Logo da CBIC

AGÊNCIA CBIC

28/10/2014

Grandes empresas buscam proteção contra acidentes

"Cbic"
28/10/2014

Valor Econômico

Grandes empresas buscam proteção contra acidentes

Ambiente  Contratos de seguros ambientais acumularam R$ 28,49 mi

Por Lucy Cardia | Para o Valor, de São Paulo 

 Os seguros contra riscos ambientais vêm ganhando força no país nos últimos dois anos. Dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) apontam que, de janeiro a agosto de 2014, os contratos de seguros ambientais acumularam R$ 28,49 milhões em prêmios (com despesas de R$ 4,97 milhões para sinistros). O montante é 45,6% maior que os R$ 19,57 milhões em prêmios (e R$ 5,94 milhões em sinistros) apurados no mesmo período do ano anterior. A comparação janeiro/dezembro de 2013 frente a igual período de 2012 revela aumento de 10,3%, o que sugere que houve um crescimento na aceitação do produto.

Voltada para as empresas, a modalidade oferece cobertura nos custos decorrentes de acidentes causados por vazamentos, derramamentos, contaminações ou poluição, e pode ressarcir ainda perdas financeiras pela paralisação das operações. Para especialistas, um dos atrativos do seguro ambiental é a rápida liquidação do seguro ambiental no caso de sinistros, em função da própria urgência em evitar um dano maior.

A demanda crescente é impulsionada principalmente por novas regras na legislação, maior consciência da exposição a esses riscos e exigências contratuais. Vários setores já exigem que as apólices de seguro de seus fornecedores incluam cláusulas de danos ambientais. "A maior demanda, sem dúvida, vem de grandes empresas, principalmente multinacionais acostumadas a contratar essa proteção lá fora, mas existe um mercado médio e pequeno que começa a procurar pelo seguro ambiental, devido às demandas contratuais", explica Márcio Guerrero, superintendente de seguro de Responsabilidade Civil da HDI-Gerling, empresa que se prepara para entrar no segmento no início de 2015.

Álvaro Igrejas, diretor da Divisão de Linhas Financeiras da Willis Brasil, complementa que, no exterior, os acionistas, credores e investidores cobram das empresas que invistam em seguro ambiental. De acordo com o executivo, essa pressão já está aportando por aqui. Grandes fundos estrangeiros querem saber se a questão ambiental tem a devida cobertura antes de fechar uma operação. "Eles não querem correr o risco de investir em um empreendimento que venha a provocar algum acidente sem ter estrutura para reparar o dano ou tenha um controle falho e por isso não dispõe do seguro."

Em função da natureza de suas atividades, as indústrias de óleo e gás, química e petroquímica foram as primeiras a aderir ao seguro ambiental e lideram em termos de demanda por setor, seguido por mineração, papel e celulose (que gera grande quantidade de efluentes durante o processo de produção), transportes de cargas perigosas, açúcar e álcool, construção civil – particularmente em obras de infraestrutura urbana, saneamento e grandes empreendimentos de revitalização de áreas degradadas – e a prestação de serviços como manutenção industrial, que está exposta ao risco de danos ambientais em plantas de terceiros.

"Também há um forte movimento na área portuária, por conta da Resolução 2.190 de 2011, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que exige a apresentação de uma apólice de seguro ambiental das prestadoras de serviços de retirada de resíduos das embarcações", lembra Nathalia Gallinari, engenheira que responde pela subscrição de riscos ambientais da AIG Seguros. A determinação chegou a todos os operadores portuários no ano passado, com a portaria SEP 111, da Secretaria dos Portos (SEP 111), que passou a exigir a inclusão de coberturas ao ambiente e a terceiros nas apólices de responsabilidade civil.

"A própria Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010, que acabou com os lixões e criou a logística reversa, coloca o produto radar das empresas, ao sugerir o seguro ambiental como uma ferramenta facultativa dos órgãos ambientais no licenciamento de empreendimentos que manipulem com resíduos perigosos", aponta a executiva. E em São Paulo, a nova Lei Estadual de Áreas Contaminadas (13.577/13) define o seguro ambiental como instrumento de proteção da qualidade do solo para gerenciar áreas contaminadas e obriga a contratação da apólice em situações que envolvam a descontaminação por sistemas de contenção.

Nas contas de Guerreiro, da HDI-Gerling, São Paulo é o estado com maior demanda pelo seguro ambiental, "até em função de uma fiscalização competente e atuante". O Rio de Janeiro segue a mesma tendência em razão da forte indústria de óleo e gás, que tem a Petrobras na linha de frente, além de Minas e Santa Catarina, onde também é possível detectar um aumento na procura.

 


"Cbic"

 

COMPARTILHE!

Março/2024

Parceiros e Afiliações

Associados

 
Sinduscon – CO
Sinduscon-BNU
Sinduscon-PA
Sinduscon-DF
Sinduscon-Oeste/PR
ASBRACO
Associação Nacional de Correspondentes Caixa Aqui
Sinduscon-Teresina
APEOP-SP
SINDUSCON – SUL
Sinduscon-BC
ASEOPP
 

Clique Aqui e conheça nossos parceiros

Afiliações

 
CICA
CNI
FIIC
 

Parceiros

 
Multiplike
Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea