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17/04/2021

Artigo – A árvore e a floresta

Carlos Eduardo Lima Jorge é presidente da Comissão de Infraestrutura (Coinfra) da CBIC

Dirigir uma entidade de classe e representar um setor econômico exige, já há algum tempo, visão que vai bem além das questões pontuais ou meramente corporativas.

Vemos isso com clareza quando se trata da defesa dos legítimos interesses das empresas que atuam na Infraestrutura.

Bastaria apenas focar nossas ações institucionais no aprimoramento da Lei de Licitações e Contratos Públicos? Tão importante quanto esse tema é a defesa da existência de recursos públicos para que aconteçam novas licitações de obras. E para que haja recursos públicos disponíveis será preciso a aprovação de uma Reforma Administrativa que possibilite o redirecionamento de recursos do Custeio para o Investimento.

Também no caso dos projetos de Concessões, não basta que eles existam. É preciso que sua modelagem garanta oportunidade para um conjunto cada vez maior de empresas. E que precisarão de bons instrumentos de financiamento para viabilizar suas propostas. Mais que isso: para serem competitivas, as empresas hoje necessariamente têm que estar alinhadas com os critérios de preocupação Ambiental Social e de Governança.

E quando falamos em competitividade, será de vital importância para as empresas de Infraestrutura, a forma como o Brasil fará sua adesão ao Acordo de Compras Governamentais da Organização Mundial do Comércio.

Quando vemos no calendário de reuniões e de ações da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), uma pluralidade de temas, é porque a entidade deixou para trás a postura do “samba de uma nota só”, com a clareza de que representar o setor de maneira eficiente significa atuar em todas as vertentes que têm influência sobre o mercado das construtoras.

Cuidar de toda a floresta e não só de uma árvore. Pois quando o Brasil vai bem, a Construção adquire as condições necessárias para puxar o desenvolvimento.

*Artigos divulgados neste espaço são de responsabilidade do autor e não necessariamente correspondem à opinião da entidade.

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