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AGÊNCIA CBIC

29/04/2015

Crédito mais caro exige rentabilidade maior em projetos de infraestrutura, diz secretário

"Cbic"
29/04/2015

Valor Econômico – 29 de abril de 2015

Crédito mais caro exige rentabilidade maior em projetos de infraestrutura, diz secretário 

A mudança nas condições de financiamento para as próximas concessões de infraestrutura vai exigir aumento na taxa interna de retomo (TIR) dos projetos, disse o secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Dyogo Oliveira. Segundo ele, o percentual de remuneração dos investimentos terá que compensar o custo de capital mais elevado, resultante da menor participação dos empréstimos subsidiados do BNDES.

Além de ter reajustado duas vezes da Taxa de Juros de Longo Prazo (IJLP) nos últimos meses, o banco de fomento irá financiar, no máximo, 50% do valor do investimento, contra até 70% de cobertura na rodada anterior de concessões. Diante disso, os empresários terão que buscar mais recursos no mercado de capitais, sobretudo via emissões de debêntures de infraestrutura. A liquidez reduzida desse tipo de instrumento toma a captação mais cara, o que terá que ser compensado na TIR.

"A taxa interna de retomo terá que ser mais compatível com esses custos mais elevados", disse o secretário-executivo, durante seminário realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em Brasília. O controle da taxa de retomo dos empresários foi um dos grandes erros cometidos pelo governo durante a primeira rodada de concessões, em 2013. Insatisfeitos, os investidores deixaram alguns empreendimentos sem interessados, o que levou ao adiamento dos leilões por vários meses.

Para evitar novas licitações desertas, o governo quer apresentar o pacote de obras em conjunto com a estrutura de financiamento. A ideia é incentivar a emissão das debêntures de infraestrutura e criar um instrumento para garantir a liquidez desses papéis. Uma das possibilidades reveladas pelo secretário é a criação de um fim do de "market making", que assume o compromisso de fazer compras e vendas diárias de um determinado número de cotas, possibilitando maior giro para as debêntures.

Em março, segundo Oliveira, a taxa de liquidez das debêntures de infraestrutura estava em 3,5% do estoque total, percentual considerado mínimo para que investidores tenham segurança de que podem se desfazer dos papéis no momento que desejarem. "Estamos no limite de baixo. Acho que esse número tem que crescer", disse, ao mencionar a taxa de liquidez.

Ao detalhar as próximas concessões que o governo pretende anunciar, Oliveira mencionou quatro aeroportos. Até então, eram conhecidos apenas planos para leiloar os terminais de Salvador. Porto Alegre e Florianópolis. Questionado, confirmou que houve definição de um quarto aeroporto, mas não quis revelar qual seria. A informação gerou mal estar em áreas do governo, que alegaram desconhecer a informação.

Informações de bastidores apontam o aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, como possível candidato a entrar na lista. Durante a reunião com ministros, no sábado, a presidente Dilma Rousseff teria pedido que mais aeroportos fossem incluídos no pacote de concessões. (MC e DR)  

 

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