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26/08/2014

Certificações promovem boas práticas

"Cbic"
26/08/2014

Valor OnLine

Certificações promovem boas práticas

A construção civil é considerada um dos setores que têm maior impacto ambiental negativo no planeta. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), em termos globais, o setor consome cerca de um terço da energia produzida no mundo, é responsável por emitir cerca de 40% dos gases de efeito estufa, consome quase 50% do total dos recursos naturais disponíveis no planeta, utiliza 12% de toda água potável e ainda gera 40% de resíduos sólidos.

Como resposta a esses desafios, nascem os selos verdes para orientar a construção civil. São ferramentas que oferecem recursos mais sustentáveis aos empreendimentos imobiliários e que também são aplicados para comprovar sua veracidade. Com isso, esses instrumentos medem e informam o impacto da obra para a comunidade – como poluição sonora e aumento do trânsito – eficiência energética, menor consumo de água, ventilação, conforto, saúde, mão de obra qualificada e até a disposição do canteiro de obras são alguns dos itens principais levados em conta pela certificação.

Por volta de 2005, selos internacionais como o inglês Building Research Establishment Environmental Assessment Method (BREAM) e o americano Leadership in Energy and Environmental Design (LEED) tornaram-se conhecidos no mercado brasileiro. Hoje, já se menciona o SKA Rating System, também inglês, e o Excellence in Design for Greater Efficiencies (EDGE), entre outros, que começam a surgir no mercado.

Além de apresentar vantagens e desvantagens, cada um deles privilegia um determinado tema. Enquanto um foca na questão da madeira, outro na eficiência energética, no conforto ou na saúde do usuário.

"A vantagem dos selos é estimular o desenvolvimento de boas práticas e uso de novas tecnologias", diz Luiz Henrique Ferreira, diretor da Inovatech Engenharia. "A certificação faz com que o nível de qualidade dos empreendimentos suba, de uma forma geral."

O mais conhecido e utilizado no Brasil é o LEED. Desenvolvido pelo Green Building Council, o selo americano é um sistema internacional que disponibiliza uma ferramenta on-line que pontua 100 itens gerais de sustentabilidade e outros dez atrelados a questões regionais. O LEED é utilizado em 143 países e, como o próprio nome sugere, seu foco é a eficiência energética.

Seu ponto fraco é que, por ser um sistema americano, o selo faz referência aos padrões de sustentabilidade dos Estados Unidos. "A questão da energia no Brasil, por exemplo, não é tão relevante quanto para um americano", afirma Ferreira. "Dessa forma, acabamos engessados em algumas questões."

O BREEAM, no mercado desde 1992, também tem tradição. Sua forma de pontuação assemelha-se ao LEED, com a vantagem de considerar os aspectos locais. Por outro lado, o processo de certificação torna-se muito demorado pois, para criar critérios para ferramentas de cada país, é necessário que toda informação seja enviada e analisada na Inglaterra. Isto faz com que todo o procedimento leve muito tempo para ser finalizado.

Ainda sem entrar no mercado brasileiro, mas muito promissor é o selo da Sociedade Alemã de Construção Sustentável (DGNB). Considerado um selo de segunda geração, o DGNB destaca-se por considerar o ciclo de vida dos materiais, isto é, leva em conta desde o processo de produção até o descarte do material. Outro ponto forte é conferir como os itens de sustentabilidade especificados na obra estarão depois de alguns meses ou anos de uso do imóvel certificado.

No entanto, para chegar ao Brasil, o DGNB ainda enfrenta alguns obstáculos. Por ter sido desenvolvido na Alemanha, o selo faz referência a um número muito grande de normas ambientais e sociais ainda inexistentes no nosso país. "O Brasil não possui referências nacionais em vários dos itens considerados. Por exemplo, não há especificações suficientes para saber se uma lâmpada LEED realmente funciona como deveria", diz Ferreira.



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