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AGÊNCIA CBIC

28/10/2016

INOVAÇÃO APLICADA À CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL DESPERTA O INTERESSE DA COLÔMBIA

Com a participação da CBIC, feira da construção organizada pela colombiana CAMACOL (Câmara Colombiana da Construção) será realizada nos dia 2 e 3 de novembro.

A experiência brasileira em novas tecnologias aplicadas aos projetos da construção civil, sustentáveis e com ganhos de produtividade, conforme exige hoje o mercado, será apresentada pelo presidente da Comissão de Materiais e Tecnologia (COMAT) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Dionyzio Antonio Martins Klavdianos, durante o Encontro Internacional de Inovação e Avanços Tecnológicos no Setor da Construção da Colômbia, no dia 2 de novembro na cidade de Cali.

“Construir mais, melhor, mais barato e com menos é o desafio que enfrenta a cadeia produtiva da construção em todo o mundo para se manter no mercado. Os padrões de desempenho, cada vez mais cobrados pelo cliente podem ser atingidos por meio do sistema tradicional, mas a custos elevados e não tão produtivos como os projetos inovadores e sustentáveis”, segundo Dionyzio Antonio Martins Klavdianos.

A CBIC entende que não se pode a um só tempo ignorar a história e a cultura dos processos de cada país, mas atacar os pontos fracos dos sistemas tradicionais é determinante. Normalmente, a indústria da construção é a que mais extrai minério do solo e descarta resíduos degradando o meio ambiente. “Temos, no Brasil, barreiras culturais onde o setor da construção não tem uma mentalidade voltada à inovação e o cliente tem resistência a adquirir sistemas construtivos diferentes dos tradicionais”, explicou Klavdianos.

O modo tradicional de construção é o que mais degrada a natureza no momento da retirada da matéria-prima; base dos principais insumos utilizados nas obras. Mais suscetível a erros, também é o que mais desperdiça, entulhando lixões e aterros quase sempre, notadamente em países como o Brasil, mero ponto de transbordo, sem política efetiva alguma de reutilização.

Inovação e competitividade

Ciente de que a tarefa pode ser facilitada pelo uso correto do BIM (Building Information Modeling), a CBIC lançou em junho deste ano, em correalização com o SENAI, a primeira coletânea voltada para construtoras e incorporadoras com o objetivo de capacitar o empresário a dar os primeiros passos em direção à modernização e a competitividade. Plataforma inovadora da tecnologia da informação aplicada à construção civil, o BIM vem se consolidando como uma revolução por oferecer novas funcionalidades na execução das obras e por romper com paradigmas de produtividade nessa atividade econômica.

Em diversas ocasiões, José Carlos Martins, presidente da CBIC tem ressaltado junto aos associados que o BIM é, hoje, requisito importante em alguns editais de licitação de projetos de construção.

Por muito tempo no Brasil, a construção civil teve dificuldade para bem acompanhar o processo de elaboração ou revisão de normas técnicas. Esta situação começou a mudar quando as construtoras começaram a implementar sistemas de gestão de qualidade baseados na norma ISO 9000, a exemplo do que foi introduzido pelo ministério das Cidades denominado Plano Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQPH).

Com esse Plano, as construtoras passaram a sistematizar os processos de gerenciamento da empresa, especificamente, os construtivos por meio da introdução das Fichas de Verificação de Serviços (FVS). No Plano, a menção à obediência às normas técnicas é explícita, e a obtenção ou renovação do certificado só ocorre após auditoria feita por certificadora.

Modernização gerencial

Em agosto de 2013 entrou em vigor no Brasil a NBR 15575, norma da Associação Brasileira de Normas Técnica (ABNT),                                                                                                             que foca no desempenho e atendimento aos requisitos do usuário quanto ao comportamento em uso da edificação adquirida e não nas características ou especificações do sistema construtivo utilizado.

A CBIC foi um dos principais indutores para o sucesso de aprovação da norma, a mais votada no setor da construção durante o período em que esteve em consulta nacional. Ciente que a implementação da norma poderia torná-la um marco transformador para o setor da construção civil, assim, a entidade decidiu mobilizar demais parceiros como a indústria de materiais, governo, instituições financeiras, conselhos de engenharia e arquitetura e academia, o que possibilitou aprofundar as discussões e, após a publicação, disseminar o seu conteúdo.

Neste sentido, a entidade lançou, em correalização com o SENAI Nacional, o Guia Orientativo para o Atendimento da Norma de Desempenho, Dúvidas sobre a Norma de Desempenho, Análise dos Critérios de Atendimento à Norma de Desempenho e o Guia para a Elaboração do Manual de Uso, Operação e Manutenção.

Com a implementação do PBQPH a cultura de norma técnica começou a ganhar impulso no dia a dia das construtoras, processo que se consolidou com o advento da ABNT-NBR 15575. Com isso a CBIC criou um Grupo Técnico de acompanhamento de Normas, pois tem claro que as construtoras, as que mais são impactadas pela entrada em vigor de normas, não poderiam mais permanecer distantes do processo de elaboração e revisão das mesmas.

O período de crescimento econômico experimentado pelo país entre os anos de 2006 e 2012 teve efeito bem mais acentuado na indústria da construção civil, que chegou a crescer até 13,1% no ano de 2010. Essa conjuntura econômica favorável permitiu a consolidação de inovações técnicas, muitas delas já estavam à disposição dos construtores desde a década de 1990.

Desafios

No entendimento do presidente da COMAT, Dionyzio Antonio Martins Klavdianos, a construção civil na Colômbia também poderá preparar-se para enfrentar os desafios impostos pela inovação tecnológica. Neste sentido, ele recomenda que se promova um plano diretor de obras claro e racional, que estimule o agente financiador e o incorporador a assumirem o risco de investir.

Garantir políticas sociais que permitam ao empresário lucrar, o estado financiar com segurança e o comprador adquirir imóvel de padrão de qualidade superior, em bairro dotado de infraestrutura e benfeitorias e de acesso através de mobilidade adequada. Além de ter ações estruturadas de promoção e fomento da inovação, incluindo fundos de financiamento de projetos e ações conjuntas da academia e da indústria.

Durante a participação da COMAT nos debates sobre Inovação Tecnológica em Cali deverá ser apresentado a experiência do Sistema Nacional de Avaliação Técnica de Produtos Inovadores – SINAT, no âmbito de Ministério das Cidades. Trata-se de  um processo de validação de produtos inovadores empregados em edifícios, particularmente habitacionais, os critérios utilizados são baseados na norma de desempenho, ABNT NBR 15575.

As avaliações são realizadas por entidades credenciadas como Instituições Técnicas Avaliadoras – ITA’s com avaliações iniciais e semestrais. Atualmente existem 10 ITA’s e 11 Diretrizes para Avaliação Técnica de Produtos – DIRETRIZ SINAT *, e desde a implantação do SiNAT, foram consolidados 30 Documentos de Avaliação Técnica – DATec’s** desenvolvidos, dentre eles, 11 válidos na atualidade.

“ No entanto, o sistema de aprovação ainda é moroso, estamos discutindo a revisão do processo com o objetivo de torná-lo mais rápido, mantendo-se logicamente a criticidade”, ressaltou o Dionyzio Antonio Martins Klavdianos.

Clique aqui para acessar as Diretrizes do SINAT

 

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