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25/08/2011

Economia e água vira moda em casa e nas companhias

"Cbic"
25/08/2011 :: Edição 165

 

Jornal Valor Econômico/BR 25/08/2011
 

Economia e água vira moda em casa e nas companhias

Aumenta a procura por equipamentos que evitam o desperdício de recursos no mercado interno
 
 As empresas trabalham num ritmo acelerado para atender ao aumento de encomendas e oferecer tecnologias inovadoras para reduzir gastos com água. As vendas crescem acima da média do Produto Interno Bruto (PIB), mas o mercado está mais exigente com a chegada ao Brasil dos maiores players mundiais do setor. Eles trazem na bagagem novas tecnologias e preços competitivos.
 As vendas de aparelhos sanitários verdes produzidos pela Deca, empresa com 60 anos e líder nacional no setor de metais e louças sanitários, crescem de 24% a 26% ao ano, o dobro da evolução do faturamento dos equipamentos convencionais. O aumento reflete o maior número de pedidos e os investimentos em tecnologia para atender às novas demandas do mercado, segundo Flávio Soares, diretor de marketing.
 "O desafio é criar um produto econômico sem diminuir o conforto", analisa. Seguindo essa tendência, a companhia prioriza o desenvolvimento de tecnologias para elevar o bem-estar do consumidor, apesar do menor fluxo de água dos equipamentos. Esse é o conceito, por exemplo, das torneiras com vazão automática que transferem para o usuário a decisão sobre o volume de água a ser usado.
 A concorrência também amplia o portfólio de produtos verdes para empreendimentos comerciais e empresariais. A Docol, pioneira no país nesse segmento, mantém uma linha exclusiva para obras públicas, comerciais e empresariais, a DocolMatic. "Os equipamentos podem reduzir em até 70% o consumo da água", diz Guilherme Bertani, diretor comercial da empresa.
 As válvulas de descarga Salvágua, por exemplo, com acionamento total e parcial, economizam, segundo ele, até 30% de água em relação às convencionais. Além das vedetes do portfólio, como as torneiras Pressmatic e as válvulas de descarga e de mictório, e dos restritores de fluxo de água – verdadeiros campeões de venda -, a companhia oferece produtos para regulagem de torneiras, chuveiros e válvulas de descarga.
 Os fabricantes nacionais começam a sofrer a concorrência mais acirrada dos estrangeiros, atraídos pelo aquecimento dos negócios no Brasil e em busca de novos clientes para compensar a redução dos negócios na Europa e nos Estados Unidos. Indústrias, como a japonesa Toto, a alemã Gansgrhoe e a norte-americana Delta Faucet são algumas das multinacionais que disputam a preferência dos consumidores brasileiros.
 Há menos de seis meses no país, a Toto, considerada a maior fornecedora de aparelhos para banheiros, com produção de 7 milhões de bacias sanitárias por ano, dobrou a projeção de vendas iniciais para o Brasil, segundo o presidente David Krakoff. Uma das principais novidades apresentadas pela companhia japonesa são as bacias sanitárias que gastam 4,5 litros de água para enviar dejetos sólidos à rede de esgoto – as mais econômicas comercializadas no mercado interno utilizam 6 litros de água para a mesma função.
 Os dois principais eventos mundiais esportivos, a Copa do Mundo e a Olimpíada, vão contribuir para aquecer mais o mercado de equipamentos verdes, na avaliação de Krakoff. "O Brasil vai receber visitantes de todas as partes do mundo, com expectativas de encontrar empreendimentos como hotéis e estádios modernos", afirma. Segundo ele, a tendência é que multinacionais dos mais variados segmentos lancem equipamentos inovadores no mercado.
 É o caso da alemã Techem, líder europeia na prestação de serviços de medição individualizada de consumo de água. Há cinco anos no país, a empresa, especializada em oferecer informação sobre o gasto de água aos clientes, inovou ao utilizar hidrômetros com rádio frequência, a tecnologia mais avançada nesse serviço. O equipamento permite detectar problemas, como vazamentos, o que possibilita acompanhar as características de consumo de cada apartamento.
 "O mercado passou por grande transformação desde 2006 quando a Techem iniciou as atividades no Brasil", avalia o gerente-geral da empresa, Eduardo Lacerda. "Naquela época, nem se falava em medição individualizada e muito menos em hidrômetro com rádio frequência", acrescenta. Há hoje, segundo ele, cerca de 30 mil edifícios comerciais e residenciais com conta individualizada em São Paulo.
 Esse movimento explica o crescimento contínuo dos negócios. "A expectativa é elevar o faturamento este ano em 50%", prevê o gerente. Parte desse crescimento deverá ser decorrente da introdução de novos equipamentos, entre os quais um medidor que calcula a variação de temperatura da água do ar condicionado, mensura o volume de água utilizada e indica o gasto total do equipamento. "Trata-se de um aparelho que também ajuda a reduzir o consumo de energia elétrica, responsável por 30% dos custos de manutenção de um condomínio", explica.
 Essa onda verde no setor imobiliário alcançou projetos e produtos utilizados na estrutura dos edifícios. Empresas especializadas nesse setor investem em tecnologia e faturam com as novidades. A Cebrace, joint-venture entre NSG/Pilkington (Japão) e Saint-Gobain (França), dois grandes grupos produtores de vidros planos do mundo, trouxe para o Brasil, o Bioclean, vidro autolipante para ser utilizado em fachadas, coberturas, portas, janelas e sacadas dos edifícios.
 A tecnologia, utilizada para aproveitar a força dos raios ultravioleta e da água da chuva para combater a sujeira e os resíduos, elimina a necessidade de limpeza constante do vidro e o uso de detergente. As vendas do produto crescem 15% ao ano, segundo o gerente de desenvolvimento de mercado da Cebrace, Carlos Henrique Mattar. Há espaço para crescer ainda mais, à medida que as empresas percebam o valor agregado do produto como já ocorre, segundo ele, nos Estados Unidos, Europa e até mesmo na Argentina e Chile.
 A percepção das vantagens ambientais e econômicas também ocorreu em relação aos projetos de captação e reuso de água. A AcquaBrasilis, uma das empresas pioneiras no segmento, dobrou a carteira de pedidos nos últimos dois anos tanto no setor residencial quanto no corporativo.
 A tendência é manter esse crescimento, informa a diretora Sybelle Muller, em especial em projetos de construção, como o do Eldorado Business Tower, para o qual a empresa projetou e forneceu um sistema de aproveitamento de águas subterrâneas e de chuva, além de soluções para a condensação de ar condicionado para uso em descargas, entre outras soluções. A demanda para esses negócios é crescente, informa Muller, em todas as partes do país, em especial em São Paulo, Goiânia, Rio de Janeiro e Brasília, estados nos quais a empresa tem maior atuação.

"Cbic"

 

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