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27/11/2018

Para especialistas, investimento em infraestrutura é decisivo para a recuperação da economia brasileira

A combinação de deterioração, falta de planejamento confiável, hipertrofia dos órgãos de controle, lentidão e insegurança na máquina pública, excesso de burocracia e regulação compõe o conjunto de gargalos que torna a infraestrutura um dos desafios mais importantes do Brasil nesse momento. Superá-los é o passo decisivo para garantir as condições para a recuperação da economia brasileira, em um ambiente de mais competitividade e produtividade. Essa é a síntese do debate realizado no Fórum E Agora Brasil — Infraestrutura, realizado pelo jornal O Globo, em conjunto com o Valor Econômico, nessa terça-feira (27), na cidade de São Paulo. “Se existirem obras, existirão empresas prontas para executá-las”, avisou José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), um dos panelistas da sexta edição do evento.

Destinado a um público tomador de decisão, o Fórum E Agora Brasil reuniu 150 participantes entre empresários, dirigentes do Executivo federal e dos governos estadual e municipal de São Paulo, além de especialistas em infraestrutura. Mediado pelos jornalistas Renato Andrade, de O Globo; e Daniel Rittner, do Valor Econômico; o encontro discutiu os gargalos, desafios e oportunidades associadas à infraestrutura. Os painelistas apontaram esse setor como decisivo para um novo ciclo de crescimento e sinalizaram expectativa de que o governo de Jair Bolsonaro coloque o tema entre das prioridades. “É preciso caneta e vontade política para fazer as coisas avançarem”, frisou o presidente da CBIC.

Ministro das Cidades, Alexandre Baldy fez um balanço das ações da Pasta e defendeu a melhoria no ambiente de negócios, com regras mais claras e transparência, para atrair o capital privado e induzir um novo ciclo de investimentos. “Temos buscado destravar obras e dar agilidade aos ritos do Ministério”, afirmou. Secretário estadual de Transportes, Mário Mandolfo avaliou que a infraestrutura é o principal problema do Brasil, com aparato envelhecido e sucateamento das empresas que atuam no setor. “O financiamento está crítico e as empresas têm dificuldade para conseguir garantias e ancorar seus projetos”.

Participaram do Fórum o economista e consultor Cláudio Frischtak, da InterB; Jorge  Luiz Macedo Bastos, presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL); Murilllo Barbosa, diretor-presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP); e Fernando Paes, diretor-executivo da ANTF. O tema tratado tem interface com o projeto Melhoria da Competitividade e Ampliação de Mercado na Infraestrutura, iniciativa da CBIC e do SENAI Nacional.

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