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21/02/2020

Confiança da construção cai 1,4 ponto em fevereiro, aponta FGV

O Índice de Confiança da Construção (ICST), divulgado nesta sexta-feira (21) na Sondagem da Construção da Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou queda de 1,4 ponto em fevereiro (para 92,8 pontos), na comparação com janeiro. Para a coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE (Instituto Brasileiro de Economia), Ana Castelo, o declínio pode ser explicado por questões como “frustração no ritmo da recuperação ou aumento das incertezas em relação à continuidade do Programa Habitacional [Minha Casa, Minha Vida – MCMV]”.

“Ainda assim, os empresários do setor apresentam uma confiança superior à alcançada no mesmo mês de 2019 e a percepção em relação à situação corrente dos negócios continuou avançando e já está em patamar equivalente ao do início de 2015, o que, por enquanto, validam as projeções de crescimento para o ano, completa Ana Castelo.

A queda de janeiro para fevereiro foi puxada pelo Índice de Expectativas (IE-CST), que mede a percepção dos empresários da construção sobre o futuro (próximos três e seis meses) e que recuou 5,2 pontos, para 99,0 pontos.

Já a confiança dos empresários em relação ao momento presente, medida pelo Índice da Situação Atual, cresceu pelo nono mês consecutivo. De janeiro para fevereiro, o indicador passou de 84,3 pontos para 86,7 pontos, o maior valor desde dezembro de 2014 (91,0 pontos).

 

Acesso ao crédito contribui para o otimismo das empresas

Ao longo de 2019, os bancos foram anunciando sucessivas reduções na taxa de juros dos financiamentos habitacionais. Assim, o crédito mais acessível para as famílias tem sido um dos fatores que tem contribuído para um maior otimismo com as perspectivas das empresas da área de edificações.

A proporção de empresas que apontam dificuldade de acesso a crédito bancário, que chegou a 61% em maio de 2016, recuou a 45,5% em fevereiro do ano passado e a 33% agora. “Para a maioria das empresas o acesso ao crédito ainda está difícil – o Índice está abaixo de 100. No entanto, desde junho do ano passado o indicador subiu de forma expressiva, apontando menos dificuldades por parte das empresas para conseguir crédito, o que é também um elemento importante no movimento de recuperação do mercado” observa Ana Castelo.

Veja a íntegra da Sondagem da Construção.

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