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11/07/2011

Cbic: novos valores aprovados para segunda fase decepcionam

"Cbic"
11/07/2011 :: Edição  133

Jornal Diário do Comércio – MG/MG 09/07/2011

Cbic: novos valores aprovados para segunda fase decepcionam

São Paulo  – Os novos valores anunciados nesta sexta-feira pelo Ministério das Cidades para a segunda etapa do "Minha casa, minha vida", na opinião da Câmara Brasileira da Indústria da Construção são um "desestímulo à participação da iniciativa privada". Em nota, a entidade afirma ter recebido com cautela e preocupação o conteúdo da portaria com detalhes sobre a continuidade do programa. Para o presidente da entidade, Paulo Simão, os novos limites regionais de preço dos imóveis para a faixa de renda mais baixa do programa (até R$ 1,6 mil) poderiam, inclusive, levar as empresas a optarem por outros tipos de empreendimentos.
 Pela nova tabela de valores, nos municípios das regiões metropolitanas de São Paulo, Jundiaí, São José dos Campos, Jacareí e Distrito Federal, o preço máximo para aquisição de um apartamento fica em R$ 65 mil e para casa em R$ 63 mil. Para municípios dessas regiões com população entre 20 mil e 50 mil habitantes, o teto ficou em 53 mil para apartamentos e casas, sendo que nos demais municípios o limite para a compra de casa fica em R$ 57 mil.
 No Estado do Rio de Janeiro, na capital e respectivas regiões metropolitanas, os valores passaram a R$ 63 mil (apartamento) e R$ 60 mil (casa). Já para cidades com população entre 20 mil e 50 mil habitantes no estado, os valores ficaram em R$ 51 mil (casa), enquanto que para os demais municípios o preço ficou em R$ 55 mil.
 "Acredito que esses valores terão de ser revisados ou o programa continuará emperrado. Esses acréscimos estão muito aquém da realidade. Vamos conversar a partir da próxima semana com o Ministério das Cidades e com a Caixa para rever isso", afirma Simão em entrevista à Agência Estado, ao definir a portaria como "decepcionante".
 Desde o início das negociações para essa segunda fase, a Cbic vinha propondo ao governo uma variação linear nos valores. Diante da incidência de sobreposições, o ajuste sugerido pela Cbic era de 30,7%. Esse índice seria o mínimo, na avaliação da entidade, para assegurar o andamento normal do programa. A Cbic pondera ainda que o cálculo do índice sugerido não considerou aspectos fundamentais como a variação do preço dos terrenos, que foi muito superior à variação do custo da construção, e o fato de que os novos valores serão utilizados por um longo período.
 As distorções de preço em localidades do país onde os valores estavam defasados desde a primeira fase do programa e apresentaram uma variação extra de custos, como Bahia, Minas Gerais, Rondônia e Acre, não foram resolvidas. No caso da Bahia (em especial, Salvador) e Belo Horizonte, foi registrado um reajuste de apenas 23,9% – número bem inferior a média estimada para o país.
 A situação se mostra ainda mais crítica em projetos contratados no período de transição entre as duas etapas do programa, onde deveria ter sido contemplada a variação do custo, as novas especificações e o aumento do trabalho social. Entretanto, a variação aplicada pelo governo foi de 13%, ao passo que apenas a inflação media do período ficou em 17,56%.
 Distorção  – Outra grave distorção, aponta a Cbic, é o tratamento dado às realidades específicas de alguns estados. Na primeira fase do "Minha casa", determinados estados tinham um valor único para todos os municípios. Nesse nova etapa os estados foram divididos em capital e Região Metropolitana, interior e municípios entre 20 e 50 mil habitantes. De acordo a entidade, isso inviabiliza a existência do programa em cidades como Caxias do Sul e Santa Maria (RS); Blumenau e Joinville (SC); Londrina e Maringá (PR) e Juiz de Fora ou Uberlândia (MG), por exemplo, onde o custo de produção é equivalente ao custo da capital.
 Em termos gerais, os técnicos do setor acreditam que as regras ficaram mais difíceis para os empreendedores que desejam atuar no segmento econômico. "Entre a obra pronta e a legalização se leva mais ou menos dois meses. Agora a empresa também ficará responsável pela obra pronta por mais 60 dias depois do empreendimento legalizado. A necessidade desse prazo não ficou clara no texto e isso deve implicar em mais custos para as construtoras", observa Maria Henriqueta Alves, assessora técnica da Cbic. (AE) 

"Cbic"

 

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