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AGÊNCIA CBIC

24/04/2019

Atrasos de pagamentos do MCMV impactam emprego na construção civil

Foto: ShutterStock

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) divulgados hoje (24), em Brasília, mostram que o emprego formal no Brasil apresentou retração em março de 2019, registrando saldo negativo de 43.196 postos de trabalho. Somente na construção civil foram 7.781 empregos com carteira assinada a menos, o que, para a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) evidencia o efeito da retração do emprego no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

“Em janeiro e fevereiro, os números representaram a expectativa gerada pelo novo governo. Em março, já voltamos a ter um número negativo, demonstrando frustração. Isso se deve, provavelmente, aos atrasos de pagamentos do Minha Casa Minha Vida no período, tendo em vista que a recuperação da atividade vinha se dando por meio do segmento imobiliário”, afirma o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins.

Segundo Martins, o MCMV representa 2/3 da incorporação imobiliária no país e os resultados do CAGED – da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia – deixam claro o efeito da retração do emprego, ou seja, sem o programa o setor não tem nada para apresentar neste momento, em termos de recuperação da atividade.

Entretanto, Martins acredita que essa queda será revertida em breve, especialmente após a reforma da previdência social. “Estamos conversando permanentemente com o governo e o parlamento, apresentando propostas – a exemplo das contidas no documento ‘Construção: 1 Milhão de Empregos Já’– para recuperação do crescimento. Acreditamos que o Brasil está caminhando no sentido correto e que a indústria da construção será a locomotiva para a geração de novos postos de trabalho no país”, afirma o presidente da CBIC.

O acompanhamento do tema habitação de interesse social faz parte do projeto da CBIC ‘Continuidade e Melhoria dos Programas Habitacionais’, correalizado com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).

Resultados da construção foram piores para o Norte e Nordeste

Olhando apenas para o segmento da construção civil no mês, todas as regiões perderam vagas, mas, no ano, as regiões Norte e Nordeste são as mais prejudicadas. “É necessário reduzir as desigualdades regionais e neste caso, atrasos de pagamento do MCMV estão agravando as disparidades do Sul e Sudeste brasileiros em relação ao Norte e Nordeste, no segmento da construção”, avalia Luis Fernando Mendes, economista da CBIC.

Foram registradas 1.216.177 admissões e 1.304.373 demissões no período. No mês anterior, o saldo havia ficado positivo, com 173.139 admissões (1.453.284 admissões e 1.280.145 demissões). Com isso, no acumulado do bimestre (fevereiro/março), o saldo está em 129.943.

Os estados que apresentaram os piores resultados foram Alagoas (-9.636 vagas), São Paulo (-8.007), Rio de Janeiro (-6.986), Pernambuco (-6.286) e Ceará (-4.638).

A maior perda registrada em março foi no setor de comércio, que apresentou uma diminuição de 28.803 vagas, seguido de agropecuária (-9.545), construção civil (-7.781), indústria da transformação (-3.080) e serviços industriais de utilidade pública (-662).

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