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AGÊNCIA CBIC

05/09/2011

Construção segura a expansão

"Cbic"
05/09/2011 :: Edição 172

 

Jornal Correio Braziliense/BR 03/09/2011
 

Construção segura a expansão

Diante de números que vieram abaixo das expectativas, entidades ligadas à indústria começaram a rever as previsões para este ano. O setor da construção civil, um dos motores do crescimento recorde de 2010, já dá sinais de desaceleração. Enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) industrial cresceu 0,2% no segundo trimestre deste ano, em relação ao anterior, a construção civil expandiu apenas 0,5%, mostraram os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) já reduziu suas projeções.
 "Esperávamos que o setor avançasse 6% neste ano, mas, pelo desempenho do primeiro semestre, deverá crescer de 4,5% a 5%", comentou o presidente da entidade, Paulo Safady Simão. No ano passado, a construção avançou 11,6%, bem mais do que os 7,5% do PIB no mesmo período. "Os investimentos em infraestrutura do governo não ocorreram, principalmente os do programa Minha Casa Minha Vida", lamentou Simão. A seu ver, o freio no crescimento era esperado devido à mudança de governo, mas os resultados ficaram abaixo do previsto. Além disso, houve o agravante da atual crise internacional.
 Importações
 Segundo economista do IBGE Rebeca Palis, atualmente o patamar de produção de quase todas as atividades econômicas já superou o período pré-crise, menos a indústria da transformação. "É a única que está operando um pouco abaixo", disse. A Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) cortou a projeção de crescimento do setor para este ano, baixando de 15% para 10%. As importações avançam em ritmo acelerado (28%) e o deficit da balança do setor tende a aumentar. "Está havendo uma substituição dos bens manufaturados aqui pelos importados e o grande culpado disso é a política monetária", criticou José Velloso Dias Cardoso, vice-presidente da entidade.
 A Confederação Nacional da Indústria (CNI) destacou que, após os dados do IBGE, também pretende rever suas projeções. "Esses resultados, associados ao cenário de piora das perspectivas sobre a economia global, indicam que o PIB industrial crescerá ainda menos do que o esperado em 2011", informou a entidade.
"Cbic"

 

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