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01/12/2017

Campo Grande sedia o 14º workshop de implementação do BIM na Indústria da Construção.

O objetivo da noite foi sensibilizar a cadeia produtiva de que o BIM é uma realidade, que está acontecendo, e Campo Grande não pode ficar para trás.

Processos que integram todos os segmentos de uma obra e que traz eficiência, otimização do tempo, minimização de custos e de perdas na construção. Foi assim que, o presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias da Construção de Mato Grosso do Sul – Sinduscon-MS, Amarildo Miranda Melo, apresentou o BIM (Building Information Modeling) ao público, na abertura do workshop realizado na noite de ontem (29/11), na escola SENAI da Construção, em Campo Grande/MS.

A Capital Sul mato-grossense foi a 14ª cidade a receber o Road Show, e a última de 2017, conforme ressaltou Paulo Sanches, líder do projeto de disseminação do BIM da COMAT/ CBIC, ele também destacou o objetivo da realização do evento na capital. “O objetivo que estamos tendo de visitar 14 capitais, é a difusão da tecnologia para todo o setor da Construção Civil, porque isso não é mais alguma coisa utópica, o Brasil inteiro está utilizando ou buscando caminhos pra utilizar e acreditamos que Campo Grande não poderia ficar de fora”, ressaltou ainda que com o público de Campo Grande aproximadamente 2 mil pessoas já assistiram ao Road Show.

Durante o workshop, realizado pelo Sinduscon-MS, com correalização da CBIC e do SENAI Nacional, e apoio da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul, Senai regional, Crea-MS e CAU-MS, o público de mais de 100 pessoas, composto por empresários, profissionais liberais, representantes de órgãos públicos e estudantes tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre os processos BIM e debater com os especialistas as vantagens de sua aplicação e as tecnologias existentes.

O gerente comercial da Bentley Brasil, empresa há 32 anos no mercado de software e tecnologia para engenharia, Leonardo Tavares, apresentou ao público o papel das desenvolvedoras de softwares BIM e ressaltou que “Já existe um esforço há mais de 10 anos para se avançar com essa tecnologia. Existem casos bem sucedidos e o esforço agora é para que todo o ecossistema adote a metodologia, pois softwares BIM pode atender todo o ciclo de vida de um empreendimento, da concepção de um projeto ao pós-obra.” destacou ele.

Objetivando mostrar aos presentes mais uma possibilidade tecnológica para implementação do BIM, o especialista técnico em AEC Autodesk, Victor Diniz, apresentou os softwares em BIM da empresa e destacou que a tecnologia traz muitos benefícios para a construção civil. “Temos casos com resultados excelentes no Brasil e vários no mundo, então a ideia é entender melhor o mercado brasileiro para que a Autodesk realmente ajude o profissional e às empresas a se desenvolverem nesse sentido. Grandes empresas brasileiras e órgãos públicos já utilizam o BIM e têm grandes ganhos. Acredito que é questão de tempo para que essa cultura se instale aqui no Brasil como um todo”, comentou.

O diretor da empresa Quattro D, Rodrigo Girardi, representante do segmento de modelagem BIM, apresentou ao público a possibilidade de utilizar o processo em uma construtora ou incorporador de forma rápida. Ele explicou que através de empresa como a Quattro D as construtoras podem iniciar suas obras usando a metodologia BIM. “Elas podem contratar empresas para fazer a modelagem em BIM, de projetos em 2D, e utilizar o empreendimento modelado para planejamento e acompanhamento da construção. Assim irão utilizar a informação para diminuir o retrabalho, custo de material, maior aderência ao planejamento e assim por diante”, disse. Todavia, Girardi destacou a importância de certos cuidados ao contratar uma empresa de modelagem, destacando a necessidade de ter um contrato definindo as obrigações. “Quais são as disciplinas que serão modeladas, a forma como modelar, porque o modelo BIM não se preocupa só em fazer o modelo 3D, mas também se esse modelo está aderente à forma como a construtora planeja a obra, como orça a obra, como executa a obra. Caso contrário, o BIM se torna apenas um modelo de visualização e não consegue ser aplicado na obra”, concluiu.

Um ponto em comum citado por todos os palestrantes durante o evento foi à necessidade de levar mais conhecimento aos profissionais da indústria da construção, como ressaltou Rogério Suzuki, consultor BIM da CBIC e coordenador técnico da Academia BIM do Sinduscon/SP: “A falta de informação no mercado sobre o BIM, que é um conceito relativamente novo na indústria da construção, e, de certa forma complexo, motivou a CBIC para a realização desse Road Show, porque não se resume a mudar o software, mas é preciso mudar a cultura da empresa, os processos. Ainda notamos certa resistência na implantação do BIM, principalmente por conta da crise econômica, quando não é fácil pensar em investimentos, mas é na recessão que temos tempo para nos preparar para o reaquecimento do mercado”, destacou.

O presidente do Sinduscon-MS, também ressaltou a necessidade de mais informações e de disseminar a cultura do BIM em Mato Grosso do Sul, tanto para as empresas quanto para o setor público. “Queremos mostrar que o BIM é uma realidade, seja para a empresa de pequeno ou grande porte, seja para um órgão do governo, o que precisamos é aumentar a eficiência do setor, possibilitar maior transparência e aumentar a precisão no processo construtivo”. Ele ressaltou ainda a importância do evento em Campo Grande, “o BIM é um caminho sem volta e as empresas de Mato Grosso do Sul ainda estão começando a trabalhar com a plataforma, por isso a importância do workshop, é necessário o setor se atualize, por que senão, corremos o risco de ficar para trás”, finalizou.

 (Com informações do Sinduscon-MS)

 

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