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25/09/2019

Seminário no Rio de Janeiro debate alterações do Sinapi

Empresários do setor da construção do Rio de Janeiro e representantes de órgãos contratantes, fiscalizadores e normatizadores acompanharam nesta quarta-feira (25), na sede da Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro (Aeerj), o Seminário Técnico de Revisão do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi). Durante o evento foram analisadas as atuais alterações do sistema, que passa por uma profunda reforma de ampliação de suas composições unitárias e detalhamento de cada uma delas, e reforçada a importância da elaboração de orçamentos tecnicamente embasados nas referências do sistema.

Promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), por meio da sua Comissão de Infraestrutura (Coinfra), e pelo Senai Nacional, o evento contou com apoio da Caixa, Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), Sindicato da Construção Civil do Rio de janeiro (Sinduscon-RJ) e do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon).

Para Geraldo de Paula, consultor do projeto de revisão do Sinapi da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a divulgação do sistema junto ao público-alvo é fundamental. “Não faz sentido nosso esforço em torno da atualização do Sinapi, se o mercado não tem conhecimento e acesso a todas essas informações, que estão disponíveis. Hoje foi a 30º apresentação do seminário, passamos por vários estados e estamos trabalhamos para dar luz ao tema, tão relevante para todo setor”.

O arquiteto Mauro Fernando Martins de Castro, gerente executivo do Sinapi da Caixa Econômica Federal, abordou as melhorias alcançadas pelo sistema, com apresentação das ferramentas agregadas. “A meta da Caixa é manter as referências do Sinapi adequadas, atualizadas e úteis aos usuários dos setores público e privado, órgãos de controle e demais interessados”.

Empresários assistem Seminário Sinapi no auditório da Aeerj. Crédito: Paulo Santos

A metodologia de cálculo das pesquisas básicas realizadas sobre o Sinapi foi apresentada por Augusto Oliveira, gerente de pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatítica (IBGE). A partir de 20 projetos de edificações residenciais, nós calculamos a alternativa mais barata para construção daquele projeto. O mesmo projeto pode, de um mês para o outro, utilizar produtos diferentes da construção civil, com a intenção de fazer o mesmo serviço. A partir deste cálculo, de quanto sai aquele projeto, nós fazemos o custo por metro quadrado de cada uma dessas 20 edificações. Então não é um índice de preços, é um índice de custos”.

Já Luciana Andrade, engenheira orçamentista do Sinduscon-PE, deu a visão empresarial sobre o sistema. “Para um orçamento equilibrado, custos subestimados não são interessantes. É importante que se busque o preço justo. Nem sempre o menor preço vai atender as necessidades do gestor público, do contratado, do contratante e da sociedade. E a realidade são cerca de cinco mil obras paralisadas por todo o País”.

Ao citar a Cartilha CBIC/TCU, a engenheira orçamentista mencionou as principais causas para a deficiência de orçamentos. “Hoje, projetos incompletos, profissionais despreparados, uso inadequado de referências de preços e sistemas referenciais deficientes são os maiores motivos para a falta de recursos nas obras. A principal mudança a ser feita é de paradigma. Receber sem qualidade ou não receber é má aplicação do dinheiro público”, alertou.

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