82º Enic – Comat faz balanço de ações do Programa Inovação Tecnológica

"Resolver a questão tecnológica que atrasa o avanço da industrialização na construção civil brasileira é uma responsabilidade de nós, construtores, se quisermos realmente eliminar o déficit habitacional". A afirmação é do presidente da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (Comat), da CBIC, Sarkis Nabi Curi. O programa foi debatido na quinta-feira, em reunião da Comat, durante o 82º Enic, em Maceió.

Segundo Curi, "o PIT não pertence à CBIC, e, sim, à toda a cadeia produtiva". Para o coordenador-geral do Programa Inovação Tecnológica (PIT), Maurício Bianchi, o programa é importante porque investe na disseminação de uma cultura da inovação. "Não queremos encontrar Einsteins nos canteiros de obra. Precisamos é de motivação e de conhecimento e nisso o programa tem evoluído", disse.

O programa está dividido em nove projetos –Tributação, Normas Técnicas, Viabilização em Obras Públicas, Códigos de Edificações Nacional, Difusão, Capacitação, Ciência & Tecnologia, Conhecimento e Coordenação Modular.

Durante a reunião da Comat, os coordenadores de cada projeto fizeram um balanço de suas últimas ações. Mario William Esper, da Associação Brasileira de cimento Portland (ABCP) e coordenador do projeto de Coordenação Modular afirmou que o projeto de norma técnica da ABNT sobre o assunto já passou pelo período de consulta pública e deverá ser avaliado ainda em junho. A expectativa é encaminhá-la na sequência para publicação.

Já para Marcos Tulio Mello, presidente do Confea e coordenador do Projeto de Difusão da Inovação, o nível de investimento em inovação no Brasil ainda é muito baixo, beirando 1% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto que em outros países os recursos atingem até 5% do PIB. "Os empresários devem se lembrar que a inovação tecnológica é um fator diferencial de competitividade importante".

Autor: Nathalia Barboza