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AGÊNCIA CBIC

22/05/2014

Em evento da construção, Dilma diz que Minha Casa Minha Vida não pode ser amesquinhado

"Cbic"
22/05/2014

O Globo Online

Em evento da construção, Dilma diz que Minha Casa Minha Vida não pode ser amesquinhado

Presidente afirmou que candidatos que cogitam adotar medidas impopulares vão certamente cortar subsídios do programa

GOIÂNIA – Na abertura do Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), na noite desta quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff confirmou a terceira etapa do Minha Casa Minha Vida e disse que o programa não pode ser interrompido nem amesquinhado. Comentando as regras do programa, Dilma afirmou que os candidatos que cogitam adotar medidas impopulares vão certamente cortar subsídios do Minha Casa Minha Vida, que beneficiam os mais pobres. Ela prometeu lançar o Minha Casa Minha Vida 3 no próximo dia 29 de maio.

– Este é o programa que o governo gasta os maiores valores de subsídio. Todos aqueles que pretenderem fazer arranjos ou tomarem decisões impopulares, vocês podem ter certeza que alguma delas será cortar uma parte dos subsídios do Minha Casa Minha Vida. Eu tenho compromisso com o subsídio – afirmou a presidente, sem citar nomes.

Segundo Dilma, desde o lançamento do programa, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foram entregues 1,690 milhão de moradias. Até o fim deste ano, a previsão é de construir 3, 750 milhões de unidades habitacionais.

– O programa Minha Casa Minha Vida 3 não pode nem ser interrompido nem amesquinhado – afirmou.

A nova fase do Minha Casa Minha Vida deverá ter 3 milhões de unidades habitacionais, com investimento em torno de R$ 135 bilhões do governo federal.

Dilma falou por 50 minutos na abertura do encontro que, segundo os organizadores, é "o maior evento do setor na América Latina". Diante da possibilidade de protestos, o Centro de Convenções de Goiânia, onde ocorreu o evento, foi cercado pela Polícia Militar de Goiás e o acesso ao local foi restrito – pessoas em grupos não podiam entrar.

Empresários da construção, da indústria e do comércio de materiais, de serviços, de máquinas e equipamentos ficarão reunidos até sexta-feira para debater temas ligados à tecnologia da construção, produtividade, indústria imobiliária, práticas sustentáveis, relações trabalhistas e obras públicas.

– Eu quero dizer para vocês que de fato não temos o crescimento que tivemos até 2010. Qualquer tentativa de achar que isso só depende de nós é uma temeridade – afirmou a presidente.

Segundo Dilma, o Brasil não foi atingido imediatamente pela crise internacional. Disse ainda que os países desenvolvidos têm enfrentado a crise cortando direitos trabalhistas, demitindo trabalhadores e reduzindo renda. A presidente ainda comparou o crescimento da economia brasileira com a dos Estados Unidos.

– Nós todos achamos que os Estados Unidos estão em franca recuperação. Qualquer um de nós jura que está em franca recuperação. Pois bem, a taxa de crescimento da economia americana no último trimestre foi de 0,025%, mas eles anualizam e dá 1%. Eu não estou dizendo que a economia americana não vai se recuperar. Até porque é pelo que mais torço: será importante para nós e para o mundo – disse a presidente.

Segundo Dilma, houve aumento da desigualdade nos países mais desenvolvidos.

– Nós enfrentamos a crise sem desempregar, e todas as profecias cavernosas não se realizaram – afirmou Dilma, repassando dados oficiais da economia brasileira. – Não é possível nos impregnar de pessimismo. Este país é grande o suficiente, caminha pelos seus próprios pés, tem uma estrutura que será cada vez mais competitiva.

Acompanharam a presidente o ministro das Cidades, Gilberto Occhi, e o presidente da Caixa, Jorge Hereda. Dilma participou da solenidade ao lado do governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo. O governador destacou "o espírito verdadeiramente republicano" da presidente e agradeceu pelas parcerias entre os governos federal e de Goiás. Segundo Perillo, a ajuda do governo federal permite a realização de obras no estado. Ele citou a ampliação do Aeroporto de Goiás, projetos de saneamento básico e construção de escolas.

– Temos muitas e boas parceiras. Todos os ministérios nos atendem e muito bem – disse Marconi, acrescentando

– Dois programas liderados pela senhora mudaram a geografia do estado: o Pronatec e o Minha Casa Minha Vida.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão, defendeu a transformação do Minha Casa Minha Vida em projeto de Estado para "afastar qualquer possibilidade de interrupção do programa", destacou o lançamento da terceira etapa da medida, mas criticou a "gravíssima situação" do saneamento no país e manifestou apreensão com o nível de recursos para infraestrutura. E pediu flexibilização da legislação trabalhista:

– Inquietação com o atual quadro trabalhista: uma área desatualizada e na contramão das necessidades do país. Vivenciamos hoje um verdadeiro terrorismo em decorrência da má interpretação da legislação. Estamos perdendo tempo e recursos em ações judiciais baseadas em critérios subjetivos que muitas vezes não levam a nada, mas encarecem nos produtos e desorganizam as nossas operação. Urge uma grande e moderna reforma trabalhista – afirmou, cobrando mais uniformidade nas ações de fiscalização:

– Sobretudo num item cada vez mais explorado de forma arbitrária, o trabalho análogo à escravidão.

No fim, Safady desejou sucesso a Dilma "na busca de seus projetos futuros". A presidente deverá disputar a reeleição em outubro. Safady, que deixará a presidência da CBIC, será candidato a deputado federal.

Diante da presidente, do governador e do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), o presidente do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO), Carlos Alberto de Paula Moura Júnior, reclamou dos entraves burocráticos dos três níveis de poder. Isso, segundo ele, entrava os investimentos do setor. O empresário disse ainda que é preciso melhorar as relações de trabalho e modernizar a legislação.

– O baixo nível de investimento só aumenta a vulnerabilidade do setor produtivo, com efeito multiplicador prejudicial a economia como todo. Compreendemos que investimentos devem ser feitos pelo poder público e pela iniciativa privada, mas que é preciso garantir regras estáveis e de longo prazo para que possamos investir com segurança. Queremos ser parceiros – afirmou.

O presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), Ilézio Inácio Ferreira, cobrou programa habitacional:

– Esperamos sair daqui com um plano habitacional definitivo para o nosso querido Brasil.

 


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