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06/03/2018

Parcerias Público-Privadas abrem um leque de oportunidades para o setor

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, explanou ontem (05/03) sobre o cenário político e econômico do Brasil durante a reunião com os associados do Sinduscon-PR. Em sua avaliação, as Concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs) são a alternativa viável para a retomada de investimentos públicos em estados e municípios, com a vantagem de agregar maior eficiência na prestação de serviços.

As parcerias entre a administração pública e iniciativa privada (PPPs e Concessões) podem acontecer em diversos setores, com empresas e entes de todos os portes, ampliando o leque de oportunidades de atrair investimentos, profissionalizar a gestão e qualificar os serviços. Com contratos de longo prazo para projetos de hospitais, resíduos sólidos, rodovias, portos e aeroportos.

“O País precisaria investir 3% do PIB para manter a estrutura que existe hoje, mas, no ano passado por exemplo, foi investido menos da meta do que é necessário (1.3%). Para que possamos crescer de 4 a 5% ao ano é imprescindível investir algo próximo a 5% do PIB em infraestrutura, o que geraria 1,5 milhão de empregos”, destaca Martins.

Como o poder público não tem recursos para estes investimentos, o caminho é ‘parceirizar’ com a iniciativa privada. “As concessões municipais são uma grande oportunidade de negócios para as empresas do setor, principalmente as de pequeno e médio portes, que podem executar por exemplo obras de estacionamentos, rodoviárias, parques e praças públicas, iluminação pública, centros administrativos, dentre tantos outros”, diz.

Mercado Imobiliário
O mercado imobiliário nacional registrou em 2017 um aumento de 9,4% nas vendas de imóveis residenciais novos e de 5,2% nos lançamentos, com a redução dos estoques à venda (-12,3%). Para este ano, a previsão é de crescimento em torno de 10% tanto em lançamentos quanto em vendas. Na avaliação do presidente da CBIC, o cenário econômico este ano é melhor do que o de 2017. “Temos expectativa de queda de taxa de desemprego, queda da taxa Selic e previsão de crescimento do PIB de 2,89%, o que será muito bom para a indústria da construção”.

Ele frisa que para potencializar os recursos da Caderneta de Poupança e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e garantir a continuidade do resultado positivo do mercado imobiliário, é essencial a regulamentação da Letra Imobiliária de Garantia (LIG), ou Covered Bond – papel usado principalmente na Europa para garantir recursos ao crédito de imóveis. “Este pode ser o próximo passo na sofisticação das alternativas de captação de recursos para o setor, desde que seja com juros baixos para o cliente, em torno de 9%”, explica, acrescentando que falta ainda a regulamentação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

O presidente da CBIC abordou ainda outros temas relevantes, como Reforma Trabalhista, atualização tecnológica das empresas, Reforma da Previdência, Preparo para lidar com sistemas mais sofisticados de financiamento, Lei de Desapropriações, Modernização da Lei de Licitações, Marco Legal do Saneamento e Regulação da Entrada de Engenheiros.

Mais informações podem ser acessadas em vídeo com a íntegra da apresentação no Facebook do Sinduscon-PR (https://www.facebook.com/sindusconpr/)

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