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AGÊNCIA CBIC

18/06/2012

Construção civil disparou 53,6% em 2010 no Ceará

"Cbic"
18/06/2012 :: Edição  340

 

Diário do Nordeste/CE 16/06/2012
 

Construção civil disparou 53,6% em 2010 no Ceará

 A expansão do Estado ficou acima da média brasileira (31,6%) e também da média nordestina (45,2%) A expansão do setor imobiliário, as obras públicas de infraestrutura e os empreendimentos voltados para a Copa do Mundo de 2014 têm contribuído para que o setor da construção civil ganhe destaque no contexto econômico do País e também do Ceará, tornando-se um dos que mais cresce e gera emprego e renda. Em 2010, as incorporações, obras e serviços das empresas de construção chegaram a R$ 6,3 bilhões no Ceará, o que representa um crescimento de aproximadamente 53,6% em relação ao ano de 2009, quando o valor foi de R$ 4,1 bilhões.
 A expansão para o período ficou bem acima da média brasileira, que foi de 31,6%, com um crescimento real de 23,3% (descontada a inflação), e acima da média do Nordeste (45,2%). Na Região, considerando o crescimento absoluto, o Ceará ficou atrás da Bahia (R$ 11,1 bilhões). Em crescimento relativo, o Estado perdeu somente para o Maranhão (71,4%). Os dados fazem parte da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (Paic) 2010, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 De acordo com o vice-presidente do Sindicato da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro, os números do IBGE refletem a realidade do setor na época, que ele considera como o apogeu da construção civil. "É realmente um crescimento muito grande. Foi no auge da construção civil no Ceará, com as empresas lançando muitos empreendimentos e vendendo muito. Agora, estamos caminhando para a estabilidade em todos os aspectos. As empresas estão focadas em concluir os empreendimentos que foram lançados. Os preços também estão ficando estáveis, não há mais espaço para aumentos. No entanto, o setor continuará aquecido, pois a demanda reprimida por imóveis é muito grande e, com os juros baixando e os prazos de financiamento elastecendo, a tendência é que a continue crescendo", avalia.
 Com relação à participação de obras públicas no crescimento do setor, Montenegro destaca a importância dos empreendimentos de infraestrutura e voltados para a Copa de 2014. "Existem muitas obras públicas. Acredito que essas obras respondam por 50% do setor. O País está crescendo e precisa de infraestrutura", destaca.
 Empresas e empregos
 No período avaliado, o número de empresas ativas com cinco ou mais pessoas ocupadas no Estado também cresceu, passando de 819 em 2009 para 883 em 2010, uma expansão de 7,8%. Já o número de pessoal ocupado cresceu 38,4% de um ano para outro, atingindo 78.504 pessoas em 2010. No ano anterior, esse número era de 56.711 pessoas. Com relação ao número de empresas, o Ceará ficou atrás de Pernambuco (1.157) e da Bahia (1.624). Já no que diz respeito ao pessoal ocupado, o Estado ficou atrás da Bahia (131.149 ).
 "O número de empresas que atuam no setor da construção civil continua crescendo, assim como a quantidade de postos de emprego formal gerados. Além disso, as empresas também têm registrado importantes avanços, estão se estruturando e ampliado suas obras e o seu faturamento anual. Para se ter uma ideia, algumas empresas construíam, há cerca de dois anos, 3.500 metros quadrados por ano. Hoje, elas pularam para 20.000 metros quadrados por ano. O crescimento das empresas tem sido muito expressivo", enfatiza André Montenegro.
 Custos e despesas
 Em 2010, os custos e despesas totais com construção atingiram R$ 5 bilhões. Desse total, R$ 2,2 bilhões decorreram de custos de obras e serviços de construção, sendo R$ 1,3 bilhão com consumo de materiais de construção. Em seguida, aparecem os gastos com pessoal, que somaram R$ 1,4 bilhão, sendo R$ 904,5 milhões somente com salários, retiradas e outras remunerações. O restante decorreu de gastos com incorporação de imóveis (R$ 61,8 milhões) e outros custos e despesas (R$ 1,3 bilhão). A receita bruta total do Ceará atingiu R$ 6,1 bilhões, enquanto a receita líquida somou R$ 5,7 bilhões.
 Participação do NE no setor cresce
 São Paulo. O Nordeste e o Centro-Oeste aumentaram a participação na indústria nacional da construção, na comparação com as demais regiões do país. O dado referente ao período de 2007 a 2010 consta da Pesquisa Anual da Construção (Paic), divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 O Nordeste registrou no período um crescimento de 17% para 19% no total de ocupados do setor e de 11,7% para 13,8% no valor das incorporações, obras e serviços. No Centro-Oeste, houve ampliação de 7,2% para 7,6% na mão de obra empregada, enquanto as incorporações, obras e serviços aumentaram de 6,8% para 7,4%. Segundo o IBGE, esse desempenho resulta do fato de que as duas regiões se beneficiaram dos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Programa Minha Casa, Minha Vida, assim como das obras preparatórias para a Copa do Mundo de 2014.
 Entre essas obras, destacam-se, no Nordeste, a transposição do Rio São Francisco, o emissário submarino de Salvador (sistema de lançamentos de resíduos no oceano, distante da costa) e as ferrovias Transnordestina e Leste-Oeste. Já no Centro-Oeste, os destaques foram a construção da Ferrovia Norte-Sul e as obras de duplicação de diversas rodovias. Apesar do crescimento verificado nas regiões Nordeste e no Centro-Oeste, o Sudeste manteve em 2010 a maior participação em pessoal ocupado (56,1%) e no valor das incorporações, obras e serviços da indústria da construção (63,6%).
 No Brasil
 No geral, a pesquisa do IBGE mostra que em 2010 as incorporações, obras e serviços das empresas de construção somaram R$ 258,8 bilhões no Brasil, um aumento real de 23,3% em relação a 2009. As obras públicas representaram 42,8% do total das construções, no cálculo que desconta as incorporações.
 A receita operacional líquida do setor atingiu R$ 245,2 bilhões, uma expansão de 23,4% sobre 2009. Em 2010, as 79,4 mil empresas de construção do país empregaram cerca de 2,5 milhões de pessoas e tiveram gastos com pessoal ocupado no total de R$ 63,1 bilhões. Esses gastos representaram 30,7% do total de custos e despesas do setor, que foi R$ 205,6 bilhões. O salário médio mensal ficou em R$ 1.300, 8,7% superior aos R$ 1.196 de 2009. A receita bruta da construção cresceu 96,3%, passando de R$ 134 bilhões para R$ 263,1 bilhões.
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