Construção civil debate o Plano Diretor de São Luís

O Estado do Maranhão

Construção civil debate o Plano Diretor de São Luís

Reunião teve a participação do Sinduscon, Ademi e de empresários. 

 O Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado do Maranhão (Sinduscon-MA) e a Associação dos Dirigentes de Empresas Imobiliárias do Estado do Maranhão (Ademi-MA) promoveram sexta-feira,7, uma reunião, na sede da FIEMA, para apresentação, discussão do projeto do Plano Diretor de São Luís elaborado pela Prefeitura de São Luís, e inclusão de sugestões do segmento da construção civil para o documento final.

Participaram do encontro, o vice-presidente do Sinduscon, Edmilson Pires; o presidente da Ademi-MA, Cláudio Calzavara; os arquitetos representantes do Sinduscon-MA no Conselho das Cidades (Concid) Militão Gomes e Roberto Furtado; os arquitetos Ricardo Perez e Domingos Brito; o consultor ambiental Márcio Vaz e empresários associados ao Sinduscon-MA.

O projeto foi apresentado em detalhes por Militão Gomes e após foram debatidos pontos como gabarito de prédios, zona de expansão urbana, índices de afastamento, macrozoneamento ambiental, zonas de interesses sociais, operação urbana, descentralização de áreas habitáveis, infraestrutura urbana, prolongamento da Avenida Litorânea e outros pontos previstos no Plano.

Segundo Militão, o objetivo principal da reunião, além de debater o Plano Diretor, foi suscitar a discussão do documento, ampliando a participação do empresariado na elaboração e contribuir com sugestões.  Já temos uma comissão participando das discussões no Concid, mas precisamos ouvir os demais empresários e levar suas ideias à Prefeitura para a finalização do Plano. Queremos que todos da construção civil participem ativamente do processo e também ordenar a cidade e seu crescimento , disse.

Ele afirmou que o projeto tem alguns pontos que precisam ser revistos, como o gabarito de prédios como de áreas como o Olho d Água. O Plano prevê 15 andares e as construtoras terão que comprar mais 10 caso queiram.  Este número fixado a priori pelo Plano Diretor inviabiliza qualquer empreendimento. Nossa proposta será um gabarito de 20 e compra de cinco, criando assim uma área de interesse e viabilizando os empreendimentos , adiantou.

Custos – O afastamento previsto de 15m é outro item que prejudicará o segmento da construção civil, na avaliação dos empresários, pois na metragem especificada pela Prefeitura, os investidores serão obrigados a comprar dois terrenos para construir um prédio, aumentando os custos da obra, o que causará grande elevação no preço dos terrenos. O segmento proporá um afastamento de 10m. Militão Gomes informou aos participantes que as sugestões propostas pelo Sinduscon e Ademi já foram debatidas com o Ministério Público, que apóia a iniciativa.

Roberto Furtado reforçou as informações dizendo que o empresariado deve se pronunciar para incluir no Plano os conceitos que acham importantes. Ele afirmou da importância do Plano para a execução de projetos importantes do segmento, como o de ocupação no Sul da Ilha de São Luís.  É importante que se dê maior flexibilidade para áreas e se crie mais interesse em outras, mas evitando-se o adensamento , afirmou.

Cláudio Calzavara ressaltou a preocupação com a operação urbana, principalmente em relação ao pagamento de taxas, como alvará e licenciamento ambiental.  Hoje, o prazo de validade de um alvará é de dois anos e há obras que são executadas em quatro anos, o que nos obriga a renová-lo em dois anos, só que temos que pagar o mesmo valor da emissão, o que é um absurdo , exemplificou.