor do volume de obras executada no ano passado, que atingiu R$ 62 milhões e cresceu em torno de 607-? comparativamente ao ano anterior, quando somou R$ 37 milhões, sendo R$ 6 milhões com o programa do governo. Em 2014, diz Sobrosa, a estimativa é que as vendas do Minha Casa, Minha Vida cresçam para RS 30 milhões. "Estamos evoluindo na área industrial também e operando em novos nichos desse segmento, como o ambiental e o agronegócio. O faturamento do ano passado já foi todo vendido em 2014."

É também pela área de habitação popular que a Aubicon, especializada na produção de mantas acústicas e pisos ecológicos, estima crescer. A empresa acaba de lançar uma solução de mantas acústicas para o mercado de habitação econômica (ela já atua em outras faixas), visando também os edifícios do Minha Casa, Minha Vida. De acordo com Rafael Safra, diretor comercial da Aubicon, a demanda por mantas acústicas é crescente desde o ano passado, quando entrou em vigor a nova norma desempenho para edificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que implicou em uma série de mudanças, entre elas a obrigatoriedade de uma proteção acústica maior entre os andares, já que o barulho em pisos e instalações hidráulicas é a principal reclamação na construção civil. Ruído que se agrava mais quando a moradia é popular.

"As empresas estão buscando soluções para se enquadrar nas normas, sem ter de alterar as obras já aprovadas e sem ter de mudar muito seus métodos construtivos, o que encareceria muito o custo final, que pesa mais em construções econômicas. Por isso, acreditamos muito na demanda desse nicho de mercado", explica o executivo da Aubicon, que está investindo R$ 2 milhões este ano, boa parte deles no desenvolvimento e lançamento de novos produtos. Em 2013, diz Safra, as vendas da empresa cresceram 507.., mesmo percentual previsto para este ano. "A demanda de academias de ginásticas, um segmento que o Brasil só perde para os Estados Unidos, e de escolas e condomínios por pisos também está aquecida", diz o diretor da Aubicon, que produz pisos a partir de pneus reciclados e desde a sua fundação , em 2006, já retirou mais de 1,3 milhão de pneus do meio ambiente.

"O setor quer que   se perenize pela   relevância do   programa, que poderá   sofrer ajustes, mas não   ser finalizado, pois   seria um baque para as   empresas, afetando a   geração de emprego"   Marcel Tau  

 Analista de Construção da Lafis  

 
 


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