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22/08/2019

CBIC aponta caminhos para retomada, no Congresso Aço Brasil 2019

A construção civil é o setor da economia que mais impulsiona a produção de materiais como o aço no Brasil, com 34,1% do consumo nacional aplicado em obras industriais, imobiliárias e de infraestrutura, e tem papel central no enfrentamento do déficit habitacional de 7,7 milhões de moradias. Para discutir esses dados, o cenário produtivo brasileiro e soluções para a retomada do desenvolvimento do país, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, foi um dos convidados da tarde de quarta-feira (21), do Congresso Aço Brasil 2019, realizado em Brasília.

Como debatedor no painel ‘Crescimento econômico – drivers de consumo’, Martins falou sobre os impactos que a construção tem sofrido e lembrou que ela se trata de uma indústria que eleva ou abaixa, junto consigo, o Produto Interno Bruto e que, assim como a produção e o consumo do aço, está intimamente ligada ao desenvolvimento e à geração de renda. “Apenas para recuperarmos a quantidade de postos de trabalho que a construção civil tinha em 2014, quando tínhamos 3,4 milhões de colaboradores, o setor precisaria hoje empregar mais 1,4 milhão de profissionais”, disse. Segundo ele, as medidas simples – desburocratizantes e estruturantes -, mas inovadoras, podem gerar confiança para os investidores privados ajudarem o governo e a população nesta retomada.
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Congresso Aço Brasil 2019

Martins apresentou duas iniciativas da CBIC para apontar caminhos nesse sentido, contidos nos documentos ‘Construção: 1 Milhão de Empregos Já’, que apresenta propostas para o destravamento de investimentos, e ‘Novos Marcos Relatórios de Interface com a Construção Civil‘, que analisa atos normativos publicados pelo governo federal no primeiro semestre de 2019 que impactam diretamente na rotina da cadeia produtiva.

O executivo também citou o levantamento da entidade sobre 4,7 mil obras do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] paralisadas nas 27 unidades federativas e os entraves enfrentados no programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, que em 10 anos já entregou mais de 5 milhões de unidades habitacionais, mas que, ao longo dos últimos meses, vem enfrentamento dificuldades devido a atrasos nos repasses de pagamentos por obras realizadas, prejudicando construtoras, trabalhadores e compradores que aguardam a entregas da casa própria.

Ele explicou que o mercado imobiliário tem buscado se diversificar e reagir à crise. Como exemplo disso adiantou que na segunda-feira (26), a CBIC divulgará os Índices Imobiliários Nacionais do 2º trimestre de 2019 que, segundo ele, demonstram otimismo do consumidor por meio da elevação do número de vendas de casas e apartamentos no período.

Pouco antes, o ministro-chefe da Casa Civil, Onix Lorenzoni, apresentou um balanço de sete meses do governo Jair Bolsonaro e destacou, entre medidas de desburocratização (como o revogaço de centenas de atos normativos superados) e estruturação do país, a exemplo do que está sendo feito dentro do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que pretende a retomada de obras paralisadas por meio de parcerias público-privadas, com conceitos alinhados às sugestões apresentadas pela CBIC, com foco inicial em obras como unidades de saúde e creches.

Também participaram do painel Jefferson De Paula, CEO ArcelorMittal, e Frederico Ayres Lima, diretor-presidente da Aperam South America, ambos conselheiros do Instituto Aço Brasil, realizador do Congresso, além de Magda Chambriard, consultora de energia da Fundação Getúlio Vargas. Pela manhã o evento contou com a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro, entre outros convidados.

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