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Oferta final de imóveis residenciais reduz mais ainda e indica espaço para recuperação de preços
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Marcos Kahtalian, sócio dirigente da BRAIN
No consolidado do terceiro trimestre de 2018, as regiões pesquisadas pela indicador CBIC de lançamentos imobiliários residenciais verticais mostra nova redução da oferta. A oferta final apresentou uma queda de 4,6% em relação ao trimestre anterior e uma queda de 13,8% em relação ao mesmo trimestre de 2017.
GRÁFICO 1: OFERTA FINAL DISPONÍVEL
Importante observar que não se trata de um movimento apenas “trimestral”, mas que tal queda de oferta vem ocorrendo desde2016, quando se observa o gráfico abaixo de oferta final acumulada na evolução mensal:
GRÁFICO 2: EVOLUÇÃO DA OFERTA FINAL
Neste trimestre, parte dessa queda na oferta final deveu-se, contudo, ao menor volume de lançamentos. Os lançamentos apresentaram queda de 17,4% em relação ao trimestre anterior, no entanto um aumento de 30,1% em relação ao mesmo trimestre de 2017. Se, por um lado, como se observa, na comparação com 2017, o ano de 2018 tem apresentado um volume maior de lançamentos, ainda 2018 demonstra algum espaço para consumo de estoques e certa incerteza, sobretudo durante todo o terceiro trimestre em que ocorreu o período pré-eleitoral, com possível impacto nesse indicador.
GRÁFICO 3: UNIDADES RESIDENCIAIS LANÇADAS
De certa forma, o mesmo se observou nas vendas. Houve crescimento em relação à 2017, porém queda em relação ao trimestre anterior: As vendas também apresentaram queda de 12,3% em relação ao trimestre anterior, mas um aumento de 23,1% em relação ao mesmo trimestre de 2017.
GRÁFICO 4: UNIDADES RESIDENCIAIS VENDIDAS
A composição da oferta final indica também uma participação saudável entre produtos em lançamento, em construção e prontos. O indicador do 3 trimestre trouxe uma participação de 30% da oferta final constituída de imóveis prontos. Notavelmente, como se pode verificar no gráfico abaixo, este patamar de imóveis prontos tem mantido essa participação em níveis sempre muito próximos, o que é saudável.
GRÁFICO 5: OFERTA FINAL POR FASE DE OBRA EM % – EVOLUÇÃO
Acredita-se que o cenário pré – eleitoral possa ter interferido tanto na postergação de compras quanto de lançamentos; fato que talvez ainda se verifique ainda parcialmente no último trimestre. Avalia-se ainda que, mantida essa queda de oferta, com uma possível recuperação econômica mais forte, com maior geração de renda, e aumento da confiança (que começa a ocorrer), haverá alguma pressão de preços, porém ainda de forma moderada, e alinhados com a inflação.
Finalmente, destacamos que os indicadores gerais do terceiro trimestre mostram que o desempenho, como um todo, do setor imobiliário residencial vertical em 2018 devem de fato terminar o ano com melhores resultados que 2017. Tudo isso aponta, portanto, para um final de ano e um 2019, em rota de possível crescimento e estabilização de um novo patamar de lançamentos e vendas imobiliárias.