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AGÊNCIA CBIC

13/02/2015

Caixa cresce 5,5% e fecha 2014 com lucro líquido de R$ 7,1 bi

"Cbic"
13/02/2015

O Globo – 13 de fevereiro

Caixa cresce 5,5% e fecha 2014 com lucro líquido de R$ 7,1 bi

Carteira de crédito tem avanço de 22,4%, acima dos concorrentes

Ronaldo D'Ercole

A Caixa Econômica Federal teve um lucro líquido de R$ 7,1 bilhões em 2014, valor 5,5% maior que o registrado no ano anterior, de R$ 6,7 bilhões. Em parte, o resultado foi puxado pela carteira de crédito, que avançou 22,4%, com saldo de R$ 605 bilhões – acima da expansão de concorrentes como Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco, cujas carteiras cresceram, respectivamente, 10,3%, 9,6% e 7,3%.

O aumento de 42,7% nas receitas financeiras e a alta de 52,9% no resultado de títulos e derivativos, junto com um incremento de 12% nas receitas de prestação de serviços e tarifas, também puxaram os resultados.

A Caixa informou ter tirado de sua carteira R$ 8,2 bilhões em créditos podres (de difícil recebimento). Cerca de R$ 7,2 bilhões foram repassados à Empresa Gestora de Ativos (Emgea), especializada em cobrança de dívidas. Outro R$ 1 bilhão foi cedido à Recovery, do BTG Pactuai. Esse tipo de cessão de carteira é comum entre os bancos, disse a vice-presidente de Risco da CEF, Alessandra Braga, e ajudou a reduzir seus índices de inadimplência em 0,05 a 0,1 ponto percentual. A inadimplência da Caixa chegou a 2,77% em junho do ano passado, contra 2,3% de janeiro, mas recuou para 2,56% em dezembro.

– Não vou dizer que foi zero o efeito (das cessões), mas a queda na inadimplência deveu-se principalmente ao esforço de redução do calote na carteira de habitação, que responde por 60% do total. Daí veio o maior reflexo – disse.

O presidente da instituição, Jorge Hereda, que no fim do mês passa o cargo a Miriam Belchior, fez uma espécie de balanço de sua gestão, iniciada em 2010, e comemorou o fato de a Caixa ser hoje o terceiro maior banco do país em ativos. A instituição alcançou R$ 1,065 trilhão em dezembro, superando o Bradesco, que fechou o ano com R$ 1,032 trilhão.

– Com a atuação anticíclica (na crise de 2009), a Caixa viu uma grande oportunidade e fizemos dessa ação uma estratégia de negócios – afirmou Hereda, em referência à política de aumento de empréstimos sob coordenação do governo.

SEM RESPOSTAS SOBRE PRIVATIZAÇÃO

Hereda disse ter conversado com a presidente Dilma Rousseff sobre a possibilidade de abrir o capital do banco, mas ressaltou que ainda não há uma decisão sobre o assunto. Perguntado, ele disse ser pessoalmente contra a privatização.

– Acho que a questão é: cabe ou não o país ter um banco 100% público? Em minha opinião, é importante para o país ter instrumentos para enfrentar crises com ações anticíclicas, como a Caixa fez em 2009.0 que aconteceria se fizéssemos o que os bancos privados fizeram? – perguntou Hereda.

Na opinião do presidente da Caixa, um banco público faz sentido em um mercado bancário cada vez mais concentrado:

– É muito interessante para o país e para o povo que exista possibilidade de se ter concorrência, sob a ótica do lucro, do lucro exacerbado levado à última consequência.

Hereda afirmou que a exposição da Caixa às empresas envolvidas na Operação Lava-Jato não é relevante, pois envolve apenas 2% da carteira de crédito do banco, ou pouco mais de R$ 12 bilhões dos R$ 604 bilhões em operações. No entanto, com relação ao FI FGTS, de investimentos em infraestrutura, a Caixa informou que, dos R$ 32 bilhões do fundo, cerca de R$ 11 bilhões estão aplicados em projetos que têm a participação de empresas envolvidas na Lava-Jato.

 


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