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AGÊNCIA CBIC

16/12/2016

COMAT FARÁ ROAD SHOWS PARA LEVAR AOS ESTADOS AS SOLUÇÕES INOVADORAS DE USO DO BIM

Tendência mundial de uso da Plataforma BIM é “caminho sem volta”, constatam representantes das construtoras e incorporadoras

Ganhos de produtividade, redução de custos, precisão na gestão de projetos e prazos e melhoria de qualidade. Requisitos fundamentais que farão toda a diferença no disputado no mercado da construção civil brasileira. A avaliação é resultado da reunião de encerramento das atividades do ano da COMAT, que teve como tema central a implementação e disseminação do BIM (Building Information Modeling). “Temos uma série de reuniões agendadas para semana que vem, uma reunião à distância para finalizar o conteúdo que vai ser debatido nos road shows que serão levados aos estados. Em janeiro e fevereiro a gente faz um evento piloto e se houver condição financeira, até o meio do ano uma visita com uma média de dois sindicatos por mês, disse o presidente da COMAT, Dionyzio Antonio Klauvdianos, sobre os planos de trabalho para 2017.

Com o tema “implementação do BIM em Construtoras e Incorporadoras” a reunião da COMAT contou com uma apresentação detalhada de quatro representantes de empresas desenvolvedores – Autodesk, Bentley, Graphisoft e Nemetschek e Triomble, todas consagradas no mercado internacional. Na oportunidade os representantes puderam expor a abordagem sobre o tema BIM que cada uma delas desenvolve no mercado da construção. Durante o encontro os participantes levantaram dúvidas, trocaram experiências e a oportunidade de de se inspirar nos exemplos exitosos de gestão de projetos apresentados.

O modelo de sucesso empreendido pela Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário-CCDI foi o ponto alto da reunião da COMAT. Ao engenheiro Luiz Augusto Iervolino Pereira coube o principal relato do dia sobre o processo, as dificuldades em desenvolver e implantar uma nova metodologia de gestão de obras utilizando o BIM em projetos. “Estávamos com sérios problemas de performance de entrega de obras, tanto de custo quanto de prazo. A gente decidiu que não dava para colocar a exposição da nossa marca no mercado de venda para cliente ou no mercado de varejo no Estado de São Paulo, com uma performance tão ruim. A empresa internalizou o processo de construção e resolveu que teria que funcionar com eficiência absoluta”, disse Luiz Augusto sinalizando que a transformação na organização era uma tendência inexorável de mercado.

Luiz Augusto mostrou aos participantes da reunião da COMAT que uma mudança não se baseia apenas na definição de um determinado software. É necessário, segundo ele, saber o que se quer realmente e escolher a ferramenta adequada às necessidades da organização. “A solução que a gente encontrou foi utilizar os conceitos do BIM. Ele diz que o processo de mudança na Camargo Corrêa contou com a confiança majoritária dos funcionários. “Já havia uma percepção geral na empresa de que do jeito que estava não haveria continuidade, porque a performance não era condizente com os resultados que a gente prometia para os acionistas. Isso, segundo Augusto, foi ficando cada vez mais crítico e percebido pela organização inteira”, disse lembrando que o entusiasmo contagiou as pessoas quando houve a percepção de que isso poderia ser uma solução para a empresa. “A gente tinha um problema de espaço na sala de reunião, a gente chamava três áreas para discutir um assunto e vinham seis, sete áreas. É porque as pessoas estavam dispostas a ajudar a fazer a transformação acontecer o quanto antes, de forma que a continuidade fosse garantida e o negócio entrasse de novo nos eixos, disse Luiz Augusto. Com a mudança o sistema de gestão de obras da Camargo Corrêa foi redesenhado amparado no modelo 3D.

Os benefícios com o uso da plataforma BIM são diretos. Segundo o representante Camargo Correa são o ganho de produtividade, redução de custos, assertividade de projeções e prazos. “Você tem uma melhoria de qualidade, você tem registros de todos os pontos que foram surgindo ao longo do projeto tanto em informações do que fazer, quanto as informações do que não ficou como deveria e o que já foi resolvido, sem precisar ficar usando memória. Você tem isso registrado de forma fotográfica, documentada”.

“Registrar, fotografar todo mundo já faz. Só que você vai lá tira uma foto baixa no computador e associa a sua foto a um item. Você tem que fazer a gestão da informação. Nas soluções a que isto está endereçado, você já tira a foto associado ao problema e não tem que fazer mais nada “, pontuou.

Para o presidente da COMAT, Dionyzio Antonio Klavdianos, o estudo de caso da Camargo Corrêa foi um exemplo muito feliz porque mostra que a implantação do BIM não descarta nada do processo de gestão que a empresa tenha feito, muito pelo contrário, agrega e otimiza. “Ele deu um exemplo em cima de uma questão que é bastante cara para o setor que é a questão das fichas de processos, sempre bastante criticadas porque usa muito papel e é difícil de arquivar. Mostraram que é possível juntar tudo isso num local só”.

O presidente da COMAT, Dionyzio Antonio Klavdianos, ressaltou ainda que todos os quatro desenvolvedores mostraram o trabalho que eles desenvolvem e podem desenvolver em conjunto com a CBIC. “Esse é o principal ganho. Esse trabalho de disseminação do BIM nós não iremos conseguir sem que eles estejam do nosso lado”.

Representando as incorporadoras Marcos Velletri, diretor de Assuntos de Tecnologia do Secovi –SP, disse que “a ferramenta BIM vem dar um apoio fantástico desde a decisão de empreender até a manutenção futura do imóvel.  O Secovi já vem trabalhando com a ferramenta e a gente trabalha em sintonia com o SINDUSCON. Ainda nos falta trazer os exemplos que estão tendo sucesso na utilização da plataforma e estimulá-los a desenvolver esse trabalho e cobrar diretamente dos projetistas e das construtoras”. Velletri acrescentou que as incorporadoras mais conscientes estão fazendo pressão mas que, segundo ele, tem muita incorporadora pequena e média que não sabe nem do que se trata e que o trabalho é fazer com que eles entendam que esses instrumentos são ferramentas importantes para a lucratividade do negócio deles.

Motivado também com as perspectivas da plataforma BIM, o vice-presidente de área técnica do Sinduscon /PR, Euclésio Manoel Finatti, diz que “foi uma evolução absurda a gente mudar para essa plataforma. Vamos abandonar o CAD para trabalhar com a plataforma BIM. Essa é a diferença fundamental. Situações diferenciadas ao qual estão amarradas a resolução de um projeto perfeito para uma execução mais perfeita ainda”, opina, acrescentando que com um custo menor é possível vender mais barato e com competitividade. “Hoje quem não entrar nessa vai estar fora do mercado daqui a alguns dias. O mercado já está qualificando essas empresas naturalmente”, avaliou Euclésio.

Experiência no mercado global

Cristina Randazzo, gerente para a América Latina do BIM da AUTODESK – empresa com mais de 30 anos de atuação no mercado global no segmento da indústria, manufatura, engenharia, construção e entretenimento- disse que a empresa conta no Brasil com 17 parceiros em 257 centros de treinamento autorizados. “Há vários anos estamos trabalhando com a implantação do BIM no país. Cada vez mais estamos buscando uma cobertura nacional com a ajuda dos nossos parceiros.

Segundo Randazzo, o mundo está vivenciando uma nova era- o BIM na era da conexão. “Estamos conectando o projeto à construção e à operação. Hoje estamos levando o BIM da sala do escritório para as atividades de campo”, destacou, ao apresentar as funcionalidades da plataforma BIM 360, que utiliza o software REVIT aplicado aos projetos de arquitetura, instalação e estrutura. O BIM 360 reúne um conjunto de soluções Autodesk na nuvem de forma livre na internet com foco em ferramentas tradicionais. Em sua apresentação Randazzo mostrou além das características do REVIT e do BIM 360 Glue e Fields, o do Navisworks. No entendimento da carteira de clientes da empresa a plataforma BIM representa economia de tempo do projeto e na concretagem.

Do lado da americana Bentley, o convidado a falar na reunião da COMAT foi João Salisso, diretor Profissional Service. A empresa americana com mais de 30 anos de existência no mercado também tem forte atuação no mercado global. Acumula experiência nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Para a Bentley o conceito de BIM agrega um conjunto de processos de gerenciamento do ciclo de vida dos projetos.

O arquiteto português Miguel Krippahl, da Graphisoft e Nemetschek, ressaltou a presença da empresa há mais de 20 anos em escritórios de arquitetura, engenharia, construtoras e incorporadoras no país. Em sua exposição optou por mostrar os benefícios do BIM a partir dos depoimentos dos próprios clientes nas mais diversos áreas. Segundo ele, a melhor forma de convencimento para a implantação do BIM é mostrar para os outros que vale a pena a vontade de mudar.

Krippahl anunciou que um Protocolo de Intenções firmado com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/BR) vai permitir um desconto de até 40 por cento no uso dos aplicativos disponibilizados pela Graphisoft e Nemetschek. Para o presidente da COMAT, Dionyzio Klauvdianos, essa integração com os Conselhos é bem-vinda e precisa ter cada vez mais.

Eduardo Moreira, vice-presidente do Sinduscon/MG na área de materiais e tecnologia e meio ambiente, avalia que as experiências apresentadas poderão ser replicadas.  “O Sinduscon de Minas Gerais tem uma vocação tecnológica e está em crescimento. É a oportunidade para que eu possa voltar e aplicar nas necessidades dos nossos associados do Sinduscon Minas.

 “O mundo está se transformando e o BIM é uma ferramenta poderosa que traz grandes benefícios em todos os aspectos tanto na gestão como na operação da obra opinou Valmir Franco, Superintendente da Ademi/AM.

A última empresa a apresentar o trabalho de implantação do BIM foi a Trimble. Fátima Gonçalves, integrante da diretoria de Novos Negócios mostrou a simulação do BIM em canteiros de grandes obras. Ela acredita que irá aumentar a necessidade de tecnologia adequada para mitigar riscos na construção de projetos de maior porte. Ela mostrou a otimização de tempo e precisão de resultados tomando como exemplo o manejo de maquinas de terraplenagem com funcionamento a partir de sensores. Fátima mostrou ainda a precisão do trabalho de concretagem sem o risco de desperdícios com o uso continuado da plataforma BIM.

O líder do projeto de Disseminação do BIM da COMAT CBIC, Paulo Sanches,  em correalização com SENAI Nacional, fez uma ampla explanação desde o surgimento do BIM no Brasil até as perspectivas de trabalho para o ano que vem. Segundo Sanches, em 2006, houve o primeiro contato por meio de um estímulo do Sinduscon-SP com a ferramenta BIM nos Estados Unidos. As grandes construtoras tinham ido ao mercado e com o lançamento de IPO (Initial Public Offering), houve sobra de recursos no mercado e o setor da construção avançou, mas através de tecnologia antiga.

Em 2010, após a crise financeira internacional, foi organizada uma missão técnica do BIM aos Estados Unidos. Lá, segundo Sanches, houve a oportunidade de conhecer a atuação de oito a 10 empresas desenvolvedoras da plataforma BIM. “Realmente nós vimos qual era a grande vantagem que a gente tinha. Enquanto se falava em teoria, as empresas em 2010 mostraram onde  poderia ter o ganho com a ferramenta . Imediatamente nós montamos o primeiro seminário BIM e o que nós trouxemos começamos a passar para todo o mercado”.

Sanches lembra que em 2010 quando estava a missão em Nova Iorque não tinha obra nenhuma e pode-se constatar que  todas as empresas  estavam sem obra, contudo,  investindo muito em tecnologia e treinamento de suas equipes  para prepara-se para um ciclo de  evolução do mercado que eles sabiam que iria acontecer , só não sabiam quando.” Vejam o que aconteceu lá em 2010 e o que está acontecendo hoje no Brasil”, ressaltou fazendo um paralelo com a situação de falta de investimentos no Brasil em função da crise econômica e política pela qual passa o país.

Para Paulo Sanches as empresas precisam se preparar para enfrentar os novos desafios que virão. “Em 2017 para a construção civil vai ser o ano de recuperação. Em 2018/2019 eu tenho certeza que o Brasil vai crescer muito e nós temos que nos qualificar para quando crescer o país novamente a gente estará preparado, justamente aquilo que nós vimos nos EUA”.

Como estratégia nacional de divulgação do BIM em 2017, Paulo Sanches destacou 4 pontos. 1) Disseminação da Coletânea BIM, Road Show pelos Estados e a consolidação do WEBSITE sobre o tema. A COMAT vai se preparar para junto com os Estados fazer uma apresentação de como implantar o BIM; 2) Revisão de normas de Classificação da Informação e Componentes; 3) Utilização de uma linguagem única nos IFC e 4) União de ações conjuntasdo MDICT, Caixa Econômica e Banco do Brasil e Comissão de Desburacratização da Câmara dos Deputados, dentre outros parceiros,  para  reforçar a necessidade do BIM. “Os desafios para 2017 são hercúleos e o setor está precisando”, enfatizou Paulo Sanches.

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