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30/08/2021

Belém e Ananindeua apresentam boa fase no setor imobiliário no 2º trimestre/2021

O 13º Censo Imobiliário de Belém e Ananindeua, divulgado pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA), entregou os dados referentes ao segundo trimestre deste ano, que mostrou sinais de crescimento estável em comparação ao mesmo período do ano passado.

O segundo trimestre de 2021 apresentou 252 unidades lançadas, enquanto que no último trimestre deste ano, o quantitativo foi de 524, uma redução de 51,9%. Quando comparado ao mesmo trimestre de 2020, em que houve apenas 60 lançamentos, a alta foi de mais de 7%.

Já no número de vendas, nos três últimos meses do primeiro semestre de 2021, que correspondem a abril, maio e junho, 517 unidades foram vendidas, um crescimento de 124,8% em comparação ao mesmo período do ano passado, que contabilizou 230 imóveis vendidos.

As informações do Censo envolvem os lançamentos empresariais do setor, vendas, oferta final, preço e programa de habitação, como: Casa Verde Amarela, antigo Minha Casa Minha Vida, em ambos os municípios. Os resultados são referentes à metodologia de pesquisa em campo e técnicas específicas, que identificam as oportunidades no mercado para novos empreendimentos e o consequente atendimento a diferentes faixas de clientes.

Para o presidente do Sinduscon-PA, Alex Carvalho, os dados do Censo denotam algumas questões que precisam de um aprofundamento. “É importante registrar o aumento do volume de negócios do mercado imobiliário, através do aumento de vendas de unidades nos mais variados padrões, sejam eles econômico, médio ou alto padrão, mas que, lamentavelmente, não está sendo acompanhado de acordo com o número de lançamentos”, disse Alex.

O líder sindical patronal ressaltou também que, mesmo com a boa fase do setor imobiliário e da construção, há outros obstáculos que impedem que esse número seja ainda mais expressivo, como: a alta dos preços dos materiais de construção e as consequências causadas pela pandemia do novo coronavírus em diversos setores da economia.

“Isso ocorre devido à instabilidade mundial causada pela crise gerada em decorrência da pandemia da Covid-19, mas fundamentalmente o que mais nos atinge – e isso freia significativamente novos lançamentos e, consequentemente, novos empregos – são os aumentos excessivos dos materiais de construção”, disse Alex.

E completou dizendo que os altos valores dos insumos preocupam e geram instabilidade nas construtoras. “Isso gera um ambiente de extrema insegurança, em que não há como precificar diante de um cenário tão instável como está e, certamente, diminui o potencial de crescimento do setor imobiliário, o que compromete a geração de emprego”.

O dirigente pontuou também que os mais prejudicados com essa alta, são as pessoas com menor poder aquisitivo, em que muitas ficam impedidas da conquista do primeiro imóvel.

“Se nos segmentos de médio e alto padrão já há uma redução no ritmo, imagine no de baixa renda, em que não existe espaço para aumentar o preço dos imóveis, uma vez que a receita desse público não aumentou na mesma proporção. Então, posso afirmar que os aumentos dos materiais de construção subiram significativamente o custo de produção dos imóveis e tirou a oportunidade de milhares de pessoas que poderiam estar realizando o sonho da casa própria”, finalizou Alex.

(Com informações do Sinduscon-PA. Foto: Agência Brasil/Tomaz Silva)

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