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AGÊNCIA CBIC

05/09/2011

Capacitar para crescer

"Cbic"
05/09/2011 :: Edição 172

 

Jornal de Brasília/DF 03/09/2011
 

Capacitar para crescer

Qualificação profissional é o segredo para ingressar e ascender no setor da construção civil
 
 Ao longo de um ano, 18 profissionais dedicados encararam a difícil jornada de sair de casa às 5h e retornar ao lar apenas às 22h. Hoje, após a formatura no Curso Técnico de Mestre de Obras, estão todos empregados em empreendimentos espalhados pelo DF. A experiência é apenas um dos exemplos de capacitação promovidos por empresas de construção, uma aposta para suprir a carência de mão de obra qualificada.
 Comum em vários outros setores da economia brasileira, a rotina puxada também é enfrentada por empregados da construção civil.
 Com o mercado imobiliário superaquecido, os complexos empresariais e condomínios residenciais se materializam em praticamente todas as cidades do DF e Região Metropolitana.
 A consequência imediata dessa demanda é a carência de mão de obra especializada desde servente, pedreiro, calculista, azulejista até pintor, mestre de obras e engenheiro. Um recente levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria, em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção, identificou que 94% das 385 empresas da construção civil pesquisadas têm dificuldades em encontrar profissionais com habilitação básica.
 Izídio Santos atua no setor há 23 anos e participa da comissão de políticas de relações trabalhistas do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon- DF). O engenheiro civil afirma que é comum encontrar nos canteiros gente que nunca trabalhou com construção. "A c re d i t o que a capacitação é fundamental para o segmento.
 Com um aumento de cerca de 18% no salário-base, as profissões ligadas ao mercado imobiliário se tornaram um grande atrativo.
 Pessoas que trabalhavam no campo resolvem buscar postos no setor e a maioria vem do Nordeste, Minas Gerais e Goiás", diz.
 Um curso voltado para a formação do público feminino é uma das iniciativas do Sinduscon-DF para aliviar a escassez. "Estamos formatando um conteúdo que deve ser lançado nos próximos dois meses", conta Izídio. "Que – remos que até 1.500 mulheres se beneficiem dessa ação", completa.
 PROCURA
 Amparadas pela expectativa da economia viver momentos de euforia até a Copa do Mundo de 2014, as empresas têm disputado os funcionários a tapas. Algumas incorporadoras e construtoras aproveitam para reformular as políticas de remuneração e os programas de carreiras, para não perderem profissionais para a concorrência.
 Com um olho no cronograma de obras e outro no mercado, João Carlos de Almeida, diretor administrativo-financeiro da JC Gontijo, se orgulha dos cases bem-sucedidos de Recursos Humanos que a construtora apresenta.
 "Esse conceito de capacitação dos colaboradores é algo muito forte dentro da empresa", confirma Almeida. Os professores envolvidos com a primeira turma do Curso de Mestre de Obras, citado no início da matéria, são empregados da própria construtora. Após as horas de trabalho, os mais experientes se reuniam com os novatos e transformavam o canteiro de obras em sala de aula.
 Helio Alencar Lira, 37 anos, é um dos participantes da turma. O cearense, que chegou em Brasília há 18 anos e trabalha no mercado há mais de uma década, está satisfeito com a nova função e se diz um vencedor. "No final do expediente o grupo se dirigia para a faculdade Unieuro, onde as aulas eram realizadas. Toda infraestrutura foi oferecida pela empresa, desde transporte a apostilas com resumos. Fiz o curso com um objetivo de crescer na profissão e estou me sentindo realizado, pois sempre sonhei em ser mestre de obra", alegra-se. Foram 600 horas-aulas, e ele assegura que valeu a pena.
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 SAIBA +
 No curso promovido pela JC Gontijo, os colaboradores receberam noções de leitura de projetos, instalações, comunicação, matemática e orçamentos, segurança no trabalho e escrita.
 Pesquisas do Ministério do Trabalho e Emprego em parceria com o IBGE, indicam um aumento do número de mulheres dentro deste mercado.
 Os setores da construção que apresentaram maiores taxas de crescimento feminino foram: técnicos em segurança do trabalho (43%) e administradores (42%).

"Cbic"

 

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