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AGÊNCIA CBIC

24/08/2011

Em Obras – 1ª Reportagem da série – Mercado Imobiliário

A jornalista Christiane Pelajo, da TV Globo, viajou por várias cidades brasileiras para mostrar o cenário do mercado imobiliário, que teve grande valorização nos últimos anos.

A seguir, a primeira reportagem da série "Em Obras", veiculada no dia 15 de agosto, no Jornal da Globo.

Muito já se ouviu sobre o superaquecimento do mercado imobiliário brasileiro. Mas quais são os verdadeiros motivos desse crescimento? Por que o preço dos imóveis subiu tanto nos últimos anos?

Christiane Pelajo viajou por várias cidades brasileiras para tentar responder essas perguntas. A primeira reportagem da série ‘Em Obras’ mostra que o Brasil é um país em reforma.

“Nós criamos verdadeiros bairros, remodelamos bairros, isso é muito bom pras cidades”, diz o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Paulo Safady Simão.

Em Porto Alegre, até 2006, o bairro Jardim Europa não existia. Hoje, há quase mil imóveis em volta de um parque.

No setor noroeste, em Brasília, há 20 prédios sendo construídos neste momento. Até o começo do ano passado, o local era um grande cerrado.

Em Pouso Alegre, sul de Minas, um bairro novo foi criado há menos de cinco anos. Os terrenos custavam R$ 20 mil. Hoje, são vendidos por R$ 80 mil.

O mercado imobiliário vive desde 2008, um período de euforia, sem paralelo, na sua história.

“Acho que muito mais do que um boom, foi uma recuperação, nós vivemos na década de 90 uma total aversão aos imóveis. Era muito melhor manter seu recurso no banco rendendo dinheiro, havia muita inflação”, fala o presidente do Secovi- SP, João Crestana.

“Vieram para o mercado milhões e milhões de brasileiros que até então não tinham a menor condição de acessar o mercado, os produtos ficaram muito mais adequados ao bolso, enfim, houve uma revolução”, conta Paulo Safady Simão.

Nos últimos anos, o brasileiro se acostumou a ver perto de casa, perto do trabalho, verdadeiros canteiros de obra. Mas por que houve um crescimento tão grande no nosso mercado imobiliário? Os motores desse mercado são velhos conhecidos: mais crédito, mais renda e mais confiança.

Com a estabilidade da nossa economia, o vendedor Cauê viu sua renda aumentar 60% nos últimos dois anos. Com o salário mais alto, Cauê teve acesso ao crédito. Pegou um financiamento para comprar sua primeira casa própria. Ele e muitos brasileiros. O crédito imobiliário bateu recorde no primeiro semestre deste ano: R$ 37 bilhões. Alta de 55% em relação ao mesmo período de 2010.

Prédio pronto, apartamento entregue, mas ainda faltam alguns acabamentos, pouca coisa. O Cauê, a Mariana e o Pedro se mudam daqui a 15 dias. “Há pelo menos quatro anos a gente já está com a ideia de comprar a casa própria”.

São 16% os brasileiros que vivem em imóveis alugados. Mas o número de quem mora em casa própria vem crescendo. Hoje chega a 70% — são 133 milhões de pessoas.

O número pode parecer alto demais, mas tem explicação: alguns brasileiros moram em imóvel próprio, mas em terrenos irregulares. Além disso, há famílias que vivem juntas. Como o corretor de imóveis, Marcel Cardoso Correia, e a assistente de recursos humanos, Simone Rocha Silva, que dividem a casa dos pais dele com o Fábio, o cunhado.

Apesar de não ter um apartamento, nas estatísticas, o casal está entre os 70% de brasileiros com imóvel próprio. É o que se chama de co-habitação.

“Você tem quase cinco milhões de pessoas que moram em co-habitação e que não querem morar nessa situação, é uma casa própria, mas não é dele”, fala o coordenador do Centro de Pesquisas da FGV-RJ, Marcelo Neri.

Eles falam do desejo de se mudar. “Porque é algo que é nosso. A gente tem a estabilidade de não precisar pagar aluguel, a gente tem aqui as contas a serem pagas, mas porem é algo que é nosso, pode chamar de meu”, avisa o corretor de imóveis, Marcelo Cardoso Correia.

Muita gente querendo comprar, os preços dos imóveis aumentam. Eles subiram, nos últimos 12 meses, 43% no Rio de Janeiro, 27% em Belo Horizonte, 29% em São Paulo e 15% em Fortaleza.

“As pessoas começaram a procurar mais, a demanda era muito grande por imóvel, então aí você tem um ajuste nos preços dos imóveis”, fala Luis França, da Abecip.

“Você tem muita gente para entrar na classe média nos próximos anos. Podem entrar mais 20 milhões nos próximos oito anos, então tem muita gente para entrar no mercado de trabalho e é justamente esse pessoal que vai ter potencial de comprar seu primeiro imóvel, de trocar seu imóvel”, diz economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale.

“Você vai precisar de mais casas, não só porque a população está crescendo, mas porque as famílias estão menores. Então a demografia conspira a favor de uma maior demanda por casa”, explica Marcelo Neri.

Marcel e Simone. Cauê e Mariana. Os dois casais têm o perfil do comprador de imóveis. “Entre 20 e 30 anos, R$ 3 mil homem e R$ 3 mil a mulher, é essa a família que compra hoje”, fala João Crestana.
O que esses jovens mais compram são apartamentos de dois quartos. Como eles conseguem?

O empurrão veio do crédito e do financiamento — palavras que até pouco tempo mal faziam parte da vida do brasileiro.

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